Artigo retirado de: http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=65 Autor: Filipa Bastos (Filipa Bastos) [ Europe/Lisbon ] 2003/10/22 18:29 |
Riyadh |
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Adoptei uma gata adulta – Riyadh. Ela, em tempos e durante 6 anos, chamou-se Daisy, que foi o nome dado na União Zoófila onde ela viveu.
A experiência foi excelente, sobretudo por ser um cão adulto, sem fazer disparates, sem destruição, sem cocós e chichis fora do penico.
E agora a parte que interessa:
Lá fui buscar a gata, passados uns dias... Liguei ao Ernesto um pouco antes para lhe dizer que ia haver um novo membro na família... mesmo à cobarde, quando ele já não podia dizer que não. Li-lhe o tal anúncio pelo telefone. O Ernesto disse “Também quero ir buscá-la. Quero vê-la também. Dá-me a morada, vou lá ter.” Lá chegámos, atrasados os dois porque havia greve da Carris nesse dia. E vimos a Daisy! E ficámos loucos de todo! Depois vimos a Ana Ramos e tratámos da adopção... Chamámo-lhe Riyadh porque o Ernesto ia para a Arábia Saudita (já lá está) e, embora fosse para Jeddah, achámos Riyadh mais giro. Metemo-nos a caminho de casa e eu, histérica, a dizer ao Ernesto “Vais ver, com esta gata vai correr tudo bem. Vai adaptar-se em 3 tempos, a Mitzi vai gostar dela e tudo”. O Ernesto, ponderado como sempre “Não podes pensar assim, é uma gata, é adulta, vamos passar uns bons dias à espera que ela se adapte... eu já tive gatos, sei como é, não cries muitas expectativas.” Calei-me e continuei a ter expectativas muito grandes em relação à Riyadh, pensei que num ou dois dias ela estaria adaptada, sem confusões de território. Enganei-me redondamente! Chegámos a casa, abrimos a caixa transportadora, sem qualquer atenção ao que se deve fazer na adopção de um gato quando já existem outros. O DAT e a Mitzi ansiosos, sem sair de ao pé da caixa. A Riyadh saiu, bufou uma ou duas vezes ao DAT e a Mitzi bufou-lhe uma vez. A adaptação estava feita. Nem 5 minutos demorou... Foi maravilhoso vê-la chegar a casa, a olhar para tudo fascinada, a cheirar tudo durante horas. Parecia que sempre tinham vivido juntos, desde sempre. Fiquei tão “burra” que passado mais ou menos 2 horas liguei à Ana para contar a adaptação da Riyadh. Eu sou uma seca com estas coisas e precisava mesmo de partilhar a história... A Riyadh parece mãe da Mitzi, dá-lhe tabefes quando a Mitzi salta para cima dela na brincadeira e não tem paciência para a “hora do disparate”. O DAT também não tem, ela é mesmo muito tolinha... Agora o resto da história... Ando tão babada que tenho que contar o resto até hoje...
Derrete-se com as festas e encosta-se toda com um ar de satisfação total. Há que notar que isto aconteceu tudo em menos de 24 horas. Ainda não me saltou para o ombro... De manhã estive uma hora a fazer-lhe festas e a escová-la, encostou-se toda a mim e deu-me turrinhas na cara. Mas mais giro: deu uma turrinha no DAT que estava deitado encostado ao meu outro lado. Hoje vai tomar a primeira banhoca (tem mesmo que ser, já não tenho nariz de tanto assoar) e espero que não me odeie depois de tal tortura. Pós-banho seco: amuou e não me liga nenhuma. Vai para o colo de toda a gente menos para o meu. Dias seguintes: é tudo dela, uma das cadeiras da sala para dormir à noite. Durante o dia não sai de cima da máquina da roupa, tem vista para a rua. O microondas é outro dos “spots” preferidos da menina... Vai para o colo de todos, menos para o meu (grrrrr!), já pede comida dos nossos pratos (mau hábito que apanhou da Mitzi), corre quando nos vê a ir para a cozinha. Também já dá umas corridas tresloucadas pela casa com a Mitzi. Está a tornar-se mais brincalhona. O dia de "aniversário" do DAT foi no passado dia 9 que coincidiu com o dia em que fez duas semanas que a Riyadh chegou lá a casa. Ao acordar, acordei a Mitzi. Espreguiçou-se e foi falar ao "pessoal", como é habitual. O que não é habitual é ela dar beijinhos na Riyadh e foi a primeira vez. Foi lindo! A Riyadh estava a dormir e Mitzi aproximou-se e deu-lhe um beijinho na cara. O que foi magnífico em todo este processo foi constatar que há gatos que nem precisam de fase de adaptação. E continuo felicíssima da vida porque a relação entre eles os três é óptima, dão-se bem desde o primeiro instante e parece que viveram sempre juntos! E adoro vê-los juntos e observar as relações entre eles. O DAT, que é um cavalheiro, deixa-as sempre comer do prato dele, ao mesmo tempo que ele, inclusivamente, os raros petiscos de lata! Uma das meninas de cada lado e comem os três em perfeita harmonia... Ontem, dia 17 de Outubro, a Mitzi foi esterilizada. Fui buscá-la e quando cheguei a casa fui recebida pelo DAT e pela Riyadh que estavam super curiosos com a caixa transportadora, abri a porta da caixa transportadora, a Mitzi saiu aos tombos cá para fora o DAT encheu-a de beijinhos. Mas qual não é o meu espanto quando a Riyadh lhe dá um beijinho na cabeça, mesmo com o cheiro a anestesia... Ontem fez três semanas que a “cota” chegou lá a casa. Isto está quilométrico mas pareceu-me importante contar a história desde o princípio. É verdade, a Riyadh já vem para o meu colo (já lhe passou o amuo do banho de há 3 semanas), dorme no meu roupeiro e não vai para a cama porque há sempre dois ocupantes e ela respeita isso. Mas uma vez apanhou-me sozinha, deitou-se ao meu lado a “escorregar” para a minha cara e a dar turrinhas. Pareceu-me que ontem começou a responder pelo nome... olhou para mim quando a chamei. Autoria: Raquel Domingos 17 de Outubro de 2003 |