Agora que já foi finalmente tornado oficial, já posso colocar fotos desta fofura aqui :)
Aqui estava ao colo do tio Paulo, na noite em que saiu da clínica veterinária e ficou em casa da Carla Mar. No dia seguinte fui buscá-la de volta :D
A foto foi tirada em 13 de Setembro de 2003. O penso tinha sido retirado nesse dia, razão pela qual ainda se vêem as crostas das feridas, as orelhitas ainda estavam queimadas e sem pêlo e o narizinho raspado. Cabia numa mão.
(Para quem não está familiarizado com a história da Cali, pode encontrar as 5 crónicas com o seu diário em Artigos/Crónicas/O Diário de Cali e as sucessivas partes).
Quando publiquei a 5ª crónica e li comentários vossos de que estavam com as lágrimas nos olhos perguntava-me "mas porquê, se não escrevi nada triste ou dramático? Êta grupinho chorador..." :lol: Hoje sou eu que preciso limpar as lágrimas da cara ao ler os vossos comentários, as vossas lembranças do que aconteceu naqueles dias. E mais ainda quando a Cali acabou de se sentar em frente ao meu teclado a ler o que vocês escreveram... obrigada a todos, por mim e por ela! Obrigada, do fundo do coração!
Nem gosto de me lembrar do estado verdadeiramente miserável e que estava essa patinha. Nem sei como não caí para o lado a segurá-la enquanto a Dra. Ana a tratava. Nem imaginam como ela foi valente, nem um som saiu daquela boquinha... Uma gatinha fantástica e cheínha de vontade de vencer e viver. Kidinha, ficaste para sempre no meu coração! Obrigada, Filipa Bejinhos para ti e para a Cali
É verdade, e perguntava-me:" Mas porque é que elas estão todas a chorar?..."
Lembro-me que a Cali (de Calimero, porque era "una injustícia" um gatinho tão pequenino e tão maltratado) fazia um esforço tremendo para se levantar e encostar a cabeça às mãos da Filipa a pedir festas. Notava-se que estava cheia de dores, mas queria mimo. Esta foto foi tirada 1 semana depois de sair da UZ.
E não viste tu, Almor, a carinha dela no dia em que a encontrámos na box mais escondida que havia num canto da UZ, e o estado lastimoso em que estava na altura. Publicamente nunca contei isto, mas sinto que uma "vozinha" me guiou até àquele canto onde a fui encontrar, com um miado tão afónico que nunca ninguém ouviria. Foi com o olhar que ela comunicou comigo. Já estava com as lágrimas nos olhos (e estou agora, ao relembrar-me disso) quando a Terry olhou para mim e se aproximou. A partir daí foram só uns minutos até estarmos todas a chorar à volta dela. (Até o Paulo, que não estava a perceber nada, tinha os olhos humedecidos). Ela está agora aqui ao meu lado, a fazer ronrom, linda e meiga como tudo!
Gato (e não só) por vezes sofre! Coitadita... até comove olhar pra esta carinha. Ainda bem que há humanos muito humanos, verdadeiramente humanos (duplamente humanos) cujo coração não permite que fiquem indiferentes e tudo fazem pra poder ajudar e fazê-los felizes!
Coisinha linda e fofinha... e pensar que ela, mesmo a sofrer tanto pedia festinhas... (pronto voltou a choradeira....) Toda a sorte do mundo princesinha!