Artigo retirado de: http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=1391 Autor: AnaBeatriz (Ana Beatriz) [ Europe/Lisbon ] 2010/11/23 11:20 |
Manifestação exigiu demissão de veterinário municipal |
|||
Em frente à autarquia, os manifestantes acusaram António Flor Ferreira de ordenar o abate de animais com processos de adopção em curso e, ainda, de entregá-los vivos para servirem de cobaias nas aulas do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora (MVUE). Ao protesto aderiram sobretudo defensores dos direitos dos animais - que lançaram o apelo através de redes sociais da Internet - eborenses que condenam a actuação do veterinário e também professores e alunos do curso de MVUE. Docente da disciplina de Comportamento Animal, Alfredo Pereira condena "a forma como os animais são tratados". Acusa António Flor Ferreira de ser "um déspota por não permitir que as duas veterinárias que trabalham no canil desenvolvam boas práticas no tratamento dos animais, como a adopção e a esterilização, à semelhança do que acontece noutros países". Diz, ainda, que "esta visão anacrónica e ultrapassada não serve os animais nem abona a favor da profissão". Aluno do 3º ano do curso de MVUE, Ricardo Lopes também defende a demissão do veterinário municipal "por causa do abate de sete cães, cinco dos quais com processos de adopção em curso". Já em relação ao uso de animais vivos como cobaias, contestado pela maioria dos manifestantes, mostra algumas reservas. "Não sou contra isso porque eram levados para a universidade no âmbito de uma parceria com a autarquia. No final das aulas eram eutanasiados com a devidas condições e dignidade", defende. O estudante só discorda do destino final dado aos animais. "Se eram saudáveis podia ser-lhes dada a possibilidade de serem adoptados. Dezenas de alunos quiseram fazer isso, mas não foi permitido", disse. Há vários anos que animais vivos e saudáveis, enviados pelo canil municipal, eram utilizados como cobaias no Hospital Veterinário da Universidade de Évora. O caso foi denunciada pelo JN e motivou a abertura de inquéritos por parte da autarquia e da Ordem dos Médicos Veterinários. A própria bastonária mostrou-se "chocada" e anunciou a criação de uma comissão de trabalho para avaliar eventuais situações semelhantes noutras zonas do país. Fonte: JN
|