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== ANIMAIS ==
 
Gugu Pompeu de Toledo Blanco (GuGu)




Animais » sonya ( Sónia Melo )

Gugu Pompeu de Toledo Blanco (GuGu)

Raça: Europeu Comum
D. Nascimento: 1990-07-14
D. Óbito: 2007-08-07

Com muitos irmãos e irmãs desde cedo marcou a sua presença: era o mais quieto, o mais tímido, o último a comer... Certa vez caiu de cabeça, perante as risadas irónicas dos irmãos...
Sua mãe, Dengosa, preta e branca, era uma mãe estremosa. Seu pai, Alfredo, era um vadio.
A senhora que era a dona dos gatitos, certo dia encontrou a minha mãe e lhe perguntou se não gostaria de ficar com um dos gatinhos...quem sabe, um presente para a filha Raquel?
A mãe temendo alguma responsabilidade e um certo trabalho levou a boa nova para casa....mas será que a matriarca da família, a avó Alzira, o aceitaria?
O pai Luís, com o seu ar sábio e sensato apenas comentou:"Espero que saibam que uma animal não é um brinquedo!"
A irmã Carla, a mais velha, referiu o seu pavor por gatos, especialmente "aqueles que têm olhos que brilham à noite".
A irmã Sónia, a do meio, mais exaltada, ameaçou." Se ele vier cá para casa, eu enforco-o!"
Apenas a mais novinha,a Raquel, comovida com o futuro presente, tecia elogios e era um constante mimo com a avó, pois sabia de antemão, ser a avó quem tinha a palavra final.
Até que a avó, na sabedoria dos seus 80 anos, piscou o olho à neta mais nova e proferiu a decisão final :" Ele fica, fica! É preciso para apanhar os ratos!", sabendo nós que em tal casa nunca tinha existido ratos.
E foi assim que o nosso GuGu foi parar a nossa casa. Muito mimado, era uma companhia para todos nós. Mudámos todos com a sua presença.
Entretanto , mudámos de casa. A minha avó, ficou na antiga, com o Gugu. Esperávamos que tudo estivesse mais ou menos pronto na nova casa, para ir buscar o GuGu. Tivémos de apressar a nossa decisão, quando a avó num duns telefonemas para nossa casa nos alertou o quanto o gatinho estava a sofrer: "Mas olha que ele não sai da porta do quarto das meninas...deve estar a sentir a falta delas..". Quando o fomos buscar,15 dias depois, encontrámos um GuGu triste, muito triste, mais magrito, menos brincalhão.
O GuGu mudou para a casa nova e é nesta casa que vivemos todos juntos nos últimos anos, com excepção da irmã mais velha que foi para o estrangeiro. Sempre companheiro de todos, dedicou-se de tal forma a esta família, que faz parte dela...férias programadas de acordo com o gato, viagens adiadas porque não se sabia a quem o deixar...
Dorme no quarto das irmãs, um dia na cama de uma, outro dia na cama da outra... se a dona da cama aonde dormiu se levanta mais cedo, o GuGu levanta-se também para tomar o pequeno almoço, e volta de novo para a cama, desta vez a cama aonde a outra irmã dorme.
Problemas graves de saúde nunca teve, apenas uma vez foi operado por lhe terem diagnosticado pedras na bexiga...não gosta mesmo nada de água...de resto é um gato saudável.
Muito calmo, gosta de dormir muito, de ouvir música e de apanhar o sol que entra pela vidraça do quarto.
Curiosidades: ao longo dos 4 anos da minha licenciatura em Geografia, sempre estudei de noite (concentro-me melhor à noite, quando tudo está calmo). Pois não me recordo de nenhuma noite em que não estivesse ao meu lado,sempre acordado, ouvindo-me recitar matérias de Climatologia, Geologia, Meteorologia....por graça gosto de dizer que o GuGu por este caminho ainda irá fazer o doutoramento em Geografia.
Outro episódio que me marcou e me fez admirá-lo ainda mais aconteceu o ano passado por volta do Verão. A avó Alzira, que entretanto se mudara para a nossa casa, foi
hospitalizada em resultado de um AVC. Foi internada, recuperando aos poucos e poucos. Durante os cerca de 15 dias de ausência, o GuGu demonstrou as saudades que sentia da sua dona mais velha.
Felizmente a avó estava a recuperar .Decidiram dar alta numa terça -feira. As netas que haviam estado com ela na segunda à tarde, não cabiam em si de contentes...a avó ía voltar para casa.
Nessa segunda à tarde o GuGu começou a ter um comportamento anormal: querendo ir para o quarto da avó Alzira,miando insistentemente à porta do quarto,ficou horas nisto. Nós não compreendemos nada.
ÀS 23 horas da noite recebemos uma chamada do hospital...avó tinha partido...
Agora, com passar dos meses, recordo esse episódio, sinto cada vez mais saudades da minha avó e um profundo respeito, também cada vez maior, pelo meu gato, quando me lembro do seu desespero em tentar nos avisar.
Em suma, o meu gato é adorado por todos nós e acarinhado a toda a hora.
A semana passada fui com ele ao veterinário, necessitava de fazer um check-up renal devido à idade avançada. Fez ecografias, tirou sangue, fez análises a tudo..fiquei feliz quando o vet nos disse nunca ter visto uma gato idoso com uma saude tão boa, todos os parâmetros analisados se assemelhavam aos de um gatinho novo...
De vez quando penso na hora em que ele tiver de partir ...e então fico triste... mas depois me lembro que o que interessa realmente nesta vida, é a sua qualidade, e sei que o meu gato é feliz.
Não gosto quando me dizem : "Sabes Sónia, não se deve humanizar os animais...gatos, são gatos, são animais"
Pois, pois, acontece que gosto muito mais do meu gato, do que muitas pessoas com que me cruzei na vida...e além disso, se eu sei que ele é feliz, tudo o que eu puder fazer para contribuir para a sua felicidade, eu faço e pronto...
E este companheirismo é mútuo! Somos os melhores amigos do mundo.....


» sonya ( Sónia Melo) » [ Europe/Lisbon ] 2004/11/14 23:48
Muito obrigado pelas palavras amigas...na verdade, o GuGu está no nosso coração

» Assunção ( Assunção Baptista) » [ Europe/Lisbon ] 2004/11/14 11:20
O GuGu tem sido um verdadeiro membro da família, ama-vos como tal. Amem-no como merece e não liguem ao que os outros opinam.
Beijinhos de felicidades para esse gatinho tão lindo.
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