Artigo retirado de:
http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=978
Autor:
morgaine_ba@hotmail.com (Teresa Soares) [ Europe/Lisbon ] 2006/12/05 00:11

Nina Sophia



No dia 11 de Outubro 2005 tinha a perfeita certeza que nada mais queria ter a ver com animais abandonados.

Já encontrei alguns e consegui dá-los a pessoas que achava na altura serem a melhor opção para eles.

No entanto, o que motivou essa minha ideia foi o facto de pensar que era uma trabalheira a preocupação que envolve o facto de tentar encontrar um dono ideal para cada animal.

Também um factor importante para essa minha certeza foi o Benny, (o 1º cão que consegui "dar"). Morreu, ninguém na minha família me avisou na altura, apenas 3 meses depois, como se isso mitigasse a minha dor ou suposta "culpa".

A foto do anúncio




Ora bem, voltando ao início do meu registo, nesse dia, tinha a certeza que não queria ter nada a ver com animais perdidos, abandonados, ou qualquer coisa do género.

Qual não foi o meu espanto que ao chegar a casa, vejo uma cadelinha toda molhada, completamente assustada com os carros que passavam e perdida....

Saio do carro, olho para ela, que virou logo o olhar na minha direcção e se chegou a mim lentamente e de cabeça baixa. Como não sabia o que fazer, (achei estranho uma Golden Retriever estar na rua completamente abandonada), perguntei á minha mãe se conhecia alguém que tivesse um cão daqueles ali nas redondezas... Não sabia.

Volto a abrir a porta do carro e a Nina não despegava das minhas pernas (deve ter achado um bom abrigo, não sei...) o meu intuito era telefonar a uma amiga minha que tem um Golden mas macho e poderia ser que por obra e Graças de Jesus Cristo quisesse ficar com ela, temporariamente ou não.

Mas mal abro o carro para ir buscar o telemóvel, a Nina enfia-se lá dentro e não sai mais, ehehhehe!!

Bom, não sabia o que fazer... mas sabia que ela esta noite não iria ficar na rua, nem que a tivesse deixar dentro do meu carro a dormir.

Telefonei para todas as pessoas que achei que me poderiam ajudar, mas nada! No entanto, apesar de toda a preocupação, no meu intimo estava certa que iria encontrar a solução.




















Depois de todos os telefonemas, fui a casa buscar um pouco de comer da minha outra cadela. Até que a minha mãe se lembrou de eu falar com o dono do ginásio perto da nossa casa, pois conhece muita gente e alguém lhe poderia dar abrigo.

O certo é que este homem fantástico e de uma generosidade incrível deixou a Nina ficar no seu quintal com a promessa feita da minha parte que cuidaria dela.

O enamoramento entre a minha pessoa e esta criatura adorável que apenas queria um pouco de mimo, amor e comida foi de tal forma que em Julho de 2006 consegui ter condições para a levar para minha casa.


A expressão da felicidade
Desde então tenho visto a Nina evoluir cada vez mais, ao principio mesmo quando ia á rua comigo ela tinha um medo enorme de se afastar da minha pessoa, simplesmente andava colada ás minhas pernas, como devem calcular vindo de um animal com o porte dela é complicado.

Hoje em dia, a Nina salta, corre, brinca e está um ser feliz e alegre!!!
Eu estou mais completa (tenho também outra cadela maravilhosa, a Gutcha) e sinto-me muito abençoada, por este presente vindo dos céus!!!

Contudo acho que o objectivo principal foi tornar a estar optimista quanto a “salvar” animais abandonados!!!

Nunca mais vou pensar que não tenho condições para enfrentar as dificuldades de ajudar um ser vivo que merece respeito e um pouco de dignidade enquanto cá estão.

Se nós, seres humanos, somos a espécie privilegiada e dotada de pensamento, logo temos OBRIGAÇÃO de cuidar dos outros que não tem a mesma SORTE.

Bem Hajam!