teruca (Maria Teresa Costa)

Sou uma senhora com 49 anos, funcionária pública numa escola da Maia. Sempre gostei de felinos, mas desde que me comecei a perceber das dificuldades dos gatinhos sem dono, tornei-me FAT. Sou campista no Parque de Campismo de Cortegaça, onde senti a necessidade de ajudar a grande colónia que vive dentro das paredes do parque (até hoje contabilizados 68 entre machos e fêmeas). Consegui sensibilizar a direcção do parque para se castrarem todos os felinos para não haver mais ninhadas que tanto incomodam os campistas. Como foi aceite o meu pedido, solicitei a ajuda da CATUS e, pelas nossas contas (não sou a única neste projecto), devem-nos faltar uns 7 ou 8 para "finalizar" (nunca está acabado, pois aparecem sempre mais vindos do exterior). Ao longo de 4 anos fomos recolhendo e tratando das ninhadas que como podem imaginar nunca acabavam, o foram indo para adopção. Graças a Deus este ano estamos bastante mais calmas (desde Janeiro só recolhemos 5 ninhadas). Antes das castrações não conseguíamos recolher todos (eram tantos) e alguns acabavam por morrer com as doenças próprias dos gatos de rua. Ficava a satisfação de termos salvo alguns.
Foi na Clínica Veterinária de Águas Santas, Maia, que tomei conhecimento da existência da CATUS, através de um panfletos de gatinhos de adopção lá publicitados. Contactei a Tânia e a Fátima. Desde então temos colaborado muito umas com as outras. Bem hajam pela ajuda que me deram.
Sou casada (bem casada), e o meu marido aguenta esta minha loucura com uma paciência de Jó. Este ano fui para férias em Agosto com 6 penduras de 3 meses de idade, que juntamente com os meus 3 gatos perfaz a conta de 9 felinos a dormir na minha roullote durante o mês todo. è escusado dizer que foram umas férias espectaculares. Nunca tive um minuto morto, só quando adormeciam. O meu alvéolo parecia um infantário gatil.
Os meus filhos tb me ajudam a tratar deles. às vezes vêem muito doentes (com corizas muito fortes), conjuntivites, otites de àcaros, diarreias, ... e logo improviso uma farmácia no meu quarto (sala de tratamentos) com uma agenda, para não me esquecer de nenhum.
Quando vão para adopção é que é pior. Afeiçoo-me muito a eles e sofro muito quando os vejo partir, principalmente aqueles que estiveram em risco de vida, internados ou quando são muito difíceis na socialização. Mas penso que quando vai um fica vaga para outro que precisa da minha ajuda. E assim me vou consolando. Já chega de falar de mim Bjinhos e bem hajam pelo bem que fazem a estes seres tão desprotegidos.