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Autor:
AnaBeatriz (Ana Beatriz) [ Europe/Lisbon ] 2011/04/21 14:56

Cão abatido a tiro pela PSP


Um cão de grande porte foi abatido a tiro pela Polícia, no Caniço, anteontem, pelas 18 horas, na Rua Baptista de Sá, nas imediações de um estabelecimento escolar, na sequência de um alerta em que o animal estaria a gerar perigo na via pública.

A intervenção do agente da PSP foi considerada exagerada por um familiar do dono do animal, residente no mesmo local, alegando que este era «inofensivo» e que se encontrava na brincadeira, ao contrário do que diziam que estaria a atacar uma pessoa. Segundo o nosso interlocutor, na acção da Polícia, o transeunte encontrava-se apenas de joelhos junto do animal, na via pública, e os arranhões que exibia no braço já vinham de trás. «O cão não estava a atacar o homem», reforçou, adiantando que «o dono do cão, seu primo, estava a ponderar formular queixa por comportamento abusivo da autoridade». A mesma pessoa contesta, também, o facto de a Polícia ter morto o animal à frente de crianças, seus filhos, que estavam no portão da casa. Os bombeiros de Santa Cruz foram chamados ao local e transportaram o homem ao hospital, para efeitos de análises e eventual tratamento. Uma segunda equipa da mesma corporação, ao mesmo tempo que deitava farelo no chão, recolheu o cadáver do animal e transportou-o para as instalações da SPAD.

Confrontado com esta situação, a Polícia de Segurança Pública, através do comissário Adelino Pimenta, cingiu-se apenas às normas legais sobre situações do género. Ou seja, explica que «perante uma circunstância de um cão de grande porte que estava a atacar uma pessoa e que já tinha mordido uma outra, o elemento policial fez uma avaliação da situação e achou que a forma mais correta de afastar aquele perigo, que era actuar, foi recorrer ao uso de uma arma que lhe está distribuída. A lei das armas permite o uso da arma neste tipo de situação». Segundo explicações colhidas no local, o cão, tipo pastor alemão, conseguiu libertar-se e ir para a via pública quando estava preso nos espaços pertencentes a um familiar do dono do animal. O cão foi deixado ali, segundo referiu aquele familiar, porque o dono foi viver para um apartamento e, como se sabe, «não é permitido animais naqueles espaços comuns».

Fonte: Jornal da Madeira

Autor: Reprodução
Cão abatido a tiro pela PSP