Anúncios | Artigos | Galeria |  Fórum   | Eventos | Utilizadores | Top | Raças | Diários | Quem?

Utilizador:
Password:
Memorizar-me


== ARTIGOS ==
Site Felinus
Lazer
Entrevistas
Clipping
BD
Newsletters
Encontros
Ajuda
Notícias
Sobre o Site
Informação
Raças
Conselhos
Legislação
Notícias
Campanhas
Crónicas
Histórias Felizes
Ficção
Humor
Opinião
Livros
Revistas
Filmes
Lojas
Veterinários
Alimentação




Artigos  » Informação » Notícias

Modelos Despem-se em Defesa dos Animais

Cinco defensores dos direitos dos animais, três deles envergando t-shirts da associação ANIMAL, promotora da iniciativa, e duas manequins, protagonizaram ontem de manhã, à porta do El Corte Inglés, em Lisboa, um protesto contra a venda de peles.

Com o anúncio de que as duas manequins se iriam despir, para demonstrar que preferem andar nuas a vestir peles de animais, foram muitos os jornalistas que se juntaram à porta da grande superfície e os curiosos, na sua maioria homens, também marcaram presença.

À hora marcada, 12h00, surgiram Miguel Moutinho e Álvaro Braga Júnior, membros da direcção da ANIMAL, com mais três elementos da associação, que se apressaram a montar três cartazes de protesto contra o comércio de peles. Um, a clássica foto de um ursinho que pergunta "A tua mãe usa casaco de peles?" e diz "À minha mãe arrancaram-no", o segundo com a pergunta "Peles?", explicando que "todos os casacos de peles representam animais torturados e mortos por estrangulamento, electrocução, afogamento ou asfixia com gás". Este cartaz terminava com o apelo "Evolua: não use casacos de peles, recuse a moda manchada de sangue" e um voto de parabéns às lojas "Zara, Mango, Massimo Dutti, Stradivarius, Bershka e Pull&Bear" que irão deixar de comercializar "casacos de peles finas e peles com pelos" a partir de 2005.

Já o terceiro cartaz, repleto de fotografias chocantes de animais mortos, apelava um boicote ao El Corte Inglés, "pela responsabilidade neste horror".

O vice-presidente da ANIMAL, Álvaro Braga Júnior, explicou aos jornalistas que nada move a associação contra a grande superfície espanhola e que a iniciativa não era um ataque ao Corte Inglés, que considerou "uma loja de referência", mas que a acção era, em geral, contra todas as lojas que comercializam peças de vestuário feitas com peles de animais, deixando mesmo no ar a possibilidade de que outras acções deste género venham a ter lugar à porta de mais estabelecimentos comerciais de Lisboa.

O grande momento da manhã viveu-se mesmo, durante cerca de cinco minutos, quando as anunciadas manequins, pintadas de vermelho e envergando casacos de pele de leopardo e de raposa, surgiram frente aos fotógrafos e, sob o olhar vigilante da polícia, se despiram integralmente para de seguida pisarem e pintarem com sprays vermelhos as peles lançadas para o chão. O momento foi aplaudido por populares, enquanto duas senhoras idosas, na confusão por engano, deixaram bem claro o seu protesto contra "as porcas que vêm para aqui despir-se".

Entre os espectadores, dividiam-se as opiniões. Uns aplaudiam, uma senhora fez mesmo questão de discursar para uma câmara de televisão, anunciando o seu amor aos animais e em especial aos dois câes que tem em casa, enquanto outros não estavam muito convencidos. "Se comem coelhos e vacas porque é que não se usam peles?", perguntava um popular, que depois de desabafar que era "tudo uma fantochada" se enfiou para dentro do Corte Inglés.

Mas no meio dos curiosos, havia de tudo, mesmo os que tinham ido ali só para assistir ao espectáculo da desnudação das manequins. Dois amigos, já de alguma idade, comentavam o facto com alguma frustação. Enquanto um deixava sair o desabafo, pouco elegante, de "f..., ainda se as gajas fossem boas", o outro consolava-o: "Deixa lá, vamos beber um café". Enquanto isso, um jovem mais animado ia comentando: "Já que não há dinheiro para ir ao strip, ao menos divertimo-nos aqui".

Mas se para uns não passou de um momento diferente, para os defensores dos bichos e para a ANIMAL, em particular, a questão é séria. Os casacos de pele estragados pelas manequins, de acordo com Miguel Moutinho, foram doados e serão enviados para "os pobres no Afeganistão, que precisam de agasalho". E a luta contra o comércio de peles de animais irá continuar. Noutro dia e em outro sítio.



Jornal Público, de 5 de Dezembro de 2004

- Becas (Fernanda Ferreira) [ Europe/Lisbon ] 2004/12/06 19:12

Versão para Impressão Enviar a um amigo

» ZicaCabral ( Zica CAldeira Cabral) » [ Europe/Lisbon ] 2004/12/07 18:58
acho horroroso o comercio de peles de animais selvagens para enfeite frivolo de poucas pessoas que se acham "mais....qualquer coisa" , por mostrarem que têm dinheiro para comprar casacos de peles. Ainda por cima já nem sequer há a desculpa dos anos 60 que não havia substituto para o aquecimento que as verdadeiras peles provocavam. Agora há substitutos mais quentes ainda e boas imitações de peles que até são esteticamente muito bonitas.
Quantos às peles de vacas, borregos e coelhos que são exclusivamente criados para a alimentação humana , estou plenamente de acordo com a hecep (Helena Cepeda) acho que se pode aproveitar tudo umas vez que são mortos para se comer a carne.

» selenis ( Rute) » [ Europe/Lisbon ] 2004/12/07 16:48
acho triste e infelizmente representativo de boa parte da nossa populaçãozita alguns dos comentarios feitos no artigo...

em relação as peles em si, capturar e matar como se ve bem em fotos divugadas pela PETA (se n estou em erro) chocou-me... nao fazia ideia de que era assim, nem dos danos colaterais (os muitos animais capturados ou irremediavelmente feridos "por engano"). desde esse dia que a minha ideia em relação a essas peles ficou muito bem formada... nao quero e pronto, e fiz questao de passar a informação a toda a gente que conheço!

em relação a pele de vaca etc... bom, eu gostava de ser vegetariana, mas o certo e que ainda nao sou e concordo que se os matam, ao menos aproveitem td!

em relação a forma como sao mortos... infelizmente a morte continua a n ser tao rapida e indolor como se pensa, pelo menos é com essa ideia que fico, e a maioria dos animais entra em panico so de se aproximar de um matadouro... eles bem sentem e cheiram o que se passa la dentro.

» hecep ( Helena Cepeda) » [ Europe/Lisbon ] 2004/12/07 13:31
A questão do porquê não se usar peles dos animais que são comidos eu acho que se põe. Eu não sou vegetariana, acho que se uma vaca é morta deve-se aproveitar tudo, incluindo a pele. Os coelhos idem aspas. Quanto à forma de morte, perdoem-me mas não faço ideia como são mortos os animais nos matadouros em Portugal, penso que varia de local para local, não tenho bem a certeza. Enfim, sou de opinião que deve ser uma morte o mais rápida e indolor possível, mas depois de mortos os animais que se destinam às alimentação humana deve-se aproveitar tudo.

» GASPARSA ( ) » [ Europe/Lisbon ] 2004/12/07 09:37
Eu de facto continuo triste com a mentalidade tacanha que temos neste país, felizmente pode haver mtas pessoas que defendem os animais, mas continua a não ser a maioria e enquanto uns continuam na luta para que se faça melhor, outros estão mais interessados em aparecer na televisão e dizerem barbaridades ou apenas vão pq é giro ver uma mulher a despir-se.
Que tristeza de país......sad.gif

» anims ( Guilhermina Abreu) » [ Europe/Lisbon ] 2004/12/07 00:47
E deve mesmo prosseguir! Este ano ainda não passei pelo piso das grandes marcas, sempre bem fornecido de casacos de peles, mas entrei na cave onde mesmo ao lado do espaço para os animais se encontra a retrosaria repleta de golas, estolas e cachecóis feitos com peles e muitos, vergonhosamente, nem indicam a origem.
TERMOS DE USO | Regras de Utilização | Felinus e Cia. - © 2001 - 2024 Equipa Felinus