Treino de Obediência – Prémio e Castigo
O treino de obediência para o teu Humano começa com premiar o seu bom comportamento e puni-lo quando se porta mal. Controla o teu Humano e nunca o deixes tomar iniciativas.
Se o teu Humano começar a andar na tua direcção, afasta-te. Se tentar mimar-te, vira-lhe as costas. Todos os mimos e brincadeiras serão iniciativas TUAS e não a sua escolha.
Sê imprevisivel. Um dia sê todo miminhos e ronrons para o teu Humano e, no dia seguinte, ignora-o. A inconsistência é um treino melhor do que a predictabilidade. Ou seja, a recompensa intermitente é mais efectiva do que um plano de recompensa continuo.
Os Humanos adoram festinhas. Recompensa-os com turrinhas, ronrons ou esfrega-te nas suas pernas. Deixa um monte de pêlo nos seus fatos novos. Afinal, pêlo é pêlo e eles merecem-no.
Amassa o colo dos teus donos com as patas da frente abertas. Os Humanos apreciam imenso estes gestos infantis mas acham-nos extremamente dolorosos. Diverte-te vendo a mistura de dôr e prazer que lhes provocas.
Se és um Siamês ou de raça oriental conseguirás treinar o teu Humano usando a tua voz em uivos estridentes. A recompensa será o silêncio quando o Humano faz o que desejas.
Ignorar o Humano desviando a tua atenção é uma arma poderosa de treino. Volta-lhe simplesmente as costas, afastando-te e não permitas que te olhe nos olhos. Senta-te quieto de cabeça erguida com o pensamento elevado em assuntos sérios.
Quando o Humano quer excesso de atenção – com chamamentos idiotamente infantis, tentativas desajeitadas de festinhas ou (pior) interferências no teu sono – talvez esteja a pedir que lhe bufes. Até o mais estupido dos Humanos reconhece que bufar quer dizer “põe-te em milhas”.
Bolas de pêlo, são a melhor maneira de castigar o teu Humano. Vomita-as onde o teu ensonado Humano terá uma grande surpresa – ao pé da cama, ao lado do frigorifico ou, melhor ainda, nas escadas.
Rosnar, eriçar-se com o pêlo todo espetado e a cauda felpuda, são outros sinais que, mesmo um Humano, pode perceber.
Autoria: Celia Haddon
Tradução: Zica C.Cabral
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