[ Europe/Lisbon ] 2003/11/29 03:18 "O meu doce"
Vou estrear o meu diário.
Este é o diário do meu Óscar A. (A. de alemão), o meu gato.
Tive que ir morar fora de Portugal. Apesar de estar acompanhada faltava-me aquela alegria de ter uma "bicheza"de 4 patas à espera que eu chegasse para receber e dar muitos miminhos (eu não sabia mas já tinha sido infectada pelo "bichinho dos gatos").
Pode fazer rir muita gente mas, mesmo sabendo que estava sozinha, muitas vezes chamava o meu gato como se estivesse em casa da minha Mãe. Chorei tanto por falta do meu Óscar P.
Um dia, farto de me ouvir lamentar como a minha vida era triste sem um Óscar, o meu namorado levou-me a um gatil. Procurava um gato jovem, tigrado e saiu-me na rifa um preto e branco. Escusado será dizer que foi baptizado de Óscar :).
Este doce foi criado com os mimos que não pude dar ao outro.
Passado 15 dias de o ter só ouvia, em tom de brincadeira: "Se soubesse não o tinha trazido. Dás-lhe mais atenção e festas do que a mim.” Cheguei ao ponto de comprar, de propósito, uma máquina digital só para lhe fotografar as traquinices. Depressa descobri isto de gostar de gatos é uma doença que, felizmente, não tem cura.
Actualmente, está na Alemanha, a preparar-se para fazer uma visita à dona. Com ele aprendi que os gatos não se medem pela cor, raça ou outras coisas que estupidamente me pareciam fundamentais.
Sempre que ligo, chamo-o e ele roça-se no telefone e faz ronrom.
Faz com cada cena digna de ser mostrada no circo.
Até hoje agradeço a hora em que o fui buscar.
Mas o tempo e o conhecimento sobre gatos fizeram com que me arrependesse de uma coisa: de não ter trazido a mana dele: preta com olhos azuis.
Na próxima folha falarei de como é morar com um Óscar.
(Este texto está um pouco estranho mas foi o que consegui escrever enquanto um ciumento amarelo insiste em distrair-me saltando por todo o lado).
:)
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