Artigo retirado de:
http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=77
Autor:
Filipa Bastos (Filipa Bastos) [ Europe/Lisbon ] 2003/12/23 10:00

Esterilização e Castração

A esterilização/castração: benefícios, custos e reflexos na vida do seu gato (e da comunidade felina)


Como pessoas que assumidamente amam os seus gatos, mas também como pessoas que assumidamente se preocupam com os animais que não têm a sorte de ter um dono e que, à sua escala, procuram ajudar a resolver os seus problemas, a nossa perspectiva face ao tema da esterilização tem uma dupla face: como “donas”, preocupamo-nos com as consequências da esterilização no animal, mas também com os efeitos que este método de controlo de natalidade possui para a comunidade felina. São estas duas faces do mesmo problema que aqui abordamos.

Este texto não pretende assumir posições fundamentalistas sobre a esterilização/castração dos gatos/as. É uma defesa inequívoca deste método, mas todas as opiniões devem ser respeitadas. Se o ler e continuar a achar que os seus argumentos contra a esterilização são certos, está no seu direito.

Foi escrito no intuito de informar e chamar a atenção para as vantagens que este processo representa, os inconvenientes que lhe podem estar associados e sobretudo, clarificar algumas falsas questões e ideias incorrectas que circulam sobre a matéria.


Não é verdade que a generalidade das pessoas saiba que a esterilização de um animal doméstico é um acto cirúrgico quase banal. Ainda hoje, com frequência, colegas e amigos nos perguntam, se isso também se pode fazer com os animais. Como este método de controlo de natalidade não tem vindo a ser aplicado há tanto tempo quanto isso, a informação é fundamental.

Na verdade, acreditamos que a maior parte dos donos de gatos não sabem que os podem esterilizar e, se têm conhecimento dessa possibilidade, muitas vezes têm informação incompleta, vaga ou até mesmo incorrecta sobre este procedimento, persistindo relativamente a este, como a muitos outros assuntos, muita falta de informação. Este texto espera ser um pequeno contributo para quem tem dúvidas se deve ou não esterilizar, ou para quem o tema constitui uma novidade.

Alerta-se desde já que nenhuma das autoras possui formação em medicina veterinária, nem o texto pretende ser um tratado científico sobre o tema. Questões técnicas devem ser colocadas e aprofundadas com o médico veterinário.

No entanto, este texto foi escrito depois de alguma pesquisa bibliográfica e documental e, inevitavelmente, tendo em conta a nossa experiência pessoal.

Se ele contribuir para que algumas das questões mais frequentes fiquem esclarecidas, se servir para que os donos possam fundamentadamente optar por operar ou não os seus animais, e se ajudar a que alguns gatos deixem de poder dar umas escapadelas, originárias de tantos milhares de gatinhos condenados a uma morte precoce, os objectivos que nos propomos terão sido alcançados.

Cada vez mais alguns Sites de Associações de protecção aos animais possuem alguma informação sobre o tema, pelo que se incluem no fim do texto links que lhe permitirão fazer o acesso directo, para que possa aprofundar conhecimentos.




A Origem do problema


Os gatos são animais que se reproduzem de forma exponencial e cujo controlo é muito difícil. Uma gata pode ter 3 ou 4 ninhadas num ano, cada uma delas com 5 ou 6 gatinhos (em média). Os seus períodos de cio são sucessivos e se nada fizer para os controlar ou impedir a reprodução, a sua gata vai ter muitas dezenas de gatos ao longo da sua vida, o que é prejudicial à sua saúde.



Basta uma ninhada para que passem a existir muitos mais gatinhos, pelo efeito multiplicador associado aos filhotes. Se todos os gatinhos da ninhada sobreviverem e se o dono/donos mantiverem o comportamento de não esterilizar os seus animais, rapidamente se duplica, triplica o número de gatos. Por exemplo, uma ninhada com 4 gatinhos (duas fêmeas e dois machos) pode, num espaço de um ano, garantir a existência de mais de 100 gatinhos.

Acresce que os gatos e gatas têm alguns comportamentos associados aos períodos de cio que são, quase sempre, francamente perturbadores. Com a agravante de que os cios, ao contrário do que sucede com as cadelas, em que apenas ocorrem duas vezes no ano, podem tornar-se sucessivos e com intervalos de apenas alguns dias. No caso dos machos, o problema assume outras dimensões: o gato marca território (e a urina de gato é extremamente incomodativa, sendo difícil eliminar por completo o seu cheiro).


Os gatos e as gatas vão utilizar toda a sua esperteza para conseguir escapar de casa, expondo-se a riscos muitas vezes fatais tais como lutas graves, contracção de doenças, perigo de morte por atropelamento, perigo de nunca mais encontrar o caminho de volta – até porque alguns gatos/as, meigos, facilmente se deixam apanhar e são vitimas de jogos brutais e violentos, entre outros que nos dispensamos de enumerar.

Inevitavelmente os donos não podem deixar de tentar impedir que as gatas reproduzam a um ritmo alucinante, existindo diferentes formas de controlo de natalidade.



O controlo de natalidade


Os gatos são animais a todos os títulos encantadores, e que sabem conquistar os seus donos. Quanto a isso, não há dúvidas. Quando estão em pleno cio, podem abalar o sistema nervoso do mais calmo dos seres humanos. No entanto, esta não é, nem de perto nem de longe, a principal razão pela qual nos parece conveniente recorrer ao controlo de natalidade.
O controlo pode ser efectuado:


  • pelo isolamento do animal,

  • através da pílula,

  • pela esterilização/castração.


  • Durante muitos anos, a pílula foi um método recomendado e utilizado com muita frequência. Os efeitos adversos não eram conhecidos ou divulgados. Mas hoje sabe-se que a pílula tem riscos diversos e com frequência origina graves complicações de saúde, que diminuem o tempo de vida do seu animal e que vão obrigar a tratamentos dolorosos e dispendiosos. São factos que nos impedem de aconselhar este método.


    O isolamento do animal impede a reprodução, mas não elimina o estado de stress e mau estar que este sente. Pode acontecer que os intervalos entre cios se tornem cada vez menores, até quase não existirem. Se não é fácil controlar este isolamento tendo só um animal (que procurará desesperadamente sair de casa em busca de um/a parceiro/a), se tiver vários, os problemas serão ainda maiores.

    A esterilização/castração tem vindo a ser crescentemente utilizada como meio para controlar a natalidade dos nossos animais de estimação. Pelos méritos que lhe reconhecemos, aprofundamos este método.



    Quais as vantagens e porquê esterilizar?


    A esterilização/castração é um método definitivo de controlo de natalidade. Os argumentos mais positivos que podemos apontar a seu favor são os que se listam:


  • previne o aparecimento de doenças (infecções no aparelho reprodutivo, quistos mamários, entre outras), que a pílula ou os cios sucessivos tornam mais frequentes;


  • evita o sofrimento físico, stress e ansiedade que gatas e gatos sentem nos períodos de cio – o facto de não acasalarem faz com que os animais entrem em grande stress e permanente estado de ansiedade, deixando de comer e até de dormir (e bem sabemos como os nossos animais adoram quer uma quer outra destas actividades);


  • definitivamente não terá que se preocupar em arranjar donos para os gatinhos bebés que possam nascer em consequência de uma distracção na vigilância da gatinha;


  • os animais deixarão de ter as manifestações físicas do cio, o que significa o fim de noites sem dormir e de preocupações com os vizinhos;


  • elimina os problemas de marcação do território – embora a marcação de território (xixi fora do wc) seja mais comum nos machos, também pode ocorrer com as fêmeas e é muito desagradável;



  • torna os animais mais dóceis e meigos;


  • vai reduzir consideravelmente as possibilidades de vir a perder o seu animal por este ter fugido na tentativa de acasalar;


  • reduz as lutas pelo território e impede o envolvimento em lutas pela fêmea;


  • impede que os gatos contraiam doenças sexualmente transmissíveis.


  • O seu veterinário poderá aprofundar as vantagens que a esterilização/castração dos animais apresentam.



    Quando deve esterilizar?


    Em regra, existe consenso quanto à idade de esterilização das fêmeas (6 meses), podendo ser efectuada antes do 1º cio. Algumas gatas têm cios antes desta idade, geralmente pouco expansivos.

    No caso dos machos, as opiniões dividem-se quanto à idade ideal para a operação. Mais recentemente, alguns veterinários começaram a defender a castração com idade inferior a 6 meses, embora pareça pacífico dizer-se que ainda predomina a opinião de que esta operação deve ter lugar cerca dos 8/9 meses.

    Mas os gatos têm diferentes velocidades de desenvolvimento e crescimento, pelo que nada melhor do que falar com o seu veterinário para que ele possa avaliar a situação. No caso de ter um gato, e se verificar que este começa a marcar território muito cedo, talvez ele seja mesmo precoce e deva equacionar a possibilidade de o castrar mais cedo.


    Quais os riscos com que deve contar?


    Amamos os nossos animais e por isso é natural a ansiedade e preocupação em os submeter a uma operação. Sabemos que muitas pessoas não operam por medo de que o animal possa morrer. Talvez seja até um dos motivos mais frequentemente apontados pelos donos, para adiar “até nunca”, a esterilização.

    A esterilização/castração é uma intervenção cirúrgica e, portanto, o risco existe. Qualquer intervenção cirúrgica tem riscos, que variam de intensidade. Mas qualquer veterinário lhe dirá que o risco de esterilizar uma gata/gato é muito reduzido.

    A castração do macho é uma intervenção mais simples, por isso os riscos são deveras insignificantes.

    Quando ocorrem problemas no pós-operatório, a maior parte das vezes são consequência de outro tipo de problemas de saúde (por exemplo, quando se verifica que a gata já tinha desenvolvido infecções ou quistos) e isso significa que provavelmente, ao ser operada, a sua vida foi salva.
    O pós-operatório nos machos é muito simples e rápido e no dia seguinte estão a 100%. Nem parece que foram sujeitos a qualquer intervenção.

    A operação nas gatas é mais demorada e o pós-operatório pode demorar alguns dias. Significa, em regra, que ela já vai andar no dia seguinte, passados 2 dias estará razoavelmente bem (varia de caso para caso, porque uma das nossas gatas, no dia seguinte, já andava aos pulos em cima dos armários da cozinha, mesmo com o incomodativo funil enfiado na cabeça) e ao fim de 4 dias ela vai estar praticamente normal. Os animais possuem uma incrível capacidade de recuperação.



    Algumas respostas para perguntas mais frequentes



    Será a esterilização contra-natura?
    Algumas pessoas argumentam que este método é contra-natura e que perturba o equilíbrio da natureza. Que a gata não pediu para ser operada, nem pode impedir essa decisão. Não é nosso objectivo entrar em discussões ou divagações filosóficas, mas não será também contra-natura sujeitar gatinhos indefesos a nascer no meio da rua, rodeados por perigos que não conseguem combater com sucesso, passando fome e frio, morrendo (por vezes lentamente e em agonia) de doenças, sem atenção ou cuidados? Serão os perigos criados pelo homem, nomeadamente os carros, um instrumento assassino para tantos milhares de animais, algo de natural? Devemos deixar a natureza decidir o nascimento de crias que a tecnologia vai destruir, em total desrespeito pela natureza?
    Talvez que afinal a gata mãe preferisse optar por não dar vida a seres condenados à dor, sofrimento e morte. Quem sabe?


    O meu gato/a vai ficar obeso?
    Pela tendência que há para uma maior sedentarização, depois da operação pode verificar-se uma tendência para engordar, embora não seja obrigatório que tal aconteça. Essa tendência pode ser contrariada pelo controlo da comida e/ou pelo aumento de exercício – para tal, deve procurar brincar com ele alguns minutos por dia, obrigando-o a correr e saltar. Esta actividade tem ainda a vantagem de criar um elo de ligação maior entre dono e animal. Existem ainda rações próprias para gatos esterilizados, que também ajudam a que a elegância do animal se mantenha.

    Convém, no entanto, salientar que nem todos os gatos/as engordam com a operação, e muitas vezes, essa primeira reacção é corrigida, voltando os nossos amiguinhos à sua boa forma habitual.


    O meu gato vai deixar de brincar e ficar muito parado?
    De maneira nenhuma. A operação vai torná-los mais calmos, mas isso não significa que deixem de brincar ou que passem o dia refastelados a dormir.

    É verdade que os gatos são muito dorminhocos e alguns mais pachorrentos, mas esse temperamento não é resultado da operação. A redução de alguma energia, que provavelmente vai ocorrer, não significa que ele perderá a sua vivacidade. Continue e brincar com o seu amigo tal como sempre o fez, que ele vai continuar a apreciar esses momentos. E serão importantes para o ajudar a manter a linha.


    O temperamento do meu gato vai alterar-se?
    Há tendência para que machos e fêmeas fiquem mais dóceis e meigos. Porém, dificilmente poderemos catalogar essa maior docilidade ou mansidão, como alteração de comportamento. E ainda que assim o queiramos definir, afinal, o que todos procuramos não é que os nossos gatinhos se derretam com festinhas e venham a correr dar-nos turrinhas quando chegamos? Quanto às restantes características da personalidade do gato, elas não devem sofrer alterações.


    Será que o gato/a fica deprimido ou se sente diminuído, com a operação?
    A experiência que temos e a bibliografia sobre a matéria não confirmam esta possibilidade. O animal fica abalado nos primeiros dias, como é natural, e decorre da recuperação da anestesia e do incómodo físico que sente. Mas não existem dados que confirmem qualquer alteração no sentido de uma depressão associada a este tipo de intervenção.

    Por outro lado, não é correcto que julguemos as reacções dos animais em função dos valores humanos. A julgar pela forma como os gatos continuam a brincar e exibir a sua pose felina, não há razões para acreditar que eles se sentem diminuídos com a operação a que foram sujeitos.


    Uma vez que o meu gato nunca está em contacto com outros felinos, valerá a pena operar?
    Por tudo o que já dissemos, a resposta é sim, mesmo que o animal esteja isolado, deve ser esterilizado/castrado. Dessa forma vai evitar que tenha cios, stress, ansiedade e desenvolva doenças que lhe podem causar muito sofrimento e até a morte.


    A operação é muito dolorosa?
    Qualquer intervenção cirúrgica provoca alguma dor ou desconforto, mas ambas as situações são atenuadas ou eliminadas por analgésicos ministrados no pós-operatório. Quanto mais jovem é o animal, mais rápida é a sua recuperação.


    Deverei deixar a gata ter uma primeira ninhada?
    Não existem evidências médicas que defendam que a gata deve ter uma ninhada antes de ser esterilizada (e alguns defendem mesmo que gatas esterilizadas antes de qualquer ninhada são mais saudáveis, facto relativamente ao qual não dispomos de informação suficiente para defender). O facto da sua gata ser bela e de pretender descendência parecida, não deve ser argumento para que ela tenha uma primeira ninhada, porque a verdade é que os gatinhos podem ser bem diferentes, quer exteriormente como em personalidade.


    Como o meu gato não terá ninhadas, para quê operá-lo?
    Eis uma pergunta frequentemente feita por quem tem apenas machos. Esperamos ter demonstrado que há vários outros factores que devem suportar a opção pela esterilização, que não apenas o controlo de natalidade. Assim, o macho encontra-se tão exposto a perigos vários como a fêmea (em matéria de saúde) e, por outro lado, dado que até mesmo com gatos de casa existe a hipótese de fuga, ele pode dar origem a várias ninhadas de rua cujo fim trágico é quase sempre inevitável.


    O factor monetário


    Não podemos negá-lo, o custo desta operação (que é variável, mas em termos médios deve rondar os 125/150 Euros para as gatas e os 65/75 Euros para os machos – dados de 2003) é um factor que pesa na tomada de decisão. Parece muito, mas se pensarmos bem nos benefícios que esse pequeno investimento tem associados, definitivamente que vale a pena. E depois, existem algumas alternativas mais económicas, em algumas Associações de protecção de animais. Para mais, vale a pena fazer contas: porque se optar por outro método de controlo de natalidade, o somatório das verbas que vai despender ao longo da vida do animal com a sua aquisição não será muito inferior, com a agravante que o mais certo é que os vários problemas de saúde a que o animal fica mais sujeito, vão fazer com que gaste muito mais em tratamentos. Por isso, a esterilização, provavelmente, até é a opção mais económica.



    Algumas boas razões para esterilizar a sua gata ou castrar o seu gato:


    Para além das vantagens que já identificámos, gostaríamos de concluir este texto apresentando outro tipo de razões que devem pesar na decisão de controlar a reprodução dos seus gatinhos de estimação.

    Gostamos de nos animar, pensando que existem tantas histórias felizes de gatinhos, bebés e adultos, para quem foi possível encontrar um final feliz.

    Este Site, frequentado por muitas dezenas de pessoas que amam os seus gatos, mas também os que são de todos e de ninguém, e que dedicam parte do seu tempo e energia a procurar salvá-los de um fim triste, está repleto de histórias que nos enchem o coração, nos fazem sentir que não estamos sós nesta luta e que são cada vez mais aqueles que se preocupam e sobretudo, que agem em prol dos animais abandonados.

    Quantas vezes esse final feliz foi conseguido à custa de sacrifícios pessoais, monetários, de noites sem dormir, de dias de férias perdidos. Mas tudo vale a pena quando no fim, mais uma vida foi salva e mais um animal conseguiu encontrar um lar.

    Mas há um lado negro que nenhum dos que todos os dias lutam para salvar estas vidas pode esquecer, um lado que nos faz sofrer e, porque não admiti-lo, por vezes vacilar, desanimar, perder as forças para seguir em frente: por cada uma destas histórias com um final feliz, quantos animais não sofrem todos os dias, alguns em agonia, atropelados, vítimas de doença, desfalecendo a um canto qualquer das nossas ruas até que o coração cansado deixe de bater, morrendo na maior das solidões nos gatis onde são entregues ou abandonados?

    Ninguém sabe ao certo o seu número, mas todos sabemos que são muitos milhares de pequenas vidas a quem não foi possível estender uma mão, ou para quem esta chegou tarde demais.

    Na verdade, a «abundância» de animais reduziu para quase nada o valor que é atribuído à sua vida. Cada vez com mais frequência se podem encontrar gatos (e cães) de raça para adopção: ou porque foram abandonados, ou porque são tantos que já ninguém quer comprar e por isso, também para estes a solução é a adopção ou o abate. Uma vida não pode nem deve ser banalizada. E uma das formas que temos de voltar a lembrar esse facto às pessoas, é contribuir para que estas vidas não sejam um bem em abundância, disponíveis em todas as formas e feitios, como se de objectos se tratassem.


    Ao impedir que a sua gata tenha ninhadas ou que o seu gato seja responsável por algumas ninhadas de gatos nascidos na rua, está a aumentar as possibilidades de que os gatinhos condenados a morrer nos gatis municipais (onde são abatidos) e Associações (de doença ou velhice, onde passam toda uma vida presos), possam também sonhar em viver uma vida feliz.

    Você não pode salvar ou adoptar todos os animais que estão nos gatis, mas indirectamente, pode contribuir para que:


  • Diminua o número de animais que nascem nas ruas e são capturados para abate – para tal, basta que impeça o seu gato de dar voltinhas nas redondezas, se ele não estiver castrado;


  • Aumentem as adopções de gatos que estão na fila de espera para abate nos gatis municipais ou esperam por um lar (que tantas vezes nunca chega), nas Associações de protecção.



  • A opção é sua. Pense na saúde e bem estar do seu gato/a. Não deixe também de pensar na vida dos outros gatinhos, que não tiveram a sorte de ter um dono responsável, ou que nasceram na rua, e que precisam de lares para terem uma chance de viver.

    E sobretudo, fale com quem optou por esterilizar os seus animais e troque experiências. E claro, não descure a opinião do seu veterinário.

    Esperamos ter contribuído para esclarecer algumas dúvidas sobre as consequências e efeitos da esterilização dos gatos e, de alguma forma, permitido que possa decidir em consciência sobre essa opção, que é sua e não pode, nem deve, ser imposta. Pense nos largos benefícios (não só para os seus animais, mas para a comunidade felina no seu todo) e diminutos riscos, e decida.

    Se as dúvidas persistem, informe-se e esclareça-se.

    Pela saúde e bem-estar dos seus animais.
    Por uma hipótese de futuro para os gatos abandonados.

    Aprofunde conhecimentos. Mais informação disponível em:



    Cat chat - The Cat Rescue Web Site

    Johnson County Human Society

    Human Society of Central Illinois

    St Lucia Animal Protection Society

    Irish Animals on the Web

    Care for My Cat

    Prevent a Litter Society

    Centro Veterinário Reino Animal

    Protectoras Independentes na Protecção Animal


    Este artigo em formato PDF

    O folheto em tamanho A4 para divulgação



    Autoria: Adélia Costa e Filipa Bastos