Cher é uma linda gata tigrada que prefere ser o único gato em casa, não gostando da presença de cães, outros gatos e sendo arisca a pessoas que não conhece.Apenas com 4 anos de idade, Cher tem vivido desde há cerca de 4 meses na Humane Society of Seattle/King County, em Bellevue, Wash, à espera de ser adoptada. A razão de a terem abandonado: a chegada de um bebé humano. Autor: Seatle Humane | | Cher, cujos donos a deixaram depois do nascimento de um bebé, aguarda agora para ser adoptada na Humane Society of Seattle/King County, em Bellevur, Wash. EUA. |
A descrição na sua ficha de adopção é idêntica à de muitos outros gatos. Ela é adorável, meiga e “gosta de ser a rainha da casa”. Porém também menciona que ela arranhou um bebé. Sendo desconhecida a história do incidente mais profundamente, um arranhão ou uma mordidela de um animal de estimação pode ser um dos maiores receios de pais que esperam um bebé.
Todos os anos, milhares de animais são colocados em abrigos ou simplesmente abandonados devido ao facto de famílias com bebés terem receio de algo, dos “e se...”, tornando-se menos tolerantes com alguns maus hábitos dos seus animais ou por ficarem confusos sobre os seus comportamentos mais estranhos ao habitual. Porém se os donos preparem com antecedência os seus animais para a vinda de um novo bebé na família poderão acalmar o animal e prevenir problemas futuros.
GATOS PRESENTES MESMO DURANTE A GRAVIDEZ
Muitas mulheres continuam a acreditar que conviver com um gato durante a gravidez é perigoso devido ao risco de toxoplasmose, uma infecção que pode levar ao aborto espontâneo ou ao nascimento de bebés com problemas.
“As pessoas associam automaticamente a toxoplasmose aos gatos, mas os vegetais crus e mal lavados – mesmo a jardinagem sem colocar luvas – coloca-as igualmente em risco ”, afirma Lisa Balyeat, do abrigo da Human Society de Seattle/King County. Lisa, que tem um cão e um gato, espera o seu segundo filho e diz que o seu médico nunca lhe disse para se ver livre dos seus animais.
“O que é mais frequente na maioria dos casos de infecção por toxoplasmose é que esta advêm da contaminação por ingestão de carne mal cozinhada ou quase crua. Não há qualquer prova que os donos dos gatos tenham uma probabilidade maior de serem contaminados do que todas as outras pessoas”, afirma Nacy Peterson, especialista em artigos sobre animais de companhia na Human Society dos Estados Unidos.
Gatos que tenham acesso à rua e que comam roedores estão num risco maior para apanharem a doença, mas mesmo que fiquem contaminados com a toxoplasmose um gato teria de defecar e as suas fezes ficarem por limpar de 1 a 5 dias de modo a poderem infectar. “Se os donos limparem as caixas dos seus gatos pelo menos 1 vez por dia, o risco de infecção é quase nulo”, diz Lisa Blyeat.
Para que uma mulher grávida se contagie com o seu gato, ela teria de ingerir as fezes dos gatos ou levar as mãos contaminadas à boca sem haver cuidados de higiene, para que pudesse transmitir o contágio a si e ao seu bebé. Basta tomar algumas precauções como por exemplo, usar luvas enquanto limpa a caixa do seu gato ou pedir a alguém que lhe faça esse serviço durante o período de gravidez.
O RECEIO SUPLANTA O COMPORTAMENTO
Muitos pais que esperam o seu bebé – e os futuros avós – ficam preocupados que o gato da casa seja capaz de tapar a respiração do bebé. Os especialistas insistem que esta crença é completamente falsa, é apenas um mito.Esta forma de pensar pode ter sido originada simplesmente porque os gatos são atraídos por sítios quentes. E um gato adora enrolar-se num sítio quentinho, como por exemplo um local onde se durma.
“O melhor a fazer será não permitir o acesso do gato ao quarto do bebé quando este estiver a dormir. Simplesmente para que não se verifique esse risco”, afirma Nikole Sledd, uma especialista de comportamento animal e fundadora de Creature Teachers (http://www.creatureteachers.com/ ), que providencia treinamento e modificação comportamental e outros serviços para animais de estimação em São Francisco East Bay.
Monte o berço do bebé cerca de 1 mês antes do seu nascimento e coloque objectos que o seu animal não goste, como por exemplo, folha de alumínio, cartão coberto com fita adesiva dupla face ou balões, que façam o seu gato manter-se afastado e ele próprio irá passar a evitar a zona do berço mais tarde, diz Nikole. Também poderá colocar uma rede protectora sobre o berço do bebé para evitar que os seus gatos subam e se aninhem no berço.
É também importante prevenir para que não se chegue “aos arranhões”. Crianças que já tenham alguma mobilidade e queiram alcançar os gatos ou puxar os seus rabos ou pêlo, poderão causar que os animais se tentem refugiar ou que arranhem em sua própria defesa. Proporcione aos seus gatos locais altos para onde eles possam subir e proteger assim ambos o gato e o bebé.
“Nós tentamos mostrar às pessoas que é necessário terem em suas casas alguns sítios aonde os seus gatos se sintam seguros. Recomendamos que as pessoas tenham também postes ou zonas aonde os gatos possam arranhar livremente...que possam ter a oportunidade de estaram na mesma sala que os seus donos onde tudo se passa, mas se sintam seguros, como por exemplo num sítio alto aonde a criança ou um brinquedo atirado não cheguem”, continua Balyeat.
O CARÁCTER INDIVIDUAL DOS CÃES
Enquanto os donos dos gatos receiam arranhões nas suas crianças, os donos dos cães receiam as mordidelas.
Pittbulls, Rottweilers e outras raças de cães, apelidadas de “potencialmente perigosas” são as mais receadas e faladas mas os cães pequenos podem ser também uma ameaça. Estes pequenos cães poderão ter maiores dificuldades em se ajustarem a um novo bebé pois em geral são mais tímidos e nervosos.
“Muitas pessoas têm cães de raça pequenos por pensarem que estes poderão ser mais fáceis de lidar porém também podem ser perigosos... Tudo depende da personalidade do cão”, diz Nancy McKenney, da Humane Society os Seattle/King County.
É importante que os donos de animais e futuros donos se lembrem que não existe uma raça específica que tenha a garantia de se dar bem com crianças pequenas. Para descobrir como um animal age com crianças o melhor é examinar a história pessoal de cada animal e observar o seu comportamento.
AJUDANDO A DESCONTRAIR
É importante relembrar que um novo membro da família humana traz novos cheiros e sons que podem stressar os animais. Como os animais confiam fortemente no seu olfacto e detectam novos cheiros, estes poderão fazer com que um animal comece a marcar o território com urina para que o seu território volte a ter o “velho” cheiro familiar, afirma Donna Mlinek, especialista em comportamento animal, coordenadora no Dumb Freinds League, um abrigo e centro educacional em Denver.
SIGA ESTES CONSELHOS E VERÁ COMO É SIMPLES E FÁCIL A INTRODUÇÃO DE UM NOVO MEMBRO NA FAMÍLIA AO SEU QUERIDO ANIMAL E COMPANHEIRO DE QUATRO PATAS Vá dando a conhecer ao seu animal, desde bem cedo, o bebé e os cheiros aliados a ele, tal como as fraldas sujas, roupas com o cheiro do bebé, mesmo quando este ainda está na maternidade e ainda não veio para casa. Traga uma manta ou uma peça de roupa com o cheiro do bebé, mesmo antes de trazer o bébé para casa.
Prepare alguns sítios na casa onde o seu animal possa estar sossegado se tiver alguns problemas de ajustamento.
Coloque grades próprias para bebés para prevenir que este entre na área de descanso do seu animal.
Se uma grávida for a pessoa que normalmente cuida do animal em casa, pondere a hipótese de ser outra pessoa a tomar as responsabilidades diárias e de se encarregar do tempo de brincadeira com o animal de modo a que este não se sinta totalmente abandonado depois do nascimento do bebé. Autor: Margarida Alves (Nestum) | | Amor inter-espécies |
Comece a habituar desde cedo o seu animal a crianças. Peça a amigos ou familiares que levem lá a casa as suas crianças de modo a que o seu cão ou gato se vá habituando.
Apresente ao seu animal desde cedo tudo o que é do bebé: a nova mobília, brinquedos, cheiros e sons.
Estabeleça novas rotinas o mais cedo possível. Considere habituar o seu cão a caminhar junto de si, sempre com a trela colocada. Poderá ser-lhe muito útil mais tarde.
Se o seu animal tiver comportamentos que possam complicar a vida familiar tente levá-lo desde cedo a um especialista em comportamento animal para ambos poderem reajustar alguns “maus” hábitos que o ele tenha.
Antes de o apresentar ao bebé, sózinho, cumprimente-o primeiro. Ele poderá estar entusiasmado por o ver e desejoso de extravasar a sua energia, sem querer pode magoá-lo. Deixe que ele o cumprimente primeiro à vontade e depois, quando ele estiver mais calmo mostre-lhe o bebé.
Escrito por Susan Lim, MSNBC
5 de Agosto de 2004
Retirado e traduzido de
http://www.catnews.com/nav.asp?id=974
Recursos on line:
http://www.hsus.org/ace/12531
http://www.creatureteachers.com/
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