Artigo retirado de:
http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=534
Autor:
tchinho (Susana Gomes) [ Europe/Lisbon ] 2005/02/07 21:53

Suplementos Alimentares

Suplementos

Quando fornecemos suplementos à alimentação dos animais que estejam a consumir dietas preparadas, podemo-lhes estar a produzir alterações por excesso de nutrientes, já que lhes estamos a fornecer quantidades adicionais, por exemplo, de energia, de proteínas, de cálcio, de fósforo, de microminerais ou de vitaminas. Infelizmente, apesar das boas intenções, o que estamos a fazer é prejudicar o nosso animal.

Não se deve adicionar um suplemento nutricional à ração a não ser que seja estritamente necessário corrigir uma alteração ou desiquilíbrio específico ou que estejamos a tratar uma determinada doença. Quando se utiliza uma ração comercial de boa qualidade, não é necessário acrescentar nada mais para cobrir as necessidades nutricionais do cão e do gato. Além disso, quando se utiliza um mau produto, não vamos conseguir um equilíbrio alimentício à base de suplementos, já que o problema que existe com estas rações de pouca qualidade é que não têm uma deficiência em relação a um nutriente determinado, que se poderia corrigir acrescentando-lhe um suplemento, é que a maior parte delas têm desequilíbrios e excessos de minerais, assim como um conteúdo energético e proteico de pouca digestibilidade.

Se se estiver a utilizar um produto deste tipo e se perceber na saúde do animal, o mais fácil, cómodo, seguro e barato vai ser mudar para uma ração que tenha as quantidades certas de nutrientes para as características e para o tipo de vida que o animal tem.

Por estas razões, não é aconselhável acrescentar, de forma rotineira, suplementos à alimentação. No entanto, é muito difícil fazer compreender a determinados donos, razão pela qual devemos aconselhar-lhes sobre quais os suplementos que podem dar aos seus animais e em que quantidades para produzir um mínimo desequilíbrio possível. Para isso, vamos falar algumas coisas sobre os alimentos para humanos que se administram com mais frequência aos animais.
Autor: Almor (Almor Loucao)


- Carne e Peixe: são uma boa fonte de proteínas, ainda que deficientes em certos minerais e vitaminas. Como norma geral não se devem administrar em cru pelo perigo de transmissão de certos parasitas;

- Gorduras e Azeites: Podem ser utilizados para aumentar a densidade energética duma dieta durante períodos de necessidades energéticas elevadas. No entanto, não devemos esquecer que as dietas limitadas pela energia podem produzir deficiências doutros nutrientes, porque o animal consegue cobrir as suas necessidades energéticas comendo menos quantidade. As gorduras, sobretudo os vegetais, podem-se utilizar também para levarem quantidades adicionais de ácidos gordos essenciais. Nos dois casos, a quantidade máxima deve ser uma colher de café por cada 200 gr de ração;

- Ovos: Constituem uma fonte de proteínas de elevados valor biológico, assim como de acido linoleiro, mas deverão ser administrados cozidos porque a clara crua contém adivina, substância que faz inutilizáveis algumas vitaminas do grupo B;

Autor: http://londrix.blog.uol.com.br/

- Leite: É uma boa fonte de cálcio, de fósforo, de vitaminas e de proteínas, mas o seu excessivo conteúdo em lactose pode provocar diarreia nalguns cães e gatos, especialmente se forem ainda bebés;

- Queijos: São uma fonte de proteínas e de gorduras. Costumam ser muito palatáveis para os animais. São especialmente aconselháveis os queijos frescos.

- Fígado: Contém proteínas de elevado valor biológico, gorduras, carbohidratos, minerais e vitaminas. É aconselhável para animais convalescentes, débeis e anémicos;

- Vegetais: São alimentos adequados. Têm alto conteúdo de carbohidratos, vitaminas e fibra. Devemos ter cuidado para que esta fibra não diminua excessivamente a densidade energética da ração;

- Vitaminas e minerais: Podem ser nocivos se se administrarem indiscriminadamente. Só devem ser dados em situações específicas;

- Ossos: Ainda que sejam muito apetecíveis para os cães, não se devem dar nunca já que podem produzir lesões graves no aparelho digestivo, assim como obstipação e obstruções. Os únicos ossos que se poderão dar aos cães, serão os ossos do joelho ou perna das vacas/bois;

- Sobras: Não se devem dar. As mais perigosas são as que contêm gorduras em grande quantidade;

- Doces: São muito palatáveis para a maior parte dos nossos animais. O problema é que , ao terem um elevado conteúdo calórico, os animais comem menor quantidade da sua ração e podem produzir desequilíbrios. Além disso, podem desenvolver-se cáries dentárias e obesidade. A administração do chocolate representa um problema especial já que contém uma substância denominada teobromina, que é tóxica para o cão ( 100 mg/Kg deste composto pode produzir a morte de um cão, o qual para um cão de 10 Kg se alcança com 63 Kg de chocolate puro). Os sintomas da intoxicação por teobromina são: vómitos, depressão, diarreia, diurese, tremores musculares e morte. Os cães não conseguem eliminar a teobromina do seu organismo tão rapidamente quanto nós e por isso é tóxica para eles;

Autor: Xamir (Adélia Costa)

- Cebola e Alho: Existe uma crença popular errada que diz que estes vegetais eliminam os parasitas gastroentéricos. Além disso, a cebola é potencialmente tóxica, apesar de que só a ingestão de grande quantidade é que produz sintomas ( um cão de 10 Kg poderá consumir ½ kg). A intoxicação consiste numa anemia hemolítica;

- Erva: Ainda não se sabe porque é que os cães e os gatos comem erva com uma certa regularidade, ainda que possa haver uma maior necessidade de fibra na ração. Pode ser também por falta de ácido fólico e até há quem pense que seja para eliminarem parasitas intestinais.


Fonte:
Manual de Auxiliar de Clínica Veterinária – Módulo 3
Do Instituto Monitor