8º Encontro Felinus - Lisboa

Passou-se pouco mais de um ano desde o 7º Encontro Felinus e os participantes passaram de 80 no dia 4 de Dezembro de 2004 para mais de 110 em 11 de Dezembro de 2005. A participação alargou-se, não só em número, mas em extensão pelo globo. Se os encontros anteriores já reuniam pessoas de norte a sul do país, incluindo as ilhas, desta vez tivémos também felinusdependentes vindos do estrangeiro, nomeadamente do Reino Unido. Embora a viagem não tenha sido feita exclusivamente com o propósito de estar presente no Encontro Felinus, a Zica Cabral não tem dúvidas: «ADOREI o encontro. Se tivesse vindo de propósito de Inglaterra para aqui só para o encontro teria valido a pena. (...) Já prometi a mim mesma que, se no Verão fizerem um encontro, eu venho cá para ir e conhecer mais gente».

Houve quem viesse um pouco mais de perto (mas ainda assim a 400 quilómetros a norte da capital) e que teve direito a um fim de semana especial, em terras da margem sul: «Eu, tripeira, confesso que este ano ADOREI o fim de semana passado na capital», afirmou a Susana Regina. «Eu ADOREI tudo. A começar na bela noite de ontem, que terminou com castanhas assadas comidas à lareira», complementou a Fátima Rodrigues, acrescentando: «estava tudo 5*****, a comida óptima, o comBiBio foi o possivel no meio de tanta gente, mas deu para rever algumas amigas de quem sinto sempre tantas saudades.» Ainda do Norte, a Elsa Oliveira, que não esteve connosco na noite de sábado, restringe os comentários ao dia do encontro: «O almoço adorei, fiquei ao lado da doidona da Sandra Nogueira e ela faz a festa e deita os foguetes! (...) As viagens foram divertidas e o encontro ainda melhor».

“ADOREI” (assim mesmo, em maiúsculas) foi de facto a palavra mais utilizada pelos participantes no encontro. Foi o caso da Zorra, utilizadora do Felinus já há algum tempo, mas que participou numa destas reuniões pela primeira vez: «Foi o meu 1º - adorei! Sinceramente ADOREI! Quem me conhece sabe que eu sou um bichinho do mato, mas entre vocês senti-me muito bem».

A Lovekatzz levou a adoração ao extremo: «Como dizia o outro num filme cujo nome não me lembro: "Adorei, Adorei, Adorei!". Adorei rever caras já conhecidas; Adorei associar nicks a caras e ficar agradavelmente surpreendida; Adorei receber as pecitas do leilão; Adorei ver o gatuncho amarelito da Hecep ser adoptado quase à minha frente (...); Adorei a comida e a sangria; Adorei o clima de perfeita compreensão mútua que reinou no encontro e finalmente perceber que há muito mais gente que é como eu - maluca pelos animais! Especialmente gatos... Adorei conhecer-vos apesar de faltar sempre alguém, né?»

O “gatuncho amarelito” referido foi, aliás, a mascote deste 8º encontro. Apesar de compreensivelmente assustado por se encontrar entre tantas pessoas, este pequerrucho andou de colo em colo e recebeu, como é óbvio, bastantes mimos, tendo devolvido sonoros ronrons em agradecimento. A “dona emprestada” do exemplar da “marca registada do Faial, Fofinus faialensis”, que alguns dias depois encontrou uma dona definitiva no continente, agradece: «Gostei imenso do almoço, muito obrigada à organização e colaboradores, acho que desta vez consegui conversar com mais gente apesar do peluche pendura».

Uma das razões que motiva o crescente aumento do número de convivas nestes encontros é que cada vez mais os Felinusdependentes se fazem acompanhar de amigos e familiares, talvez porque sintam que as coisas boas devem ser partilhadas... Tal foi o caso da mais recente nomeada “Linda Moderadora” Assunção: «Repetindo as palavras de muita gente por aqui: Adorei o nosso encontro! Entre dois dedos de conversa e uma perseguição às minhas filhas, lá consegui falar com bastante gente. O meu marido divertiu-se, apesar de um pouco perdido, mas não se atrapalhou porque de tímido não tem nada e adora um bom "bate-papo"! As minhas filhas adoraram toda aquela confusão, divertiram-se, acharam piada a conhecer tantas amigas da mãe, não se queriam ir embora».

O desejo destas crianças era com certeza o de todos nós, mas quando nos divertimos, as horas passam a voar e, num evento que reúne tantas pessoas, a falta de possibilidade de esticar o tempo de forma a conviver com todas elas é um dos factores mais lamentados: «Adorei, embora tenha ficado com a sensação de ter sabido a pouco, o tempo escoou-se e acabei por conhecer imensas caras sem ter tido oportunidade de falar com as pessoas», desabafou a Lena Barroso, logo secundada pela Ana Filipa Vilar: «Eu também gostei muito do encontro, porém ao contrário do ano passado que não conhecia ninguém, este ano já tinha mais de uma dúzia de caras conhecidas, ou seja, andei tão entretida na conversa com essas pessoas que pouco ou nada confraternizei com outras pessoas, mas o tempo não é elástico... (...) Mais uma vez, obrigada a todos por terem proporcionado umas horas agradáveis e lamento não ter confraternizado com mais pessoas que não cheguei a conhecer... fica para a próxima». Na mesma linha de pensamento, a Ana Jorge rematou: «As minhas impressões são as melhores, mas realmente não dá muito para assimilar novas caras, felizmente que somos já um grupo grande». «Gostei muito de ir ao almoço. Gostei muito de me sentir parte de um grupo de pessoas que não olha só para o seu umbigo, verdadeiros SERES HUMANOS», afirmou com orgulho a Raquel.

Quem não pôde comparecer ou chegou apenas no final, como a Marina Sousa, não esconde a tristeza: «Estou tão invejosa... Só pude ir mesmo no fim do almoço quando já todos estavam de saida e só conheci meia dúzia de pessoas (que posso dizer que valeram por muitas)... ainda procurei por outras tantas mas já não estavam... Mas pelo que vi, o ambiente entre todos é espectacular, e senti muita harmonia e serenidade, como se todos fossem um único...»

A vontade de que o dia não acabe é tanta que até nos esquecemos e levamos um bocadinho da reunião connosco para casa, como foi o caso da Silvia Neto: «Ah sim... o autocolante... DHHHAAAAAAAA !!!! Pois eu também andei com ele até chegar a casa quando a minha mãe perguntou "o que é que tens na camisola?"». A mim também me sucedeu o mesmo em todos os restantes encontros, Silvia.

Existem várias tradições associadas aos encontros Felinus, sendo uma delas a habitual visita ao gatil da União Zoófila. A Susana Regina recorda como ficou de «coração dividido, entre a felicidade de ver que as boas condições em que apesar de tudo os gatinhos estão (muito especialmente os felvinhos, em que a diferença para o ano passado é gritante) e a dor de todos não terem uma casinha e mimos todos os dias». Também a Fátima Rodrigues leva boas memórias este ano: «Os gatinhos do Cantinho estão lindos e gordos que só visto, os Felv, que o ano passado me tinham deixado tão triste, estão este ano com um gatil lindo (parabéns às responsáveis) e os gatos lindos e bem tratados. Assim dá gosto continuar a trabalhar e pertencer a este grupo espectacular que somos todos nós».

Outra habitual tradição destes encontros são os cabazes de Natal para os quais quase todos os Felinusdependentes contribuem, e que são entregues às trabalhadoras mais necessitadas do gatil da União Zoófila. Foram várias as caixas e sacos reunidos, o que mostra que este grupo está igualmente sensível às necessidades humanas como às dos animais.

Foram inúmeros os agradecimentos e parabéns dirigidos à organização do Encontro e do 3º Leilão Felinus, cujas peças foram entregues durante o almoço. Abstenho-me de os reproduzir, por ser a destinatária desses parabéns, limitando-me a agradecer a todo o grupo, pois sem a vossa presença no Encontro ou a participação no Leilão, nenhum dos dois teria sido o sucesso que vocês declararam. Os parabéns e agradecimentos são, aliás, partilhados com todos quantos ajudaram a reduzir a responsabilidade inerente aos dois eventos, ocupando-se de inúmeras tarefas.

A autora, que desta vez não teve qualquer hipótese de capturar pessoalmente imagens do Encontro (o que muito a entristece, acrescente-se), gostaria ainda de agradecer aos fotógrafos de plantão, cujas imagens ilustram este artigo.

A eles, e a todos os restantes Felinusdependentes, até ao próximo Encontro!

Nota: A autora lamenta a publicação tardia desta reportagem que, como é já do conhecimento público, se deveu a problemas de coluna que impediram o acesso prolongado a computadores.