Cientistas refutam teoria de Gerta Keller, sobre a extinção dos dinossauros 300 mil anos depois da queda de um asteróide no golfo do México, com um gigantesco tsunami que devastou 300 quilómetros da superfície terrestre.
Cientistas da New Mexico State University , em Las Cruces, no México, refutam a teoria de uma especialista norte-americana sobre a extinção dos dinossauros, com um provável tsunami, resultante do impacto de um asteróide na Terra.
Os sinais da história trágica deste desastre global permanecem gravados na costa mexicana de Yucatan: a existência da uma enorme cratera, conhecida como Chicxulub, a permanência de um tipo específico de rocha solidificada e traços de um elemento químico típico dos asteróides, o iridium . Não obstante as evidências, Gerta Keller , da Universidade de Princeton , nos Estados Unidos, usou precisamente estas constatações para lançar uma nova discussão sobre a teoria da extinção dos dinossauros. Numa zona do México, foram encontrados fósseis, datados do final do período Cretáceo, acima do nível das camadas de rocha associadas ao impacto daquele asteróide. A partir desta nova descoberta, aquela especialista surpreendeu tudo e todos ao defender que a extinção dos dinossauros teria ocorrido 300 mil anos depois do impacto. O debate em torno desta possibilidade agitou, durante meses, a comunidade científica
Agora, um grupo de geólogos, liderado por Tim Lawton, acaba de lançar novas pistas para refutar a teoria de Keller. A explicação, para o facto de se terem encontrado fósseis acima do nível sedimentar associado à colisão, deve-se a um gigantesco tsunami, resultante da queda do asteróide.
Estudos recentes sobre as rochas encontradas em La Popa, a nordeste do México, sugerem que estes depósitos de fósseis, que agregam várias espécies de seres, teriam sido arrastados por um devastador tsunami de 150 metros de altura, que invadiu a superfície terrestre num raio de 300 quilómetros.
Outra evidência que refuta a teoria de Gerta Keller prende-se com o facto de os organismos fossilizados "não terem, originalmente, vivido juntos" , explicou à New Scientist, Tim Lawton. Para aquele cientista da New Mexico State University, o tsunami teria, pura e simplesmente, misturado fósseis de varias espécies, animais e vegetais, razão pela qual estes foram encontrados acima dos depósitos provocados pela colisão do asteróide.
Notícia de 2005/02/19
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