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Artigos  » Informação » Conselhos

Lagarta do Pinheiro e Febre da carraça

Monsanto com a praga da lagarta

A LPDA alerta para os cuidados a ter com os animais de companhia.

Não passeie com o seu animal em zonas florestais, principalmente de pinheiros. Isso, pode-lhe ser mortal. Nesta altura do ano, verifica-se uma invasão da lagarta precissionária, principalmente em zonas onde abundam os pinheiros.

Estes animais libertam um pó através do seu pêlo que, em contacto com humanos e animais pode originar graves problemas, devido à acção ortigante que provoca graves alergias.

As reacções alérgicas provocadas dão-se normalmente ao nível da pele, do globo ocular e do aparelho respiratório, podendo provocar enfraquecimento e vertigens e em situações extremas levar à morte.

Todos os anos aparecem muitos animais de companhia (cães e gatos) que contraem necroses graves após estarem em contacto com os locais onde existem as lagartas precissionárias.

Se verificar que o animal está triste ou se deixa de comer e se apresenta manchas escuras na língua ou lacrimeja dos olhos, não pense duas vezes, vá de imediato ao veterinário; pode salvar-lhe a vida.

As manchas escuras na língua dos animais vão proliferando, tornando os tecidos mortos que acabam por caír, o animal deixa de se alimentar e acaba por morrer. A nível do globo ocular provoca úlceras na córnea que não tratadas a tempo pode levar à cegueira.

Não entre em pânico, esteja atento(a) e em caso de verificar qualquer anomalia, leve de imediato o seu animal ao médico.

Se vive perto de pinheiros ou os tem na sua propriedade, observe-os e em caso de verificar a existência desta espécie.

Consulte a portaria 103/06 de 2 de Fevereiro, da DGV ou alerte a sua Câmara Municipal para que tome as medidas que se impõe. Esteja atento(a) aos animais e em caso de desconfiança, recorra imediatamente ao veterinário. Não espere, pode ser tarde!

Prevenção Contra a Febre da Carraça

Um grupo de cientistas portugueses descobriu a forma de poliferação da bactéria responsável pela "febre da carraça", transmitida ao homem e aos animais de companhia durante a picada do parasita.

Existe uma variedade de agentes transmitidos pela carraça que causam doenças; sendo a infecção provocada pela bactéria RICKTTSIA a mais comum em Portugal.

Adianta o estudo que a romoção atempada de uma carraça, fixada na pele dos humanos e dos animais, é indispensável para prevenir a infecção e sublinha que nem todas as carraças estão infectadas por esta bactéria ou por outros agentes.

Os sintomas da infecção variam do agente em causa, mas, manifestam-se regra geral, quinze dias após a inoculação com febres altas que podem ir aos 41ºC.

Ao contrário que muita gente pensa, os animais de companhia não são transmissores da carraça nem da doença para os humanos.

Ela é feita através da picada directa, no homem ou no cão. As carraças eclodem quando o tempo começa a aquecer, verificando-se a sua maior poliferação ente os meses de Março e Agosto.

Os locais mais propícios ao aparecimento das carraças são: o campo, a vegetação e os jardins públicos.

Estes parasitas abrigam-se em muros e paredes velhas, indo infestar os locais onde os canídeos se encontram, o que os torna mais vulneráveis a contrair a doença da carraça.

O tipo de carraças mais comuns são: RHIPICPHALOS, DERHACENTO, AMBLYOMMA.

Provocam nos animais a PIROPLASMOSE (febre da carraça).

Pela perigosidade de que se reveste, que pode levar à morte de canídeos, deve como prevenção:
- Aplicar nos animais anti-parasitáreos externos.
- Lavar bem, com produto adequado, as boxes, as casotas e os parques onde os animais estão alojados.
- Desinfestar os muros, paredes e toda a erva circundante aos alojamentos.

Como protecção das pessoas; devem estas quando no campo usar roupas claras (para serem visíveis as carraças) e optar por calças claras em vez de calções.

Se notar o seu animal triste, abatido e com febre superior a 39ºC, deve de imediato consultar o seu médico veterinário.

Como precaução, desparasite o seu animal contra a febre da carraça.

Fonte: Comunicado da LPDA

Como complemento ao Comunicado da LPDA, junto se anexa um texto sobre o modo de contágio, tratamento da febre da carraça, e como proceder à remoção da carraça.

Contágio

O contágio acontece durante a refeição da carraça, através da regurgitção de sangue infectado com a bactéria da carraça para o hospedeiro. Quanto mais prolongada for a refeição, maior é a probabilidade de haver regurgitação e, consequentemente, infecção. Exemplificando, se a picada tem menos de 12h de evolução, a probabilidade de infecção é 0%, visto que a carraça ainda não acabou de se alimentar e não houve regurgitação. Uma picada com 24h, 48h ou 4 dias tem a probabilidade de regurgitação de 5%, 50% e 100%, respectivamente.

Tendo em conta esta relação entre a duração da refeição e a regurgitção (com infecção consequente se a carraça estiver infectada), é muito importante que se faça a inspecção do corpo quando se vai para o campo ou outros locais acima mencionados com maior incidência de carraças, de modo a identificá-las precocemente.

Terapêutica

Com antibiótico (normalmente DoxiciClina ou amoxicilina), durante 10 a 21 dias.

Como remover a carraça da pele:

Não deve ser retirada pelo abdómen, uma vez que facilita a regurgitação do sangue para a circulação do animal, podendo provocar infecção. Assim, deve utilizar-se uma pinça para se remover a cabeça, ou colocar azeite, o que faz com que a carraça se liberte da pele e seja asfixiada, conforme demonstrado nas fotos.





Nota: As fotos explicativas têm por base a pele de um humano, mas a técnica no cão é a mesma.

Bibliografia:"Microbiologia" - Volume 2, de Canas Ferreira, W, e Sousa, J, da Lidel

Autora: Rute Pocinho (Selenis)

- Becas (Fernanda Ferreira) [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 12:13

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» kiling ( Pedro Costa) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/22 16:36
Um dos autores do livro é meu professor.
Sobre as carraças já a minha avó e por aí em diante dizia sempre que a primeira coisa a fazer é tira-la dê por onde der...

» darkfullmoon ( Ana Rute) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/10 18:24
já agora para matar as lagartas do pinheiro basta direcionar a primeira da fila para a ultima que elas andam em circulos te lhes dar o badagaio, isto claro usando um pau e nunca as maos, outra maneira é destruir os ninhos delas nos pinheiros que tem uma aparencia de bolsas com chumbos.

» selenis ( Rute) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 16:40
A Doença de Lyme, causada pela Borrelia, é uma das doenças transmitidas pelas carraças que tb não são mencionadas no texto. Há muitas transmitidas por estes bicharocos, infelizmente huh.gif

Portanto, foco na prevenção, e na remoção delas de forma segura quando aparecerem.

» Becas ( Fernanda Ferreira) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 16:16
Sim, é possivel que haja falhas no textoi da LPDA, aliás a Rute alertou para esse facto. Só que este é a cópia de um texto publicado pela assoiação, pelo que não seria muito correcto distorcer o textoi oficial.

» tchinho ( Susana Gomes) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 15:53
Alguns erros também tinha detectado, Luciana. E é precisamente a Erlichiose e Rickettsia que o Alex tem. As vacinas que há são para a Babesia e Doença de Lyme ( outra das doenças provocada pela carraça).

» bronkas ( Luciana Nunes) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 15:33
Só é pena alguns erros que constam do texto da LPDA. A lagarta chama-se processionária (e não precessionária), devido ao hábito que tem de emigrar das árvores em fila indiana, em "procissão". A necrose que ela causa não deriva de nenhum pó, mas sim da libertação dos pêlos por uma reacção de defesa. Esses pêlos introduzem-se na pele e levam à necrose dos tecidos, o que, não sendo de facto atalhado a tempo, pode levar à perda total da língua ou do globo ocular citados.
Também não ficou bem explicado o ciclo de vida da carraça, que começa por ferrar a pele para se alimentar e quando está cheia se deixa cair, indo depositar os ovos onde a espécie a que pertence lhe indica. Uma destas espécies é chamada carraça-dos-celeiros precisamente porque faz a postura nas frinchas de madeiras velhas, além de em paredes e muros. Finalmente, o nome da bactéria é Rickettsia, e não Rickttsia. Mas há outras que a carraça também transmite: a Erlichia e a Babesia canis, por exemplo, sendo as doenças chamadas, respectivamente de erlichiose e babesiose.

» irefraz ( Irene Frazão) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 12:51
Muito útil e claro, mais a mais existindo agora novas formas de febre da carraça ainda mais perigosas.
E não só para os animais.
Sei de experiência própria a gravidade da febre da carraça 'clássica': ´nos anos 40 morreu o meu avô paterno e há cerca de 20 anos, quando trabalhava em muito más condições em Trás-os-Montes eu própria estive bem atrapalhada porque o diagnóstico só se fez muito tarde....
Obrigada às autoras.

» tchinho ( Susana Gomes) » [ Europe/Lisbon ] 2006/05/03 12:41
Documento muito bom. Parabéns Rute e Fernanda. O meu Alex tem febre da carraça desde Dezembro e não há meio de passar. Também ele vinha com milhões de carraças e febres altíssimas. Ainda hoje, com coleira e pipeta ele apanha-as aos montes. Mais que qualquer outro dos meus cães.
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