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"Querida Tropa Felina"

[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:37 "Mamabê Kayin Abayomi"

Kayin, oncinha linda, veio para fechar com chave de ouro a saga da enorme Tropa Felina.
Sempre admirei profundamente os felinos selvagens, mais até do que os gatos. Achava impressionantes sua força, sua majestade, sua desenvoltura e cores, seus padrões de pelagem e força.
Quando vi um bengal pela primeira vez, fiquei completamente fascinada. O fundo alaranjado contrastando com as manchas de leopardo, o porte e o ar selvagem, o jeito de tigre domesticado, me deixaram sonhando...
Sonho que julgava impossível e improvável que viesse a se realizar, em virtude do preço de um exemplar da raça e do equilíbrio delicado do meu orçamento, uma vez que, com 31 felinos para cuidar, não dá para pensar em gastar muito dinheiro. Seria muito arriscado, um deles poderia vir a precisar de cuidados veterinários urgentes e eu não teria como tratá-los, ou poderia precisar de alimentação especial, remédios, enfim, era complicado demais investir no meu sonho dourado bengal.
Em fins de 2003, entretanto, através da amiga Marcia, conheci Marta Bettencourt, criadora de Minas Gerais, que desejava um site para o seu gatil, o Mamabê. E por um desses acasos do destino, ela tinha uma ninhada recém nascida... de bengals !!!
Fiquei doida por eles, e cheguei a pensar em comprar um dos filhotes, mas logo minha velhinha Nikita precisou de tratamento dentário e o sonho parecia estar ficando cada vez mais distante. Desisti.
Mas não desisti do site, e desde o princípio simpatizei muito com a Marta e fiquei comovida com o amor que ela sempre demonstrou ter pelos gatos que criava, fiquei encantada com os cuidados que tinha com eles, com o conforto e liberdade do seu gatil, enfim, tê-la conhecido mudou muito minha maneira de encarar criadores. Percebi que, apesar de haver muitos criadores de má fé e que só visavam seus próprios interesses, também haviam aqueles que se preocupavam de verdade com seus animais, e os amavam tanto quanto nós, gateiros.
E o tempo ia passando... E nós duas nos falando ocasionalmente. Em janeiro de 2004, os fihotes de bengal estavam com dois meses... E Marta me pergunta se eu ainda queria um deles !!! Ela estava realizando meu sonho, me presenteando com minha criança dourada !!!
E assim, no dia 2 de fevereiro de 2004, Mamabê Kayin Abayomi chegava em mnha casa, via Sampa, graças a uma conjunção dos esforços de várias amigas, que o acolheram, tiraram GTA, me receberam e foram fundamentais em sua entrada para a Tropa Felina.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:35 "Natal Antecipado"

Dia 2 de dezembro de 2003.
Estava no gabinete da direção, quieta no meu canto, quando entra uma professora com uma notícia... Tinha visto três bebês gatos abandonados na quadra da escola. Não sabia o que fazer, e, claro, correu logo para a adoradora de gatos de plantão. :o)))
Não eram três, e sim cinco, cinco criaturas pequenas e mientas, muito fracas e desprotegidas... Tinha cerca de 17 dias de vida, e dois deles tinham os olhos muito inchados e inflamados, a ponto de ser impossível saber se estavam ainda lá ou se já tinham vazado.
Fiquei em pânico total, já que minha última experiência como babá de gatos tão pequenos ( temporária - apenas dois dias ) tinha sido desastrosa ( dois morreram em minha casa e outros dois na casa da amiga que estava cuidando deles ).
Mas sabia o que fazer e como agir, e então, arrumei mamadeira, leite, bolsa de água quente, muito algodão, soro fisológico e toalhas limpas e macias.
Comecei de imediato a tratar dos olhinhos doentes, e em poucos dias estavam desinchados e muito melhores, e eu muito aliviada de ver que estavam enxergando normalmente. Mythoa revelou um lindo olhão azul ( o outro olho é verde ) e Oleg, apesar de ter ficado com uma nuvem castanha, não perdeu a visão.
Os bebês não comiam sozinhos, lógico, e foram muitas noites acordando a toda hora para alimentá-los, aquecendo leite, trocando toalhas da caminha... E quantas toalhas, acabei tendo que me presentear com um novo jogo delas no Natal, hehehehe...
Também não sabiam fazer xixi nem cocô sozinhos, e tinham que ser estimulados a cada mamada com um algodãozinho molhado. Essa foi sem dúvida a pior parte !!!
Mas tive a ajuda da minha irmã nos primeiros dias, ficando de babá enquanto eu trabalhava, e graças aos nossos esforços eles iam crescendo e ficando danadísimos.
Eram alimentados com leite, A/D diluído em água e Nutrical, nos primeiro dias dei também um complexo vitamínico para reforçar. Eram gordinhos e espertos, todos os cinco.
No entanto, eles um a um começaram a cair doentes. Era muito estranho, simplesmente amoleciam e ficavam super caidinhos, sem querer brincar nem nada, desidratavam em questão de poucas horas e em dois dos casos, vomitavam.
A primeira a ficar doente foi Mythoa, que era então a maior de todos. Ela simplesmente vomitou um líquido esbranquiçado em quantidade enorme, e entrou em estado de choque. Ficou caída de lado, sem reação, esfriando rapidamente. Fui igualmente rápida e a enrolei numa toalha em cima da bolsa de água quente, e fiquei pingando soro via oral durante horas, mas confesso que tive certeza que ela não resistiria. Mas depois de quase um dia inteiro, o milagre, ela se recuperou, e muito bem !!! Uma semana depois, teve outra queda destas, mas novamente conseguiu sobreviver, graças à bolsa, ao soro e ao Felovite.
Logo depois foi a vez da Bastet, que apesar de ter saído rápido da crise mais aguda, permaneceu doente por um longo tempo, só indo se recuperar totalmente com dois meses de idade. Durante todo esse tempo ela foi alimentada com seringa, na maioria das vezes forçada, e teve uma rinotraqueíte muito forte, que quase se transformou em pneumonia e resistiu aos antibióticos. Era a menor e mais fraca de todos, e só começou a se alimentar sozinha de ração sêca com quase três meses.
Noel foi o terceiro a adoecer mas, como era um dos maiores e mais fortes, não chegou nem a enfraquecer de verdade, e se recuperou bem rápido.
Oleg, o segundo menorzinho, que ficou com seqüelas do olho doente, veio em seguida, e ficou bem caidinho, mas apenas por uma noite. Com soro e Felovite, se recuperou logo.
A única a escapar dessa onda de doenças foi Ninochka, a maior de todos, que só veio a pegar rinotraqueíte aos três meses de idade.
Com tanta dedicação aos pequerruchos, lógico que dificilmente os deixaríamos sair da família... Portanto, Oleg e Ninochka continuaram comigo, Mythoa, Noel e Bastet, a pequenina que adoro, com minha irmã.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:34 "Debbie Lymme Simpson"

Debbie, a filha mais velha de Inês, Debbie, que hoje é minha filha mais velha.
Debbie, uma tricolor maravilhosa, de fundo branco com manchas redondas pretas e vermelhas, nasceu em abril de 1988, e foi encontrada pela Inês com cerca de um mês de idade, jogada na rua.
Era tão pequena que Inês ficou morrendo de medo que ela morresse, e era tão carente que ficou grudada nela por muito tempo... Inês me contava, com um sorriso nostálgico nos lábios, que ficou com a gata no colo um fim de semana inteirinho, porque toda vez que tentava colocá-la no chão, ela começava a chorar e só sossegava no colo.
Tenho uma foto da Debbie ao lado de uma gansinha, e todas as pessoas para quem já mostrei essa foto me perguntam se a ave é mesmo de verdade. E é...
Um dia Inês foi a um hotel fazenda, e viu uma gansinha sendo morta pela própria mãe. Bondade em pessoa que era, foi logo catando a bichinha e tratando, e acabou levando para casa, onde ela viveu feliz em meio aos gatos, e a Debbie tomava conta dela, não só não atacava a gansinha como ainda gostava dela !!!
Uma história nada espantosa em meio a tantas histórias deliciosas da Inês, que já teve uma vez até um gato que pastoreava seus porquinhos-da-Índia...
Debbie também era uma grande paixão, era sua filha mais velha, e uma das mais queridas. Me lembro como Inês ficava encantada quando a gata pedia carinho estendo a patinha e tocando nela, me lembro como ficava feliz de ver como ela estava bem, apesar da idade.
Lembro-me bem de quando a Debbie teve uma infecção séria nos olhos, tão séria que acabou tendo que perder um deles, e lembro melhor ainda do quanto a Inês ficou preocupada, sem saber se ela iria sobreviver à operação, se ela iria ficar bem novamente...
Mas que nada, a gatinha valente e linda ficou muito melhor depois de operada, tomou ânimo novo, rolava pelo chão e dava a barriguinha como se fosse um bebê...
E hoje ela rola na minha cama, com sua barriga gostosa e macia, me olha com sua carinha linda, e mia pedindo comida quando eu acordo... Estende a patinha para o meu rosto quando estou deitada, pedindo carinho como fazia com Inês.
Está bem velhinha ( 15 anos e 10 meses ), só tem um dente e metade de um outro, tem uma corcova de gordura nas costas, e dorme o tempo quase todo. Mas está viva, e está bem, e é isso o que importa... Meu medo era que não resistisse à viagem longa e à mudança de vida, mas ela mais uma vez surpreendeu.
Espero que fique comigo por muitos anos ainda !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:33 "Nikita Lila"

A história da Nikita é a história de uma grande paixão.
Enorme paixão de sua mãe, Inês, pelos gatos, paixão especial e forte entre as duas, mãe e filha, mulher e gata.
Nikita nasceu em Minas Gerais no dia 23 de setembro de 1993, exatos vinte dias após o aniversário daquela que viria a ser o grande amor da sua vida. E veio parar em São Paulo de uma forma curiosa.
Inês trabalhava na época em uma firma da qual adorava o chefe, o Dr. Erik. A esposa do Dr. Erik adorava gatos, e ele um belo dia resolveu dar um para ela de presente. Se não me engano, um presente de Natal... E encarregou a Inês de procurar um gato que fosse simplesmente deslumbrante.
Pois ela encontrou... Uma ninhada de balineses, nascida em um gatil mineiro. E assim veio o belo Ice, que eu cheguei a conhecer em uma das minhas idas à São Paulo, quando estive na casa do Dr. Erik. Inês ficou tão fascinada, tão apaixonada por aquela criatura linda, que tratou de providenciar a vinda da irmã dele... Só que para ela mesma.
E chegava Nikita em São Paulo, pequena e linda, com seus dentinhos para fora e seu olharzinho vesgo. Nikita que se tornou nada mais nada menos que o coração de Inês, Nikita que a acompanhou até o fim. Nikita que hoje em dia dorme toda noite em meus braços.
De uma união com um siamês vizinho, nasceram 4 filhotes, mas um logo foi ter com a Deusa Gata, e sobraram os lindos trigêmeos - Huguinho, Zezinho e Luisinho. Nikita amava tanto sua mãe que esperou que ela chegasse do trabalho para poder ter os filhos do seu lado. Teve os bebês na sua cama, com a ajuda e o apoio da mãe que a amava tanto. E era uma gata tão fina e tão chique que não amamentou o trio sozinha, e sim com a ajuda de uma gata amiga. Talvez por isso os três tenham se tornado gatos enormes, fortes e gordos, todos amorosos e lindos como ela.
E assim minha amiga e sua adorada gata viveram dez anos felizes juntas, dez anos em que Nikita foi reverenciada como uma deusa, e tratada como uma rainha, que verdadeiramente era no coração de sua mãe.
Infelizmente, nem tudo são flores, e minha linda amiga Inês foi para junto de Deus no dia 13 de outubro de 2003... Mas dez dias depois da sua partida, a bela e doce Nikita veio para cá, e desde então, tenho procurado ser para ela uma boa mãe. Espero estar conseguindo. Inês nos olha e cuida lá de cima, com toda certeza...
Já ia me esquecendo... Logo ao chegar ao Rio, Nikita ganhou um segundo nome, o nome de sua madrinha. Ela agora se chama Nikita Lila.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:33 "Jean-Louis"

Jean-Louis, tímido e doce gato de olhos cor de mel, foi um dos primeiros gatos que a Cecilia abrigou em sua casa.
Ele veio do CCZ ( Centro de Controle de Zoonoses ) do Rio de Janeiro, e veio meio que por acaso.
Foi assim... Ela foi lá e pegou alguns filhotes para levar e doar. Então, um corre corre... E vem uma criatura amarela e branca pequenina correndo. Tinha fugido, e então ela o levou também.
Jean-Louis ficou doente, os outros filhotes também, mas ele foi o único deles a sobreviver. Era um guerreiro... Um campeão. Lutou pela vida e venceu.
E foi assim que o conheci, já adulto, na casa dela.
Se chamava Alemão, e era muito quietinho e delicado, uma coisa linda mas de olhar sofrido. Achei que fosse ser fácil arrumar um lar para ele, mas não... Mesmo lindo como é, sobrava sempre.
Então, em setembro, o Flávio, amigo da minha irmã, resolve adotar dois gatos adultos da Cecilia. Levo-o lá, e ele se encanta com Babette ( então Amiguinha ) e Jean-Louis ( então Alemão ).
Com medo que fossem doados antes de poder levá-los, ele me pediu para ficar com eles aqui em casa, já que estava de mudança e ainda ia mandar telar a casa nova, arrumar, etc.
Mas, por um desses acasos do destino, a mudança demorou a sair, e quando saiu, surgiu a possibilidade do apartamento não poder ser telado...Enquanto isso, eles iam ficando... Até que decidi finalmente que não sairiam nunca mais.
Eram meus... Por usucapião !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:32 "Babette Fanchon"

Babette é uma autêntica e legítima gata policial, uma gata com pose de manda chuva e andar gingado. Uma baixinha invocada, mas muuuito carinhosa.
Foi encontrada ainda bebê no Hospital da Polícia Militar, em Niterói, pelo amigo Rogério, que demorou meses para conquistá-la.
Mesmo pequena, Babette já era bem geniosa e brava, e foram meses atraindo-a com comida, acariciando, e finalmente levantando no alto.
Um belo dia, ele colocou uma caixa de transporte ao lado e pluft !!! Levantou a gata e colocou-a lá dentro em vez de no chão.
Babette ficou uma fúria, e assim lá foi ela para a casa da Cecilia, onde teve que ficar no alto, longe de tudo, porque atacava todos que passavam. Ficou dias urrando e bufando de raiva.
Aos poucos se acalmou e gradativamente começou a aceitar a convivência com outros e com as pessoas. Mas se manteve meio rabugenta, hehehehe, não gosta que outros felinos tomem muita liberdade com ela...
Eu já a conhecia há meses e até tinha pensado em adotá-la, mas deixava pra lá, já tinha muitos.
Então, em setembro, o Flávio, amigo da minha irmã, resolve adotar dois gatos adultos da Cecilia. Levo-o lá, e ele se encanta com Babette ( então Amiguinha ) e Jean-Louis ( então Alemão ).
Com medo que fossem doados antes de poder levá-los, ele me pediu para ficar com eles aqui em casa, já que estava de mudança e ainda ia mandar telar a casa nova, arrumar, etc.
Mas, por um desses acasos do destino, a mudança demorou a sair, e quando saiu, surgiu a possibilidade do apartamento não poder ser telado...Enquanto isso, eles iam ficando... Até que decidi finalmente que não sairiam nunca mais.
Eram meus... Por usucapião !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:30 "Othello, o Mouro de Veneza"

Melhor dizendo, da Praça da Bandeira. :o)))
Minha irmã estava passando por ali, não me perguntem porque, nem o que tinha ido fazer.
Só sei que ela passava, ela e o amigo, o Flávio.
Passavam quando viram um bichinho preto parado feito bobo ao lado de uma loja de mármores.
Chegaram mais perto, e ele nada, não fugiu, não saiu correndo, só ficou parado olhando.
E ela, claro, foi logo pegando no colo, fazendo carinho, e o gato só parado, olhando, todo molinho...
Irmã de gateira, gateira é. E... Lá veio ela para casa com o pequeno morceguinho à tiracolo.
No caminho viu que alguém tinha cortado a ponta do rabo do gatinho, mas felizmente não chegou a machucar, só cortaram o pelo. Mas foi bem rente, foi por um triz...
Quando chegaram aqui em casa, olhei para ele e pronto... Já vi mesmo que não saía mais, ou daqui de casa, ou da casa dela. E realmente, lá está, hehehehe... Não tivemos coragem de tentar doá-lo, é preto... E se fizessem alguma maldade ? Sem contar que em termos de doar gatos, minha irmã é um fracasso completo, igualzinha à mim, hehehehehe...
Bom, ele estava com marcas de unhadas, de unhas de gente, dos dois lados do corpo. Suponho que tenha sido agarrado por alguém que queria usá-lo para qualquer coisa excusa ( quem sabe até um ritual ), mas ele de alguma forma se desvencilhou e fugiu, indo parar em frente à loja de mármores. Quem sabe estava tão parado de cansaço...
Não importa. O fato é que o Otello hoje em dia é um gatinho muito amado e dengoso, minha mãe o adora, porque é todo bonzinho e quietinho, e adora colo... Como você põe ele fica.
Mas não pensem que é santo, hehehehe, ele apronta todas !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:29 "Charlotte Brevè"

E eis que, apesar de já ter em mãos minha Ômega, que daria glorioso fim à série, me tomo de amores por mais uma persinha. Mais uma karaxatada.
Na véspera do dia dos pais fui na casa da Cecilia, e logo fui ver as novidades: 3 persas que tinham sido deixados lá. Uma era uma persinha branca muito magrinha, de dar dó. Outro era um persa champagne maravilhoso de lindo. E a terceira, uma persa prateada e branca. Ao menos eu achei !!!
Cecilia me pediu para dar vermífugo, e quando tirei a gata da gaiola... Qual não foi a minha surpresa ao ver que não era apenas uma bicolor... Era uma tricolor, uma autêntica e linda persa tricolor, uma cálico diluída, branca, prata e rosada.
Gente... Surtei com tanta beleza. Fiquei doidinha por ela.
A pobre da gata tinha uma história trágica. Uma das donas se matou, a outra foi presa, e a terceira não quis ficar com ela. Estava toda enredada, embolada, não dava nem para passar a mão, não se conseguia fazer carinho. O pelo estava todo duro, nós enormes e compactos, que não dava para desmanchar de jeito nenhum.
Me ofereci para levá-la para tosar, e a Cecilia aceitou. Mal sabia eu que ela seria minha... Jamais a pediria, mas vontade não me faltava !!!
Levei para a petshop, e realmente, como eu tinha pensado, não havia outro jeito senão tosá-la, e inteira, porque até o rabo estava todo duro. Ficou quase a zero, e coitada, debaixo daqueles bolos de pelo já estava com várias feridas, que na dúvida tratei como fungo. Se eram ou não, nunca soube...
Dias depois, eu teria que levá-la de volta, mas antes disso, a Cecilia me deu a boa notícia: eu podia ficar com ela, se quisesse. Claro que eu queria !!! Queria mais que tudo. E assim chegou minha bela, que com os gatos é mais
para fera.
Charlotte é uma moça dengosa, e juro que pensei várias vezes antes de mandar castrar, pela primeira vez me senti realmente tentada... Mas acabei levando. Fazer o quê ?
Ai, ai, ai...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:29 "E a Gêmea Número Dois"

Órion Galaxy !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:28 "As Gêmeas Pompom"

Em pleno Carnaval, eu estava na casa da Cecilia, quando de repente achei que uma de suas persas estava meio esquisita. Gorda, abaulada. Xiiiiiii...
A gata era uma fumaça preta, chamada Sofie. Tinha sido largada pela antiga dono, junto com outros dois irmãos, porque o filho da fulana não gostava de gatos e ela, muito magnânima, resolveu se desfazer deles como presente de aniversário para a criatura... Sem comentários...
A gata tinha vindo como castrada, e de fato nunca tinha demonstrado nenhum interesse pelo Baal, belíssimo himalaiado, único garanhão inteiro da casa.
Mas que estava grávida, estava, era inegável até para uma leiga em partos gatais como eu...
Ela não gostou nadinha, mas eu fiquei super contente. Queria um bebê persinha e então, lá estava a minha chance !!! O que eu não imaginava é que viriam dois, hehehehe...
O tempo foi passando e a barriga foi aumentando. No dia 31 de março desse ano, eu estava na escola quando a Lucy me ligou para dizer que estavam nascendo !!! Larguei os alunos que estava atendendo de lado, liguei correndo para a Cecilia e soube que tinham nascido 3 filhotinhos... Todos iguais, todos pretinhos como a mãe.
Dois dias depois, lá estava eu, e fiquei agoniada quando vi que um dos filhotes, o menorzinho, estava magrinho e paradão, sem se mexer nem mamar...
Tentei fazer com que pegasse uma das tetas e mamasse, tentei por um tempão, e nada. Não conversei, pedi mamadeira, leite, e dei para o bebezinho, que depois de algum tempo sendo aquecido e alimentado, se recuperou. Quando vi que já procurava a mãezinha e conseguia mamar sozinho, sosseguei... Mas já tinha feito a minha escolha. Era aquele que eu queria, o menorzinho, o mais peladinho, o menos bonitinho. Seria o meu Ômega Cat, o último gato a entrar nessa casa.
Nos dias que se seguiram, o filhote passou por alguns enroscos, por exemplo, foi parar na lata de lixo, porque a mãe gata, muuuito limpinha, misturou o bebê no cocô, e como ambos eram pretos... rs
Como o pequeno persinha era meu presente de aniversário, resolvi trazê-lo para casa neste dia: 23 de maio.
Só que, antes disso... Duas surpresas... Melhor, três...
A primeira, eu traria não um, mas dois filhotes... Traria também a Órion Galaxy.
A segunda... Ômega não era macho... Era uma menininha !!!
E a terceira, bem... Antes das duas chegarem aqui... Adotei mais uma gatinha, a Yasmine.
No dia do meu aniversário, fui na casa da Cecilia toda feliz, e trouxe minhas duas pequerruchas peludas, lindos pompons fumacinhas, que deixaram minha mãe completamente apaixonada.
Esta da foto é a Ômega.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:27 "Yasmine Shadow"

Dois dias depois da captura do pequeno Maiakovski, haveria uma exposição de gatos num shopping, onde minha amiga Lucy iria expor peças da sua loja, a famosíssima Gataria.
Combinei de ir com ela, para dar uma mãozinha e também para expor, orgulhosa, meus colares para gatos, que tinha acabado de fazer para a loja.
Chegamos bem cedo, arrumamos tudo, e montamos as peças, uma mais maravilhosa do que a outra.
De um lado, estava a exposição de gatos de raça, filhotes que mais pareciam pompons, carinhas achatadas e criaturas super peludas.
Do outro, uma exposição paralela, com gatinhos e gatões para doação. Como não tinha muita gente ainda, resolvi dar uma voltinha... Do lado errado, claro... O lado onde tinham os gatinhos para doar.
Eram tantos, tão lindos, pequenos, grandes, de todas as cores e tipos. Todos com aquela carinha carente.
Eu estava achando todos maravilhosos, mas de repente... Meus olhos encontraram o quê ? Uma escaminha... Mas não uma escama qualquer... Uma escama diluída, blue-cream, linda, cinza com creme rosado. Fiquei encantada, claro. Lembrei logo da minha Thalia, não porque eram parecidas, mas porque era uma escama.
Cheguei perto para olhar melhor, fascinada, e aquela coisinha olhou para mim... E vi que um dos olhos era completamente ferrado, com duas enormes lesões na córnea. Mas isso, longe de me afastar, me encantou mais ainda... Tão pequenina, tão desprotegida, e tão linda !!!
Fui logo perguntando como podia adotá-la, quantos meses tinha, se enxergava, como tinha ficado assim... E voltei para a barraca muito feliz, com a pequena nos braços, e a Lucy me olhou daquele jeito que só ela sabe olhar quando sabe que adotei mais um... Embora ela mesma não possa dizer nada... rs
Logo coloquei nela um colar lilás e dourado, que combinava muito bem com ela. A gata era uma fofa, ronronante e carinhosa, e ficou bem quietinha no colo durante toda a exposição, e não havia quem não passasse e se admirasse com sua beleza. Um charme !!! E ela foi pega no colo por várias tias que tinham ido prestigiar a exposição e já conheceram em primeira mão a nova sobrinha...
Sua madrinha, é claro, não poderia ser outra senão a própria Lucy, que, coitada, acabou trabalhando sozinha naquele dia... Mas foi por uma ótima causa, não é ?
Batizei-a de Yasmine, em homenagem à gata de outra amiga, a Carla Jacinto, que tinha acabado de adotar uma gata com esse nome, e é sua madrinha também !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:24 "Assim Falou Maiakovski, hehehe"

Algumas pessoas até tremem quando eu digo certas palavras, tipo "novato","resgato", "recruta"...
Mas antes mesmo de trazer para casa minhas pequeninas persas, prometidas de aniversário, aconteceu um fato imprevisto...
E de repente eu tinha um pequenino elfo branco no meu banheiro. Como ? Bem...
Madrugada do dia 25 de abril de 2003. Estava desligando o micro quando ouvi uma série desesperada de miados fininhos, sonoros e retumbantes.
Lógico que fiquei de cabelos em pé, e imediatamente passei a tropa em revista... E... Necas !!!
Então, como toda boa gateira maluca que se preza, fiz exatamente o que não devia. Corri pra janela !!! E ora bolas se não estava lá na rua, bem em frente à minha janela, no muro da escola em frente, uma criatura orelhuda e pequenina de uns 45 dias...
Verdade, juro. Ninguém merece gostar de bicho e morar numa rua movimentada onde passa ônibus a três por dois. Muito menos ficar bonitinha acordada fazendo seu site e deparar com uma criatura miante saindo das sombras...
Bom, fazer o que... Claro que eu desci esbaforida. Aí, como desgraça pouca é bobagem, o pequenino ser inteligentemente se enfiou dentro da primeira casa que encontrou, que por um acaso é a residência de um maravilhoso, mignon e delicado rottweiller. A essas alturas eu já estava me vendo sem mão, sem perna, quem sabe até sem orelhas. E pior, o gato, muito hábil, simplesmente não conseguia mais sair.
Levei uma lata de Penny, precavida que sou. Mas lógico que não adiantou, ele estava pra lá de assustado.
Nesse interim ouço meu irmão aos berros lá do alto, e ouço passos pela rua, descalços. Minha irmã, só podia ser, não ? Êta família de lunáticos. E minha mãe falando feito matraca lá em cima também.
Tentamos chamar o bicho de todo jeito, mas jeito não houve. Tal foi a miação minha e da minha doidirmã, que acordamos o dono da casa. Aí a histérica começou a chorar ( ela, não eu, eu sou fria pra caramba nessas horas, podem crer ) e a gritar e acenar, e eu disse, "FALA QUE O GATO É SEU !!!" Ela, como uma papagaia ensinada, repetiu direitinho, aliás, bem demais, não parava de dizer "MEU GATINHO CAIU AÍ", "MEU GATINHO CAIU AÍ", "MEU GATINHO CAIU AÍ"...
O homem, já de saco cheio ( claro, que gente doida, acordar alguém às 4h da madrugada porque um gato caiu na casa dele... ), foi de mau humor atender, mas ao menos teve a boa vontade de tocar o gato pra fora... E não é que o safado saiu em desabalada carreira pela rua afora ? E lá fomos nós atrás... A maluca chorando e gemendo nesse vale de lágrimas, e eu mandando ela calar a boca que desse jeito não ia dar.
Fazer o que ? Botei pra vigiar o trânsito, que jeito !!! E enquanto isso o bebezinho se enfurnou atrás de uma pedra grande adivinhem onde ? Na casa em ruinas aqui ao lado, onde em uma bela Páscoa encontrei Lucca, Alyssa e Aysha... E lá ficou.
Minha irmã disse que pegava, que não tinha medo, etc, mas claro que, principiante que é, recuou no primeiro fuzzz. E foram muitos, o bichinho estava uma fera !!!
Então, claro que quem teve que ir pegar foi a degas aqui... E claro que consegui, não é ? Conosco ninguém podosco, quaquaquaquaqua !!!
Peguei com a maior facilidade, e enfiei dentro da caixa, onde ele veio alegremente pulando, apavorado. Tinha uns 45 dias, dois buracos nas costas (não sei se sarna, mordida de cachorro, ou o que ), olhos remelentésimos e nariz escorrendo... E completamente imundo e cheio de gracinhas, fazendo fuzzzz bravos e tascando a pata como ninguém.
E assim falou Zaratrusta. Digo, assim, chegou Maiakovski.
Irmão da Trinny e do Pushkin, dileto terceiro rebento da minha irmã. Hoje grande e gooordo como uma bola de futebol...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 16:24 "Dois Manos"

Em janeiro de 2003, minha amiga Luisa viu nascer em sua casa uma ninhada linda de cinco gatinhos, cinco surpresas que vieram dentro de uma gata kinder ovo, a gata que ela adotou no início de dezembro de 2002, apropriadamente chamada Christie.
Eu estava em casa, era o dia 26 de janeiro, um domingo, e, toda boba porque nunca tinha visto gatinhos recém nascidos, corro até a casa dela e passo horas e mais horas embevecida, olhando aquelas coisinhas tão pequeninas e tão lindas.
Fico encantada com um ruivinho lindo, delicioso, todo rajado de listras largas, classic tabby. Mas as duas meninas tigradas com branco são uns amores, e tem um gatinho muito engraçado que só faz dormir, branco com uma mancha cinza na cabeça, e o mais feinho de todos, um todo branquinho, mais para rosado, com jeitinho de camundongo.
Essa ninhada foi muito especial desde aquele primeiro dia. Volta e meia eu ia lá e acompanhei como cresciam rápido e lindos, e como eram espertos !!! Logo já estavam brincando, a coisa mais maravilhosa. Um verdadeiro milagre. Fiquei balançada pelo ruivinho, mas ele foi o primeiro a ser doado. A Luisa iria ficar com as menininas, e então, sobravam o todo branquinho e o branquinho com mancha cinza na cabecinha... Como queríamos montar uma barraca na Lagoa para doar alguns gatos, me ofereço para levá-los comigo, e doá-los para a Luisa.
Minha irmã estava querendo um irmãozinho para a Trinny, e já era certo que ficaria com um. O outro eu levaria para a barraca. Me engana que eu gosto..
E eu lá consigo doar alguma coisa ? rs
Bom... Trouxe os dois comigo, e minha irmã, para minha surpresa, escolheu o que eu então achava mais feio, o branco com mancha cinza. Depois ela me confessou que fez de propósito, porque notou meu interesse no branquinho... Safada !!!
E o outro, oras... Como eu poderia deixar de ficar com aquele gatondongo tão branquinho, meu floco de neve, meu gatoelho ? Não dava !!!
E assim ficaram os dois. Um com a minha irmã, que se chamou Alexander Pushkin. E o outro comigo. Meu Anakin Skywalker, que está na foto.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 03:04 "Minha Ferinha Linda"

A feral Luciola. Ainda hoje não consigo tocá-la, mas seu olhar já demonstra que sabe ser amada. :o)))

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 03:02 "Resgato Duplo de Carnaval"

Fevereiro de 2003, maior calor, minha irmã me chama pelo interfone, pouco antes da meia-noite. Tinha visto uma gata grávida numa rua aqui perto, tentou pegá-la mas ela fugiu. Ela sobe, pega uma caixa de transporte, vai lá correndo mas nada... A gata tinha sumido.
No dia seguinte, de tanto encher meus pobres ouvidos, ela me convence que tenho que ir lá ajudá-la a resgatar a gata. E lá vamos nós... Eu com minha caixa, um pote de ração, dois sachês de pratos favoritos, uma colher, um potinho.
Vasculhamos a rua, e nada. Nem sinal. Até que... Vejo um gato correndo... Um outro gato. Vejo que entrou num terreno que pertence à Petrobrás, e vou até lá para espiar. Surpresa... Não apenas um gato, mas mais ou menos dez deles, entre adultos e filhotes. Dois pretos machos ( beeem machos ) e o resto, todos tigrados, em diferentes tons.
Me dá aquele desespero... Pegar uma gata, tudo bem. Mas onde eu iria enfiar dez ?
Coloco comida e tento fazer amizade com aqueles gatos magrinhos. Vejo uma fêmea peluda grávida, mas minha irmã diz que não era aquela. Todos são muito bravos, todos muito ariscos. Comem com voracidade, avançam na comida, mas mesmo com fome recuam ao menor movimento nosso.
A rua é muito movimentada, e o terreno, bem na calçada. Passa muita gente, a toda hora, os gatos se assustam e fogem. Eu sento no chão, no meio da rua e espero, não me importa mais passar por maluca completa. Só me interessam os gatos. Mas é muita gente, muito movimento. Não consigo nada naquela noite, resolvo voltar no dia seguinte...
E quando volto, menos gatos já me esperavam... Dos filhotes, que eram quatro, um deles bem magrinho, restavam apenas dois. Fico mais desesperada ainda, sem saber o que aconteceu. Alguém colocou macarrão para os gatos, ótimo, penso, ao menos alguém se preocupa com eles...
Coloco mais comida, só que dentro da caixa. Um dos filhotes se arrisca a sair, mas é bravo e assustado, e não consigo fazê-lo entrar. Volto em casa e apanho carne moída crua. Tentador... O filhote entra e fecho a caixa correndo. Ele pula, se joga, dá saltos deste tamanho. Seguro firme a caixa, enfio a colher e o prato numa sacola de plástico, e volto pra casa. Menos um naquele lugar horroroso...
Quando chego em casa solto o bichinho no banheiro, e o pobre coitado parece perdido, sem saber bem o que fazer, onde se enfiar. Tem um olhar de medo, e rosna, assustado. Resolvo deixá-lo quieto. Tem por volta de 3 meses, já é grandinho. Todo tigrado, lindo, narizinho cor de tijolo, delineado com preto...
No dia seguinte volto, resolvida a pegar a gata peluda e grávida, que tinha um olho enevoado. Mas que nada... A gata é extremamente desconfiada, passo horas sentada no chão e nada. Ela chega perto da caixa e rouba a carne, mas não se deixa enganar. Fico doida.
Começo a fazer barulhos com a comida para atraí-la ou qualquer um dos outros, já não me importa mais qual. O outro filhote sumiu, não estava mais lá... Qualquer gato que eu pegasse seria bem vindo e bem pego. Continuo fazendo barulhos e o que vejo ? Uma gata com uma barriga enorme vindo lá de longe, do meio da rua, de outro lugar mais distante, uma gata grávida, mas não qualquer uma... Aquela gata original, que me fez descobrir a colônia. A gata que minha irmã viu.
Ela parece morta de fome, e eu mostro a carne crua e esfrego dentro da caixa. A gata entra, mas não toda, sai para longe mas volta. Ficamos nesse joguinho, eu esperando o momento certo, porque sei que se errar, já era. Ela entra toda... E... Pronto !!! Peguei !!!
Corro pra casa com aquela pequena fúria nos braços, bufando, rosnando e tentando me bater. Mas estou feliz, consegui !!! Agora são menos dois para viver ali.
Quando chego com a gata e a solto no banheiro, descubro surpresa que o filhote é filho dela... Fico achando que é de uma ninhada anterior, mas sem dúvida é seu filho, porque mal a vê, já corre para ela, para se esfregar, e imediatamente ela se deita e ele começa a mamar. Linda cena...
E assim chegaram Yan Julien e Luciola Annya, mãe e filho que deram trabalho para pegar, mas que são hoje gatos felizes.
Yan em poucos dias tornou-se um doce, e hoje é um dos gatos mais apegados e amorosos que eu tenho, é todo dengoso e adora ficar rolando por cima de im,
me dando sua barriguinha linda e cheia de bolinhas, e dando cabeçadas, todo feliz.
Mas Luciola... Nossa !!!
A primeira complicação foi a tão famosa gravidez. Que não era mais nada senão vermes e maus tratos. É de impressionar, porque a barriga era descomunal, como se ela estivesse para parir... Mas no fim das contas não era nada disso. E olha que esperei longo tempo pelos filhotes... Depois fiquei achando que tinham morrido lá dentro... Depois achei que se tivessem morrido, pelo tempo já seriam múmias !!! rs
Bom, a segunda coisa é que Luciola tornou-se uma maluca, uma suicide blonde. Uma madrugada, mais ou menos uma semana depois que os peguei, fui acordada pela amiga Lucy que me ligou com uma dúvida sobre um gato dela. Me deu na cabeça de ir no banheiro dar uma olhada nos gatos e quando abro a porta... quase morro !!! A gata estava no alto da janela, no alto do basculante, forçando a tela !!! E bem na minha frente, ela força a tela e passa para o outro lado, se equilibrando no basculante por um fio. Fico completamente sem ação, sem pensar vou soltando a tela dos ganchos, ponta por ponta, mas quando solto tudo a gata começa a deslizar para fora. Gente... Nunca senti tanta agonia na minha vida !!! Sem pensar, agarro a gata pelas patas de trás, a única parte dela visível agora, e dou um puxão, ela tenta se agarrar e forçar o corpo para fora, mas sou mais forte e a trago de volta. Ela me morde, me bate, me arranha, e a jogo no chão. Olho pra cima, olho pra janela sem tela e abro a porta, não tem mais jeito...
Pronto, está feito... Seja o que Deus quiser, os dois se misturam com os meus gatos. Mas nem preciso me preocupar, Yan fica na sala, mas Luciola...
Desembesta para o quarto de empregada, onde há um nicho no alto ( tipo um armário, só que sem portas ), e não sei como, consegue se enfiar lá. Bom... Ela ficou lá em cima exatamente por três semanas, sem descer, eu colocando água, comida e caixa de areia lá no alto todos os dias.
Depois disso, enchi, toquei para baixo à força, com a vassoura, e enchi o nicho de caixas, para que ela não mais subisse ali. Ela vai para debaixo da mesa da sala, onde viveu por muitos meses. Hoje adora dormir nas cadeiras da mesa, e na maioria das vezes, no sofá. Tem sua própria casinha, um iglu onde dorme quando está mais frio.
Nunca consegui tocá-la... Só quando foi castrada, sob efeito da anestesia. Mas quem sabe um dia, não é ? Afinal, ela ao menos já não se afasta quando chego perto, não desvia do meu caminho, e vem com os outros gatos para comer, quando dou patê para a tropa.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 03:02 "Lauren Belatrix"

Meados de fevereiro, vou na casa da Cecilia. Estou fotografando seus gatos para colocar o site no ar e começar a doá-los em grande escala.
Entro no "gatário", e pela décima vez, sou escalada por uma criatura gorda, grande e fofa, linda, hiperextracarinhosa e deliciosamente loura. Mais uma blusa estragada.
Eu já tinha o olho nela há muuuito tempo, e resolvo que vou levá-la. Me dá pena aquela menina tão carente, que adora gente...
No dia seguinte, volto para buscá-la. E a chamo de Lauren Belatrix.
Lindíssima e dourada, meu raio de sol. :o)))
Lauren foi abandonada bebê com uma irmãzinha, louríssima como ela. Foram doadas juntas para uma mulher que tinha duas filhas gêmeas, mas devolvidas, por serem “muito chatas”.
Talvez ela já fosse grudenta e carente assim, não sei. Mas o fato é que tirei a sorte grande por ter sido devolvida. A irmã foi doada, ela não... Que bom !!! Acho que ela sempre esteve esperando por mim.
É a criatura peluda mais apegada a mim, me segue e adora colo, deita todas as
noites comigo, sempre com as patas em cima de mim, sempre grudada, sempre amorosa, sempre por perto.
Minha gigante loura, minha deusa nórdica...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 03:00 "Nikita Pikachu"

Dia 22 de janeiro.
Estou eu trancada no banheiro cuidando de duas gatas recém castradas e toca o telefone, sem parar. Atendo e... É minha mãe, aos berros.
Disse que meu irmão estava aos prantos porque voltou da faculdade cheio de pastas e papéis e viu um gatinho debaixo de um carro mas não tinha como pegar, que ele estava histérico e berrando ( como se fosse só ele, hehehehe ), e que eu pelamordedeus fosse lá ver se achava o pobrezinho-coitadinho-do-gatinho-será-que-ele-ainda-está-lá ?
Eu digo que nem pensar em ir pegar... Mas vou, claro. Não podia deixar de ir.
A criatura aqui, euzinha, meti a primeira roupa que vi e fui à luta, melhor, à caça do gato perdido. E minha mãe no interfone dizendo ai-meu-deus-se-ele- não-estiver-mais ? Ao que eu respondi, oras, se não estiver, não está.
Já saio de casa armada com bolsa de transporte e tudo mais. Vou o caminho inteirinho rezando para São Francisco, para que ele conserve o filhote no mesmo lugar até eu chegar. Prece ouvida...
São Chico colocou a mão naquela cabecinha e o guardou até eu chegar. Estava debaixo de um carro, ao lado de um churrasqueiro. Na pressa, vesti uma blusa transparente, hahahaha, deve ser por isso que o homem prontamente se prontificou a pegar o bicho... O que foi ótimo, porque o gatinho mimoso se transformou na fera do pântano. E lá vim eu com a criatura dentro da sacola da Luisa.
Cheguei em casa, o gato estava sentado tranqüilamente, com as pernas cruzadas, e cara de quem diz "pô, demorou, heim ?" E minha mãe e meu irmão foram correndo ver e disseram ai-que-lindinho-qual-vai-ser-o-nome-desse- décimo-oitavo ? Céus, estava definitivamente perdida. Completamente birutas, tadinhos. Quem ouve até pensa que eu gosto de gato...
Bom, pulando essa parte e resumindo a ópera, a criatura foi para o quarto de empregada, com caixa de areia, patê, presunto, ração, água, brinquedos e tudo mais que tinha direito. Meu irmão a chamou de Pikachu. Eu achei bem bonitinho, porque adoro esse Pokémon, hehehehehe...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 03:00 "Giuseppe Garibaldi"

Giuseppe Garibaldi nasceu no dia 21 de novembro de 2002, na casa da amiga Dagmar. É filho da Scarlet, gatinha sem orelhas que foi resgatada por no Campo de São Bento, no começo da gravidez.
Quando foi encontrada, na indicava que estava grávida, na verdade a Dag ficou
em dúvida quase que até o fim da gestação...
Scarlet teve 4 lindos filhotes, duas petibancas e dois pretinhos, que o povo das listas acompanhou desde recém nascidos.
Quando fui visitar os bebês, com cerca de um mês de idade, fiquei encantada com um pretinho de babador branco, todo fofo e brincalhão. Aliás, todos eram uns amores... Tão alegres e lindinhos.
E menos de um mês depois, fui visitar a Dag de novo e... não resisti...
Passei uma noite lá, no quarto onde estavam os bebês, e no meio da noite o pequeno pretinho de babador branco subiu na cama, se aconchegou na curva da minha perna e dormiu. Como eu podia deixar de levá-lo comigo ?
No dia seguinte, voltei toda contente, com meu pequenino de olho verde, que chamei assim por causa da minissérie “A Casa das Sete Mulheres”. Se eu
soubesse o significado do nome Giuseppe, teria escolhido outro, hehehehe...
Giuseppe quer dizer... “Deus me aumenta a família”.
E realmente, dois dias depois...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:59 "Trica Lee"

E apesar de toda a tristeza pela perda do meu pequeno sonho, eu continuava ansiosa por ter a minha tricolor.
Minha amiga Cecilia, de cuja casa tinha vindo minha adorada Meg, estava doida para realizar o meu sonho.
Sempre que eu ia lá, ela insistia em dizer que eu tinha que levar uma tricolor, que ela ia me dar a tricolor que eu queria. E eu recusando.
Ela tinha duas tricolores lindas por lá para doar, ambas adultas. Uma de pelo curto, a Lóri. Outra de pelo longo.
A de pelo longo era parente do gato mais lindo dela, o Baal, e tinha sido deixada lá com seus seis filhotinhos, que logo foram todos doados, mas ela ficou.
Um dia, perto do Natal, ela cismou que eu teria que levá-la. Eu recusei, mas a Cecilia disse que não aceitaria um não...
E trouxe primeiro a Lóri para o meu colo, mas a gata não quis ficar de jeito nenhum, se esquivou, ficou nervosa, pulou fora. Não era a minha filhota ainda...
Então ela trouxe a peludíssima Trica, mestiça de persa, maravilhosa, e fiquei de boca aberta com aquela beldade, ainda mais que nunca tinha visto a gata antes...
Fiquei completamente surpresa, atônita, de queixo caído. Era a perfeição em formato felino. Era tudo o que eu queria. E quando veio para os meus braços, bem... Se aninhou no colo, ficou lá quietinha, ronronando, ronronando... E estava feito.
Eu tinha enfim a minha tricolor esperada... A gata que veio para o Natal.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:58 "Pêssego Sweet"

Quando Meg se foi, imediatamente, minutos após ela ter partido, tomei uma decisão: adotaria seu irmãozinho, Pêssego, que era o único gatinho da ninhada que ainda não tinha sido adotado. Decisão tomada no desespero do momento, debaixo de uma dor intensa, mas mesmo assim, foi uma decisão pra lá de acertada.
Eu tinha visto o Pêssego de relance quando adotei a Meg, uma bolinha branca e amarela rolando pelo chão com as irmãzinhas tigradas. Tinha visto o pequenino mamando todo feliz, mas não tinha prestado muita atenção – só tinha olhos para o meu sonho tricolor.
Depois que a Meg morreu, fui passar alguns dias na casa da comadre Li, e foi
l á que conheci, por fotos, o meu novo filhote. E fiquei espantada, hehehehehe...
Pêssego era engraçado, patas enormes, como um coelho. Quando recebi suas fotos, morri de rir – que bichinho feio !!! A Li o chamou logo de narigudo, e ele era mesmo !!!
Quando voltei ao Rio, a querida amiga Ana ( novamente ela ) me trouxe o meu bebê já tão amado, um quase autêntico Van Turco, peludo e comprido. Já era um Pêssego Gigante. :o)))
Aliás... Já era meu, todo meu. Ele também sabia que eu era sua mamãe, se acomodou logo no colo e tirou um soninho. Deitou a cabecinha no meu braço, como quem diz, oi, mamãe !!! :o)))
Doce, meiguinho, uma coisinha de olhos molhados... Os mesmos olhos de sua irmãzinha, os belos olhos de Meg. Mas ele é pelo menos o dobro dela, tão lindo e amoroso quanto !!!
Sempre foi um gato pacífico e tranqüilo, um gigante grandalhão e bondoso, amoroso com todos os gatos, novatos ou veteranos, adultos ou bebês. Por conta disso já levou muitas patadas de recém chegados, mas mesmo assim continua o mesmo amigo bonachão.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:58 "Um Amor Imortal"

De todas a mais esperada, a mais desejada, sem dúvida de todos os gatos que tive e terei daqui para a frente, a mais amada.
Margareth Mieux chegou no dia seguinte à minha decisão de ficar com a Felicity, e foi tão festejada quando adorada.Pequenina, frágil, delicada, uma rosa trêmula nascida no começo da primavera, um risco de cor pela casa.
Mas vou contar, antes de sua partida, a história de sua chegada. E não se entristeçam, porque meu amor por ela é imortal, jamais irá se apagar do meu coração. E esta é minha última história com tons de tristeza...
Domingo, 27 de outubro de 2002. Acordei cedo, e a Lucy passou por aqui para irmos ao Campo de São Bento, onde encontraríamos a Dag e a Susana. Bom, encontramos a Susana saindo de casa, e a Dag já na entrada do Campo.Três caixas em punho, fomos procurar as mãezinhas que tinhamos ido resgatar.
A pretinha era um doce, tão meiguinha, tão pequena, do tamanho das minhas peludinhas... Os filhotinhos uns espirrinhos de gatos, que crueldade os pobrezinhos ali jogados, mas o dia me reservava coisas muito piores ( e melhores, graças a Deus ). Pegá-la foi uma tranqüilidade, e partimos em busca da outra. Quando chegamos perto do muro, vimos seis filhotes, dois muito pequenos e quatro maiores, mais ou menos um mês. Fiquei passada em ver o estado dos bebês, os dois pequeninos eram de chorar.
A mãe ( era mãe dos maiores, os outros dois foram jogados ali, minto, eram três, mas um branquinho estava morto mais adiante, segundo nos informaram ) era muito arisca e estava nervosa, e aquela gente toda passando por ali não ajudava em nada. A Lucy conseguiu agarrá-la, mas ela se desvencilhou antes de ser colocada na caixa, deixando muitas mordidas de recordação.
Ficamos um tempo tentando atraí-la, e nesse interím apareceu uma moça, com uma caixa com 4 filhotes petibancos. Eu fiquei p. da vida quando a vi,porque achei mesmo que estava indo ali abandoná-los. Adorei os desaforos quea Dag disse a ela, e confesso que só me convenci das boas intenções da moça depois demuito tempo.
Bom, ficamos tentando pegar a mãe, e chegou a Ligia, que logo viu que um dos bebês menores não estava nada bem... Olhei... Era uma tricolorzinha minúscula, com cordão umbelical, tão miúda, tão peluda, gente... Era exatamente como eu sempre quis. Aquele serzinho lutou tanto, foi tão brava, tão valente, e a Ligia tentou de tudo para salvá-la, mas já era muito tarde... Ela permaneceu em minhas mãos e lá morreu, depois de muito lutar pela vida. Chorei tanto, não me conformava de jeito nenhum com aquilo, aquela vida ali indo embora e nós tão impotentes para salvá-la...Ela morreu, e eu chorei muito, chorei tanto. Eu já tinha me prometido que ficaria com ela, que ela teria uma mãe... Não disse nada a ninguém, mas chorava também por isso. É difícil de entender, talvez, mas eu a amei tanto naqueles momentos, a amei como se fosse minha. Senti como se fosse minha. Era a tricolor que eu queria, e estava ali em minhas mãos. E se foi. Foi duro demais, nunca vou me esquecer da sua carinha tão linda. Fiquei muito tempo com ela nas mãos, só olhava, não acompanhei sequer o resto do resgate, não sei, acho que estava em outra dimensão. Estava perdida na dor que eu sentia, na raiva que eu sentia.
Depois fui ao banheiro, e enquanto eu ia, sei que as três sumiram com aquele corpinho. Serei eternamente grata por isso, não suportaria mais olhar para ela...
Bom... Depois disso, eu e Lucy fomos para a casa da Cecilia com a gata e todos aqueles filhotinhos. Uma gata tão boa, tão generosa... Quantas pessoas seriam capazes de um gesto assim ? Ela estava com oito filhotes, dos quais apenas três eram dela, e aceitou a todos sem queixas.
Na outra caixa, seguiam os quatro filhotes maiores. Ao chegar, foram todos distribuídos entre as mãezinhas que haviam por lá. Fico pensando na maldade de quem os jogou ali, sinceramente, seres como esses,capazes de jogar fora um ser tão indefeso, deviam ser condenados à morte sem chance de perdão. Me perdoem, mas sou radical. Se pensamento matasse, eu matava mesmo, sem dó.
Felizmente o dia não trouxe somente tristezas, e apesar das perdas, onze filhotes descansavam abrigados, e seriam cuidados com todo amor...
Deste dia inteiro, sai com essa tristeza, mas com uma grande alegria... Minha tricolorzinha desejada e esperada, que adotei lá na Cecilia. A pequenae linda Margareth Mieux. Ela foi uma paixão destinada a ser minha desde que nasceu. Ela era minha desde então, ouvi falar nela todos os dias, e a esperei. Ao ficar com Felicity, achei que estaria abrindo mão dela para sempre... Mas naquele dia, ao olhá-la, não pude deixar de trazê-la. Os irmãos brincavam, ela não. Estava deitadinha, muito séria, com seus grandes olhos molhados. Linda, sempre linda. Chamei-a e ela veio, surpreendentemente, veio e se deixou pegar, ficou ronronando e me olhando... Claro que a trouxe.
Meg tinha apenas 39 dias, e era muito frágil, muito delicada. Eu não sabia então, mas desconfiei. Não posso dizer que fui enganada, vi o quanto sua vida era um fio, mesmo naquele dia... E mesmo assim a trouxe. Durante 14 dias, duas semanas inteiras, eu lutei para alimentá-la, para enche-la de vida, para faze-la crescer. Sonhei com ela adulta, sonhei em vê-la crescer tão linda, peluda e feliz. Mas infelizmente o destino não quis assim.
Na manhã do dia 9, encontrei minha bebezinha amada caída no banheiro. Estava em choque. Molhada, desfalecida, molinha. Estava morrendo. Em desespero completo, corri com ela nos braços para a clínica mais próxima, onde lhe deram soro e encaminharam para uma UTI. Foi ressuscitada e trazida de volta, e a vet da UTI ficou pasma ao ver que aquela coisinha fraca, tão miúda e tão debilitada, deformada pelo soro, ao ouvir minha voz começou a se agitar e, colocada em cima da mesa, caminhou na minha direção, subiu em meu peito e lá se aninhou, ronronando. Eu estava tão feliz então. Julgava que estava salva. Mas não...
No dia seguinte, de noite, ela começou a respirar com dificuldade. Corri para outra clínica, e lá ela teve uma convulsão, foi medicada e internada. Deixei-a lá com um aperto enorme no peito... Acho que já adivinhava. Passei todo o dia seguinte angustiada, e ao cair da tarde resolvi ir buscá-la.
Susana me acompanhou. E lá estava meu bebê, minha vida, jogada numa gaiola,em cima de uma bolsa de água fria, completamente dopada pelos remédios que lhe deram. Peguei-a desesperada, e fui para a casa da minha amiga Ana, sua madrinha, a pessoa em quem eu mais confiaria no mundo para cuidar de um bebê doente... E lá tentamos de tudo, mas em vão... Ela morreu nos braços da Ana, cercada pelas 3 pessoas que mais a amaram no mundo - eu, sua mãe; e seus padrinhos, que a viram nascer.
Meg tinha exatos 53 dias de vida. Era menor que um filhote de um mês. Mas aquele corpinho miúdo era enorme dentro de mim. É enorme na minha memória. Ela será sempre a filha mais amada.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:57 "Felicity Mayfar"

Minha bruxinha Mayfar chegou aqui num dia muito especial, o dia do mestre, 15 de outubro de 2002. Veio para ficar temporariamente, mas meus sentimentos em relação a ela foram tão confusos que acabou ficando. E como isso foi bom !!!
Felicity foi encontrada pela Fabiana, vagando na frente do prédio onde ela morava, em Copacabana. Eram três filhotinhos. Um foi pego e levado por uma senhora que passava. O segundo foi atropelado e morreu.... Sobrou a pequena Felicity, preta e branca como o Ivan, que eu mesma tinha doado para a Fabiana meses atrás.
Ela, claro, não conseguiu deixar a gatinha na rua, e mesmo contrariando o marido, que não queria nem que ela chegasse perto, porque já tinham três gatos e ela estava grávida, pegou a pequena e a deixou na portaria, dentro de um quartinho.
Nesse dia, eu tinha ido na casa da Dag, e foi lá que ela me encontrou, completamente desesperada, querendo saber se eu conhecia alguém que
pudesse dar um lar temporário para ela. Bem... Eu imediatamente disse que ficava com ela.
E assim, da casa da Dag fui para Copacabana, na casa da Ana, onde a Fabi foi me buscar com a gatinha.
Ela era pequena, feinha, magrela. Bonitinha, mas esquisitinha, hehehehe...
Tinha cara de anãzinha, cara de gata adulta num corpinho pequenino.
Continua assim até hoje. Uma cara séria demais.
Bom... A gata ficou no banheiro, e comecei a anunciar. Uma pessoa quis adotá-la, mas na véspera de pegá-la, desistiu. Uma outra apareceu, depois mais uma, mas deletei as duas... O conflito dentro de mim era muito grande, e vou explicar porque.
Sempre desejei muito, demais mesmo, uma tricolor. Era a gata dos meus sonhos, aquela com quem sonhava. E achava que se ficasse com a Felicity, não poderia jamais tê-la... Por isso, queria doá-la. Mas ao mesmo tempo, olhava para aquela carinha, olhava para aquelas patinhas que me amassavam, olhava para o seu jeitinho, e me sentia mal por querer doá-la apenas porque queria uma outra em seu lugar... Me sentia terrivelmente mal com isso, afinal, que culpa ela tinha de ter nascido da cor errada ?
Por tudo isso, decidi de uma vez - ela ficava. Decidi isso num sábado... E no dia seguinte, chegava em casa a minha tricolor. Mas isso é uma outra história.
O que importa é que minha Fefê é uma gatinha adorável e apaixonante, que me ama muito e adora que coce sua barriguinha, uma gatinha doce e tão derramada que parece feita de geléia...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:55 "Pablo Neruda"

Maktub. Estava escrito.
Pelas mãos que trouxeram um anjo em forma de gata, chega um gato com feitio de anjo.
Um gato da cor do céu de tempestade.
De olhos maravilhosos e doces.
Um ser recheado de mel que lambe e beija.
Seu nome ? Pablo. Chegou com a Ana.
Surpresa inesperada, mas tremendamente gostosa.
Veio da Cecilia, assim como a pequena gata-anja.
Assim como ela, veio cheio de amor e ternuras.
Mas veio para conquistar. Veio reinventar os sonhos.
Veio para ficar e trazer consigo toda a doçura da chuva serena que chega depois das trovoadas e vem lavar as tristezas.
Pablo Neruda, poeta e gato, chegou no dia 22 de junho de 2002, duas semanas após a partida da minha querida Thalia.
Chegou para preencher com seu amor o vazio que ela deixou.
Desde pequeno mostrou-se diferente, andava torto, como um jacaré em terra firme, tinha convulsões quando dormia, um lado da boca sem dentes, o mesmo lado inchado e sem bigode, e uma depressãozinha no alto da cabeça.
Nunca soube se ele nasceu assim ou se foi um tombo que o deixou desse jeito,
mas que ele não é um gatinho comum, não tenho a menor dúvida.
Cara de raposa, rabo peludo, vontade de ferro, teimosia enorme, um psicocat, obsessivo e compulsivo. Mas tão amoroso, tão companheiro, tão amado...
Ele dorme comigo, sobe no colo. É um chato, comigo e com todos os gatos, as
todos o toleram com a maior paciência do mundo.
Continua com seus tremores ao dormir em sono profundo, e ainda é meio desequilibrado... Mas já melhorou muito, e de uns tempos para cá anda até menos encapetado !!!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:54 "Minha Anjinha Colorida"

Thalia, a décima terceira e derradeira ( ao menos era o que eu pensava ), foi a mais sonhada e desejada das gatas, mesmo antes de saber que viria. Ela veio para fechar o ciclo que se iniciou com a Pixoxó, gata da minha avó, há muitos e muitos anos atrás.
Thalia foi abandonada muito pequena, e foi levada para a casa da Cecilia, no bairro do Humaitá.
Mas para se entender a história de sua vinda, é preciso me reportar ao início da minha vida gateira. Sempre quis ter uma gata tricolor, que achava as mais lindas de todas as gatas. Tanto as tricolores com fundo branco, quanto as escamas, de cores tão misturadas.
Conheci tricolores lindíssimas, e ficava sempre com uma pontinha de inveja.
E sempre que via uma escama, lembrava dos tempos de criança e do pelo macio de Pixoxó amamentando seus filhotes.
Ao me mudar para meu próprio apartamento, decidi que a sétima gata que adotaria seria uma tricolor, e viria para fechar a conta. Sempre tive como certo que um dia teria gatos em número de sete ou treze, números que sempre me deram sorte, mas achava treze um número muito alto, difícil de alcançar.
No entanto, antes que a tricolor viesse, vieram os filhotes encontrados na Páscoa. O sonho parecia impossível de ser realizado, ainda mais com a chegada das duas bebês adotadas do Campo de São Bento.
Assim que adotei os bebês, surpreendentemente, começaram a me chegar propostas de tricolores, dos lugares mais inesperados. Parecia que o universo conspirava contra mim. Minha amiga Ana sempre que me ligava falava de uma gatinha, uma tartaruguinha, muito linda, arteira e sapeca...
Mas eu resistia.
Até que, no dia 19 de maio, início da semana do meu aniversário, fui resgatar uma gata e seus filhotes com outra amiga, a Paty. Levamos mãe e filhos para a casa da Cecilia, onde encontramos a Ana e... a Thalia.
Confesso que não pude resistir... Após tantas adoções, eu achei que nada seria mais justo que ter meu grande sonho realizado !!! E agora os gatos da minha vida somavam treze, dos quais doze moravam comigo, e a Trinny com a minha irmã.
Thalia era uma pequena folgada, abusada, atrevida e muito despachada. Podia dizer que tinha fechado a conta com chave de ouro !!!
Infelizmente ela era um anjo disfarçada de gatinha e nos deixou muito cedo, para brincar nos campos do céu.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/13 02:52 "As Repolhinhas"

Paloma e Pandora foram, até dezembro de 2003, as criaturinhas mais miúdas que já chegaram a esta casa. Pequeninas e felpudas, foram as minhas bebês repolhinhas...
Sua história começa com uma tragédia, a captura dos gatos do Campo de São Bento pelo CCZ de Niterói. No dia 3 de maio de 2002, o CCZ esteve no Campo recolhendo vários animais. Muitos já vinham desaparecendo, desde alguns dias antes.
No dia seguinte, um sábado, haveria uma panfletagem de protesto, e por isso fui à Niterói me encontrar com a Susana e a Dag. Mal sabia eu o que me aguardava...
A panfletagem acabou não acontecendo, e a Susana e o marido me acompanharam até a casa da Dag. Passamos, é claro, pelo Campo de São Bento, e fiquei chocada em ver como a quantidade de gatos diminuíra. Como em todo sábado, havia uma feira de artesanato por lá, na qual, aliás, se vende muito mais que isso, vide o comércio vergonhoso de animais extremamente
pequenos na porta do Campo.
Caminhamos pela feira, e qual não foi meu espanto ao ver uma bolinha felpuda e muito, muito pequena em meio à multidão... A bolinha estava perto de uma das barracas, e o vendedor disse que tinham jogado ali. Era uma gatinha branca com manchinhas cinzas, de carinha redonda. Que dor no coração !
Orientada pela Susana, a coloquei em um dos canteiros, e seguimos o nosso caminho. Mas é claro que não tirei a imagem daquela gatinha tão pequena e sozinha da cabeça. Pensei nela o resto do dia e a noite inteira. Me atormentava por não tê-la trazido... Sabia que em pouco tempo ela não mais
existiria.
Então, no dia seguinte, mesmo sabendo que não podia, que era insensatez, liguei para a Susana e lhe pedi para trazer a gatinha. Ela me disse que havia uma irmãzinha, e eu lhe disse para trazer as duas. Era uma bolinha branca, de manchinhas pretas.
Estavam extremamente infestadas de vermes, e meu julgamento era mais que correto. Não teriam a menor chance de sobreviver além de uns poucos dias.
Não sabiam comer alimentos sólidos, e tive que fazer papinhas de ração e patê. Somente três semanas depois de sua chegada começaram a comer ração sêca, de tão pequenas.
Chamei-as de Paloma e Pandora. Ambas são muito doces, e como não
parecem ter lembranças da mãe verdadeira, pensam que eu sou ela... Umas coisinhas queridas e boas, uma dupla de anjinhos que veio para mostrar que
mesmo após a tragédia, a vida se faz ainda mais potente.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:57 "A Terceira Surpresa..."

Lucca Gabriel, meu tigrinho tímido, apaixonadíssimo pelo mano Benjamim, cheio de gracinhas e de miados fininhos de bebê.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:56 "Segunda Surpresa do Coelho..."

Aysha Bella, minha pequenina, elétrica e danadíssima !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:54 "As Surpresas do Coelho"

No sábado de Aleluia de 2002, meu irmão foi me mostrar cinco filhotes de uns 45 dias que corriam e pulavam pela casa aqui ao lado. Minha rua é super movimentada, nem preciso dizer que entrei em parafuso. Eles estavam com a mãe, mas que garantia isso é ? Ainda mais que a casa é toda aberta...
Então minha mãe foi perguntar ao dono da casa se ele queria dar os gatinhos.
Ele disse que não eram dele, a gata tinha dado cria ali. E que quem estava cuidando era a dona do restaurante em frente.
Bom, minha mãe ficou tão preocupada que me sugeriu roubar os bebês de noite.
Mas se eu fizesse isso, o homem saberia...
Fiquei inquieta o resto do dia, e fui dormir com o coração apertado, rezando por um milagre.
No dia seguinte, domingo de Páscoa, minha mãe me acorda às 8h perguntando se eu não ia buscar os filhotes, porque tinha ligado pra dona do restaurante e ela tinha dito que eu podia levar... Claro que fui correndo, nem pensei duas vezes.
Deu um trabalhão pegá-los, corriam pra todo lado, mas os dois rapazes que moram na casa conseguiram. E claro que um patê ajudou !!!
Então as cinco belezinhas ficaram aqui no banheiro, já alimentadas e dormindo na cestinha.
Mas... eu queria uma menina tricolor para fechar com sete... E assim que vi Aysha Bella, mesmo sem ser tricolor, me apaixonei !!! E resolvi ficar. Ela era a mais magrinha, a menorzinha e a mais espevitada. É tigrada com branco. O nome quer dizer "vida" em swahilli, e foi dado porque a Páscoa significa a passagem para uma nova vida, muito melhor... Que era o que eu desejava para mim e para a Inês.
Então anunciei os outros nas listas, e consegui donos para a tigradinha, que se chamou Tigrinha e foi para a Luisa, e o frajolinha, o Ivan Gattchenko, que ficou com a Fabiana. Só que...
Meu irmão se encantou com a branquinha... Que ficou se chamando Alyssa Bella !!! Ela é muito carentinha, e adora se aconchegar em mim quando vou dormir. Mama na minha roupa.
Sobrava o tigradinho. Disse bem, sobrava. Passado. Porque eu e minha mãe olhamos aqueles olhos meigos e resolvemos ficar com ele. É meu Lucca Gabriel, de barriga de bolinhas, um anjinho bem comportado, de lindos olhos marcados com delineador.
Apenas uma nota triste. A mãezinha dos gatinhos, que a dona do restaurante havia prometido castrar e cuidar, morreu atropelada por um ônibus poucos dias depois... Não tenho a menor dúvida de que Deus olhou por estes gatinhos, e os salvou de uma morte certa.
Essa na foto é a Alyssa.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:50 "Benjamim Blue"

Nem toda estrela é dourada. Há as que são como a noite, e trazem consigo a alegria de conter em si todas as cores e nenhuma delas. Há uma estrela em forma de gato. Uma bela e negra estrela. Doce e chameguenta. Uma estrela chamada Benjamim.
Benjamim foi abandonado bem pequeno no Campo de São Bento, em Niterói. Um dia, foi escolhido pela Susana em meio a muitos outros gatinhos, para nossa amiga Dagmar, que queria muito um pretinho básico, e batizado de Iggy Pop.
Tudo parecia perfeito, mas... Nosso herói, aparentemente com traumas no passado, simplesmente avançava na cadela boxer da Dag, a Janis.
Todas as tentativas de aproximação resultaram inúteis. Ele não se adaptava, e passou a ter que ficar isolado.
Mas não era esse o futuro que a Dag queria para ele, que já então era meu afilhado. Assim que retornei de uma viagem, ela me ligou e perguntou-me se eu queria ficar com ele... Como eu já queria um gatinho preto, e havia ficado encantada com ele, aceitei de imediato !!! Além disso, queria acalmar o coração dela, porque sabia bem do amor que tinha por ele... E sabia que era um gatinho dengoso, chameguento, delicioso. Como de fato ele é.
Assim ele veio, e foi rebatizado de Benjamim, que significa "filho da minha felicidade". O nome foi escolhido porque ele veio em um momento de mudança em minha vida, logo após eu ter tomado a decisão de ir morar sozinha. O nome foi um prenúncio da nova vida.
E Benjamim foi uma surpresa muito mais encantadora do que eu podia imaginar.
Ele é lindo, uma pantera, de pelo brilhante. É carinhoso e doce, dado e confiante, meu mestre de cerimônias que adora qualquer visita. Estou muito, mas muito feliz em tê-lo comigo. E mais feliz ainda porque ele foi presente de alguém de quem gosto muito. Presente de comadre...
Demorou um pouco mais que os outros para se adaptar aos irmãos, especialmente ao Victor, que tem a mesma idade... Mas hoje são grandes companheiros de farra, e todos adoram o brilhante Benjamim.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:49 "Victor Valentim"

Victor teve uma entrada curiosa em minha vida. Eu já o conhecia desde bem pequeno.
No feriadão de 12/10 de 2001, fui para São Paulo, passar uns dias com minha amiga Inês. Enquanto estava por lá, aliás, no próprio dia 12, ligou uma moça para ela contando que tinha encontrado três filhotinhos minúsculos, e não estava dando conta de alimentá-los. Essa pessoa disse ter sabido por uma amiga que a Inês estava com uma gata amamentando, e perguntou se poderia levar os filhotes para tentar que ela os adotasse.
A gata tinha dado a luz a quatro filhotinhos, mas estes morreram todos. Inês ficou meio em dúvida, porque a única filhotinha que havia ( também adotiva ), já estava com 45 dias, a gata poderia não aceitar...
Quando a moça chegou ( ela se chamava Nicole ), ficamos estarrecidas com o tamanho das criaturinhas. Mais pareciam umas larvinhas, não tinham ainda muito de gato... Umas coisinhas famintas, muito pequeninas, dava vontade de chorar.
Quando a Inês trouxe a gata, chamada Miriam Miau, para perto dos filhotes, ela não pareceu se interessar muito... E Inês disse, "olha, Miriam, Deus trouxe seus filhinhos de volta..." Milagre ou não, coincidência ou não, os filhotes começaram a gritar, e a gata os aconchegou ao seu lado, imediatamente começaram a mamar... E nós a chorar, é óbvio.
Bom, vim para o Rio, e o tempo passou... Inês precisou doar alguns gatos, e entre eles os primeiros seriam os filhotes...
Da ninhada abandonada só havia um sialatinha, pois as duas irmãzinhas morreram... Fora ele, havia uma gatinha preta e branca que Inês achou na rua.
Depois de passar algum tempo indecisa se ficaria com um adulto ou com um filhote, resolvi, por várias razões ( a outra bebê já tinha candidata, a Inês pretendia doar primeiro os adultos com problemas de adaptação ), ficar com o sialatinha.
Eu nem imaginava como ele seria, e muito menos como traria o gato pro Rio...
E eu sabia que ele ainda era muito bebê. Mas nem preciso dizer que fiquei logo animadíssima !!!
E quando cheguei, fui logo ver meu novo menino... E me encantei com... Seus olhos azuis ? Suas meias siamesas ? Sua vozinha tão típica dos herdeiros de Sião ? Nããããão... Fiquei deslumbrada com... A patinha pintada de branco, uma longa tira descolorida, que parece ter sido feita com água sanitária... Sim, no pequeno siamês gostei mais da parte viralatinha !!! Linda combinação... :o)))
Não foi complicado tirar o atestado de saúde, e muito menos tirar a GTA.
Victor é lindo, é meigo, é todo dengoso e molinho. Veio em formato micróbio, mas está enorme... É um pentelhinho, o corredor compulsivo, o miador chorão.
A dotou Cacá como mãe e a segue o tempo todo. Depois de maiorzinho virou um paizão, adotando os bebês. É super rápido e um campeão nas artes da fuga !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:48 "Ana Clara Esperança"

Ana Clara veio cercada de muito carinho e expectativa, e sua história é marcada pelas coincidências.
Tudo começou com um gatinho preto e branco e muito agitado, rejeitado pelos manos mais velhos por ser um pentelho. Francisco precisava de um gato jovem, um gato que pudesse ser seu companheiro de brincadeiras.
Então comecei a procurar filhotes por todo canto, saí pela rua buscando, pedi a amigos, vasculhei sites de adoção... Nenhum anúncio naquela semana,nenhum filhote nas ruas, parecia estar havendo uma estiagem de gatos !
Fui levar os persas para tomar banho, e, mencionando meu desejo de ter mais um filhote, fiquei sabendo de uma pessoa que estava com três filhotes de siamês para doar. E me disseram o nome da pessoa.... E achei incrível, porque conhecia alguém com um nome parecido, a Luisa, uma amiga que fazia parte de uma das minhas listas de discussão, cuja gata tinha tido exatamente três filhotes... E que morava na mesma rua desta que estava doando.
Achei muita coincidência, e pedi o telefone, mas, como havia perdido o telefone dessa minha amiga, não pude comparar os dois. Deixei a cargo da pet shop ligar para a pessoa e ver se ainda haviam gatinhos para doar.
Mas é claro que fiquei ansiosa pela resposta !
Alguns dias depois, recebi o telefonema tão esperado. E era mesmo a Luisa !
Liguei imediatamente e marcamos para eu ir ver os filhotes no dia seguinte.
Era lindos, tão pequenos e arteiros... Ela só me pediu uma coisa, que eu levasse a gatinha no sábado seguinte, porque a veterinária viria ver os filhotes neste dia. E aí, mais uma surpresa... A veterinária era a Drª Neísa, a mesma que eu tinha convidado para dar uma entrevista ao site !
Fiquei ainda mais feliz. Além de ter conquistado uma nova filha, conheceria minha futura entrevistada e ainda poderia levar Francisco para uma consulta...
A propósito, a mãe de Ana Clara, a Teca, foi adotada pela Luisa. Quando ela foi encontrada, e estava para adotar, eu fiz uma campanha aqui em casa porque eu a queria, mas não tive sucesso. Agora tenho sua filha !
Ana Clara Esperança recebeu esse nome por causa de Santa Clara. Nada mais adequado para a irmã de Francisco... Já o nome Esperança veio de uma promessa que fiz pela Inês.
Cacá, como a chamamos, é uma gatinha muito meiga e companheira, amiga e falante. É muito esperta e bagunceira, e ciumenta como boa siamesa... Adora o Chico, e ele tem por ela verdadeira paixão. Os dois formam uma dupla amorosa, e a cada dia me surpreendem com suas farras e me enternecem com
seus carinhos.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:46 "Francisco Manuel, o Imperador"

De todas, uma das histórias mais emocionantes... Francisco Manuel, o imperador, foi achado em um estacionamento, dentro do motor de um carro.
Tudo começou quando cheguei na escola, no dia 22 de março. Logo me interfonaram avisando que havia um gato preso dentro do carro de uma colega.
Ela inicialmente não queria descer ( queria deixar o gato "de castigo" ), mas com a minha insistência... Descemos ambas.
Da cozinha já se ouviam os miados, incrivelmente altos. Pensei que se tratava de um gato adulto.
Mas, depois de muito procurar pelo carro todo, inclusive no porta-malas, percebemos que o som vinha da parte traseira. Mas precisamente da roda. E, quando me abaixei, qual não foi minha surpresa ao ver uma coisinha minúscula preta e branca, miando sem parar...
Coisinha preta e branca estressada, diga-se de passagem. Fez muitos fuzzzzz e rosnados. E nada de querer descer.
Ficamos quase uma hora tentando pegá-lo. Uma cena histórica, a diretora da escola vestindo saias, de quatro num estacionamento virado pra uma das ruas mais movimentadas da cidade, falando com um carro...
Após muita espera, de repente o gatinho pulou para o chão.
Preocupada, por se tratar de uma rua com tráfego intenso, tentei pegá-lo, mas o danadinho pulou entre as rodas da frente e se enfiou dentro do motor...
Minha amiga garantiu que não daria mais para pegá-lo, pois o capô estava emperrado e não abria...
E ainda ligou o motor, sem saber que isso poderia matar o filhote.
Por causa disso, duas almofadinhas ficaram com bolhas de queimaduras.
O capô realmente parecia emperrado... Mas depois de algum tempo tentando (e umas cassetadas ), consegui... E lá estava ele... Pretinho, sujinho, todo empoeirado, em cima do motor...
Imediatamente soube que ele seria meu. Soube desde a primeira vez em que o vi.
Mas eu já tinha os outros três, e minha mãe não queria nem ouvir falar em mais um... Sem contar a situação financeira... Mas mesmo assim resolvi arriscar. Jamais o deixaria ali.
Assim que o peguei no colo, Francisco Manuel revelou-se o mais meigo dos gatos... Ronronava feliz, dava cabeçadinhas no meu queixo... Ah, ele era o meu gato ! Aquele que sempre quis, que me tem adoração, enviado por Deus como um presente dos anjos !
Quando cheguei em casa, minha mãe ficou de nariz torcido, lógico.
Mas em dois dias já estava caída pelo novo neto...
Mordedor, atrevido, mas inteiramente meu. Meu bebê grandalhão que chupa meus cabelos molhados.
Somos muito felizes por tê-lo por aqui. Os irmão mais velhos, bem... Esses não gostaram muito da novidade...
O Chico é um belo gato, o líder absoluto e incontestável da tropa.
E agora tem muitos irmãozinhos menores que o seguem por toda parte e são muito amados !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:44 "Aramis De Luminar"

Aramis, o gato mais belo, mais dengoso, mais carente e chorão da casa...
Mais peludo também, nosso querido ouriço !
Sua história é a mais tranqüila, a mais suave, a mais comum. Mas nem por isso menos interessante.
Procuravamos um gato para cruzar com a exigente Trinny. Um macho garboso, elegante, bonito, enfim, um rapaz refinado e de estirpe.
Encontramos esta bela figura em um gatil indicado pelo dono da clínica que freqüentávamos. E lá se foi novamente minha irmã, dessa vez com o firme propósito de que seria um gato cinza, um lindo persa gris...
E quando ela lá chegou... Surpresa ! Qual foi o primeiro filhote que viu ?
Nosso belo Aramis, lindo, pleno, absoluto, cinzento e prateado como os cabelos grisalhos...
Escolhido o pequeno peludão, fomos colocá-los juntos e... Surpresa !
Trinny detestou a novidade... Pobre Aramis, tão cheio de amor pra dar...
Nunca cruzaram, a diferença de tamanho é muita e Trinny teve muitos problemas. Ambos foram castrados.
E o pobre vivia apanhando da brava leoazinha !
Talvez por isso seja tão carente, tão meigo, tão bonachão ! É um gatão extremamente simpático e muito amistoso.
Até hoje não desconfia que é castrado e persegue qualquer menina que entre no cio, e se bobearem, os machos também...
Aramis é maravilhoso e meigo, um gato lindo de viver.
É um comilão contumaz, um guloso de marca maior, e gourmet !!! Adora coisas exóticas, como tomate seco, rúcula, barra de cereais...
O único ponto fraco são os longos pelos, que somados ao seu bom humor ao ser penteado, embolam demais e o deixam sempre desarrumado... Mas deslumbrante !!!

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:43 "Trinny De Wish Upon a Star"

Trinny, uma linda persinha vermelha, com muitas histórias e um difícil começo de vida...
Escolhida por minha irmã em uma petshop, em meio a vários filhotes, Trinny desde o início mostrou que nasceu para ser uma estrela. Não é à toa que tem esse nome.
Ao ser apresentada, com seus primos e irmãos, à minha mãe e a minha irmã, foi logo pulando no colo dessa última e esfregando a cabecinha na mão dela...
Claro que foi a eleita ! E olha que queríamos um filhote branco... Que não veio... Não naquele dia !!!
Tudo parecia muito bem com a bolinha de pelos faiscantes de sol, mas... Logo nos primeiros dias, notamos algo estranho. Quando evacuava, formava- se algo anormal. Era um prolapso.
Ah, que desespero marcou nossas vidas neste período ! Parte do intestino saiu, e ela teve que ser operada,para consertar o estrago.
Com os pontos e a dor, aquela pequena gatinha teve prisão de ventre.
Tivemos que fazer lavagens, dar laxantes, comida líquida por vários dias...
Graças à Deus, ela se recuperou bem. Mas sempre teve a saúde mais frágil entre todos os outros.
Teve rinotraqueíte, infecção nos olhos, fungo, tênia, um dente rachado...
Com apenas dois anos, teve que extrair tártaro e teve gengivite. Os olhos escorrem sem parar, e o narizinho vive fungando. É terrível para comer e nos faz ter que estar sempre de olho em seu peso.
Por causa disso, a chamamos de gata Top Model... E também por adorar usar
lacinhos, coleiras e lacinhos em geral...
Mas apesar dos problemas, nossa pequena ursinha é a gata mais sapeca que já conheci ! Danada, atrevida, mimosa e querida... Muito dada, aconchegante,
espevitada... Um urso em forma de gato !
Ela mora com minha irmã, dona dela, mas está sempre presente no meu coração...

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:42 "Frajola Berlioz - Um Leve Sopro de Brisa"

Frajola foi um anjo que passou rápido em nossas vidas, um sopro de brisa leve de primavera.
Nós o encontramos em outubro de 1998, quando já tinhamos conosco a primogênita Mel.
Desde o início, a sua história foi dramática. Estávamos na varanda do apartamento, quando vimos no pátio do prédio em frente uma coisinha preta e branca que miava muito.
Ao mesmo tempo em que o vimos, vimos também o porteiro do prédio andando em sua direção com uma pá... Apavorados e sem pensar, começamos a gritar, e minha irmã desceu o mais rápido que pode, a fim de evitar a tragédia que julgávamos iminente.
Entretanto, o homem só estava carregando a pá para um monte de cimento que havia na lateral do prédio. Mas viu o gato e o colocou em cima do muro, que era bem alto. Enquanto isso, estávamos todos torcendo para que minha irmã chegasse logo até lá.
O gato desceu do muro, e quando viu, o porteiro o pegou e levou para a casa do lado, tentando enfiar o bichinho por entre as grades do porão.
Sabíamos que ninguém morava ali, e que ele morreria com toda certeza. E minha irmã atravessou a rua correndo, tomando o gatinho das mãos do homem e trazendo-o para casa.
Não pensavamos em ter mais de um gato. Aliás, já tínhamos tentado por duas vezes trazer outro gato, mas em uma das vezes a Mel quis matar a gata que
t rouxemos, e na outra... Bem, a outra pareceu coisa de filme, era um gato enlouquecido que correu pela casa atrás de mim e da pequena Mel (apavorada) para nos morder.
Mas estranhamente, assim que viu Frajola, Mel não esboçou nenhuma reação agressiva; ao contrário, pareceu gostar dele. Consideramos isso um bom sinal e resolvemos ficar com o gatinho... Que era lindo, peludo, meigo, um amor, o gato dos sonhos de qualquer um.
No entanto achei estranho o jeito dele respirar, arfando. No dia seguinte o levamos em uma clínica veterinária diferente da habitual, onde ele foi examinado e a veterinária nos assegurou que ele tinha a saúde perfeita, apesar de ter deixado escapar durante o exame que parecia ouvir o coração dele bater com mais força de um lado... Como ela me garantiu que não era nada, não me preocupei.
Oito dias depois, eu estava de volta à clínica, desesperada. De repente, o pequeno Frajola, que brincava com seus brinquedos, começou a miar e deitou sem forças no chão, e em poucos minutos ( o tempo em que me arrumava ), deixou até mesmo de miar, conseguindo apenas abrir a boquinha como num pedido desesperado de socorro. Eu via que ele estava sofrendo, via a dor naqueles olhinhos... Foi horrível, a pior coisa que já me aconteceu.
Cheguei com ele na clínica por volta das 10 da manhã. Saímos de lá com ele perto das 10 da noite, sendo que durante todo esse tempo ele foi espetado, radiografado, examinado de todo jeito, virado para cima e para baixo, tomou soro, foi anestesiado, enfim, tudo se fez com meu pobre anjinho e não se chegou a conclusão nenhuma.
Se houve má fé, um tremendo azar, ou simplesmente foi um erro grosseiro por parte de uma veterinária totalmente ignorante em matéria de felinos, não sei. Infelizmente me pareceu mais ter sido esta última hipótese.
Ao fim de tantas horas de sofrimento, nas quais ele certamente sofreu muito mais do que qualquer criminoso mereceria, horas nas quais eu chorei, gritei, solucei, me desesperei por não ter como ajudá-lo, por não ter dinheiro, por não ter poderes para curá-lo... Depois de tudo isso nos mandaram para casa, porque não havia como deixá-lo ali...
E meu Frajola, meu bebezinho amado, meu gatinho tão doce e tão bom, morreu dentro do táxi que nos trouxe de volta, na porta de casa...
Não dá para descrever a dor que eu senti. Não dá para descrever como foi aquela subida trágica para o apartamento, com aquele corpinho tão querido ainda quente em meus braços. Não dá para descrever a mágoa, a decepção, o sofrimento pelo sofrimento dele... E por não ter sido capaz de salvá-lo. Somente quem já amou assim e já sofreu assim sabe do que estou falando.
O sofrimento foi tamanho, que resolvi que jamais pegaria outro gatinho na rua... O que evidentemente não aconteceu. Mas antes disso, veio Trinny.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 22:40 "Mel Karamell Von Kratts"

Mel, minha primogênita querida, minha tigresa, um presente eu veio salvar minha vida !
Era o dia 2 de abril de 1998. Voltando para casa, após um lanche no Mac Donald's, ouvi um miado fino e desesperado logo atrás de mim.
Nem tive tempo de me virar. Fui agarrada. Senti uma criaturinha pequenina
grudando no meu pé. Virei e olhei.
Era um gatinho feio, orelhudo, barrigudo, magro... Fedido, sujinho... Mas tão pequeno e sozinho que cortou meu coração. Estava frio, tinha chovido...
Me abaixei e peguei o bichinho. Imediatamente ele se agarrou na minha mão com as quatro patinhas. Cabia inteiro na palma.
Como havia uma casa que era sede de um sindicato perto, levei o gatinho pra lá. E vi que havia outro filhote dentro. Tentei colocá-lo pra dentro, mas o bebezinho sempre voltava e se agarrava na minha mão com as quatro patinhas.
Desesperada, tentei subir no muro, entrar na casa, pegar o outro bebê, que pareceu doentinho. Mal e mal se movia. Mas nada consegui. Apareceu um segurança querendo saber o que estava havendo. E disse que ali não morava gato nenhum. O que não foi uma grande surpresa... Mais um caso de abandono... Que ódio senti !
Sem saber o que fazer, e com aquele filhote minúsculo agarrado na mão, decidi enfrentar a situação de frente. Levei-o pra casa, mesmo sabendo que minha mãe não queria gatos, e que meu pai não era nem um pouco simpático a esses animaizinhos...
Claro que foi dificil ! Ninguém queria o gatinho... Por aquele dia...
No dia seguinte, para minha alegria, tudo estava mudado ! A pequena Mel (soubemos depois que era uma menina ) mudou cabeças e transformou toda a família em servos apaixonados...
E apenas alguns dias depois, iniciou-se para mim uma fase pessoal difícil, que só pude superar muito por causa dela... Da sua companhia, do seu apoio, do seu amor incondicional... Da necessidade de cuidá-la e amá-la...
A pequena gatinha orelhuda teve sarna, não sabia comer, não brincava muito... Demorou muito tempo pra aprender a pular. Tomou mamadeira por alguns dias, depois ração umedecida, os dentinhos nasceram todos, e virou uma tremenda comilona !!! Ficou feia, sem pelos... Mas desde então, nunca mais ficou doente.
Essa história aconteceu há quase seis anos. Devo minha vida à minha linda tigresa, listrada de marrom e preto, de peito branco e grandes orelhas, narizinho manchado de molho, dos olhos verdes profundos de uma inteligência sem par...
Por ela surgiu o Planeta Gato, por ela entrei em uma lista que me mostrou a vida de ângulos diferentes e me tornou uma pessoa enriquecida, com muitos amigos humanos e felinos.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 04:47 "O Primeiro Gatinho"

ou como a família Porto rendeu-se ao charme felino

Foi em outubro de 97.
Ele se chamou Dudu, e por incrível que pareça, não fui eu quem trouxe. Verdade seja dita, eu não simpatizava com gatos nessa época. Achava lindos, fofos e tudo mais mas... Tinha medo !!! Isso mesmo, medo de suas unhinhas...
Fui criada com gatos desde pequena, na casa da minha avó. Ela sempre os teve. Eu agarrava, brincava, carregava pra lá e pra cá os filhotinhos que sempre nasciam das gatas ( que naquela época não eram, obviamente castradas - isso não se usava ).
Mas na idade adulta... Não sei, me tornei medrosa, detestava me machucar, e achava que gatos eram um perigo com aquelas garras enormes e afiadas.
E chegou Dudu, trazido por... Meu pai, uma criatura que definitivamente não apreciava gatos, que achava animais falsos e sem nenhum apego ao dono...
Dudu era todo branco, com rabo tigrado e mancha tigrada pequenina no alto da cabeça.
Claro que minha mãe implicou, e disse que ele não ficaria de jeito nenhum. Bem, minha irmã namorava na época um rapaz cuja mãe não gostava de gatos. Ficou acertado que o gato seria dele. Mas... A casa dele estava em obras, então o gato ficaria hospedado na minha casa por três semanas.
Nessas três semanas, ele foi mimado, acariciado, carregado... Eu me aproximei, embora ainda com medo... E ficava encantada com o seu miadinho fino, e colocava a comidinha, e dava água, e trocava o jornal ( sim, nós não sabíamos que existia areia para gatos, muito menos que eles usavam areia ).
Exatas três semanas depois, o pequeno Dudu partiu... Embora não da maneira que esperávamos. Ele morreu subitamente, inexplicavelmente... Não tinha nada aparente. Estava esperto, bonito e perfeito. Mas se foi, no mesmo dia em que iria embora.
Não dava pra negar - ele tinha que ser nosso.
Todo mundo chorou naquela noite. Todos ficaram arrasados.
Por muito tempo me perguntei o porque dele ter entrado em nossa vida, o porque de ter partido quando já amavamos gatos... Seis meses depois, descobri. Veio a pequena Mel, seguindo o caminho que Dudu abriu em nossos corações.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 04:42 "A Marca de Uma Pata Impressa no Coração"

Pixoxó era uma gata linda e boa, que marcou o começo de meu gosto por gatices.
Eu tinha cerca de 6 anos, e ela era a gata da minha avó. Era uma escama maravilhosa ( gata feia, diziam os desavisados ).
Pixoxó era rueira, safada e desavergonhada, como todas as gatas de seu tempo. Um tempo de gente incauta e ingênua, que achava que os gatos deviam todos ir cuidar de sua vida pelas ruas, e que o mundo não oferecia maiores riscos que uma gravidez indesejada. O que era perfeitamente contornável, afinal, sempre se tinha uma casa ( de preferência, velha ), onde havia uma senhora ( quase sempre velha também ) que adorava gatos e catava todos.
Ela vinha para casa como se fosse para um hotel. Comia, bebia, deitava e rolava, brincava com as crianças, ronronava, se aconchegava e dormia o sono dos justos.
À noite, simplesmente sumia. Ia paquerar, passear, viver sua vida de gata de telhado. Aparecia arranhada, suja, radiante, danadíssima, cheia de graça.
Claro que vez por outra também aparecia com a barriga cheia de filhotes, misteriosamente plantados dentro dela por algum gato "sem vergonha, viralata, aproveitador". Os ditos cujos apareciam aos montes no telhado do quintal, torturando os vizinhos com longas sinfonias de amor. Tempos gloriosos, aqueles.
Minha mãe dizia pra ter cuidado, "eles são traiçoeiros"; meu pai dizia "gato arranha !!!" A filha deles, teimosa que só, já desde pequena gostava de desobedecer e não dava muita bola pra conselho de ninguém que não fosse ela mesma, então... Pegava no colo, agarrava, passava a mão, alisava aquele pelo curtinho e macio, gostava de ver a gata brincar com as unhas tentando pegar sua roupa.
Quando os filhotes nasciam, era uma maravilha. Deslumbrantes olhar aquelas minhoquinhas coloridas de boquinha rosada fazendo miiii... Como eram pequenos, como eram frágeis, como podia ? Será que não quebravam ? Será que dentro deles era igual à gente ? Será que Deus também tinha mandado um anjo trazer a alma deles ? Engraçado como aprendiam tudo tão depressa, como mamavam, como eram rechonchudos, quentes, macios.
A vó não deixava mexer nos gatinhos bebês. "Fica molinho e morrem", dizia. A vó não gostava que morressem. Meu olho espantado de criança viu uma vez quando um morreu logo depois de nascer. Viu o destino que lhe deram, destino inglório, como se fora um peixe de aquário ( eu tinha peixes, e eles morriam muito, sendo imediatamente despachados cano abaixo - "o corpo da gente é só uma casquinha" - dizia o pai ). Nunca me esqueci daquela coisinha amarela indo embora, tão rápido, tão cedo, tão breve ( porque Deus faz morrer os gatos e as crianças quando nascem ? porque deixa nascer ? ).
Mas quando os gatinhos cresciam e começavam a andar, era a glória. Pixoxó era uma gata muita dada, e não parecia querer ter muitas preocupações com aqueles pequenos seres miantes. Sumia, desaparecia, passava dia e noite nos telhados da vida. Alegria para mim. Ela não ligava se tirasse os gatinhos das tetas para brincar. Não ligava se eu os pegasse no colo ( apesar da vigilância da avó, que com certeza achava que a neta era muito pequena e faminta e ia comê-los com batatas ). Era uma delícia.
Os gatinhos andavam tão bonitinho, corriam um atrás do outro, mordendo seus rabinhos, pulando, dando saltos lindos. Brincavam com as bolinhas de papel que eu fazia, vinham atrás do potinho de leite ( ps ps ps ps ps ps, ensinava a avó a chamar os gatinhos ). Minha avó tinha uma fruteira de plástico azul semelhante a uma pequena jaula, que abria em cima. Era a bolsinha de passeio. Lá iam os gatinhos para feiras e chás imaginários. Passeavam por todas as ruas de Paris, visitavam Narizinho no Reino das Águas Claras ( ok, eu era mesmo maluquinha, e ainda sou ). Gatinhos viajados e sabidos.
Tão viajados e sabidos que um belo dia, pluft !!! Sumiam. Resolviam que iam sair pelo mundo, na certa. Pena que o mundo era tão perto como a casa velha da velha ( maluca, naturalmente ) que adorava gatos.
Pixoxó não ligava muito pra isso. Vivia sua vida de gata que comia sardinha em lata com arroz e dormia numa caixa velha. Andava, passeava, comia, dormia, ronronava no colo. Pixoxó era maravilhosa. Era minha paixão de criança. Uma menina que queria gatos, mas cuja mãe não queria bicho andando dentro de casa.
Infelizmente, como muitos gatos de seu tempo inglório, ela veio encontrar a morte debaixo das rodas de um carro. E deixou dentro de mim uma marca profunda, que eu jamais esqueceria. A marca do gato. A marca de uma pata impressa no coração.

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[ Europe/Lisbon ] 2004/03/12 04:39 "História Breve.... Digamos, Uma Introdução"

Em abril de 98, fui encontrada em uma noite chuvosa por uma coisinha tigrada miúda e maltratada, suja e orelhuda, com cerca de 45 dias, que chamei de Mel.
Ela foi a primeira filha, super mimada e adorada acima de todas as coisas ! Em pouco tempo se tornou uma gata enorme, gorda, voluntariosa, uma gata de atitude... Atitude puramente felina.
Mel abriu passagem para outros tantos gatos, outras tantas vidas que se tornaram uma parte fundamental da minha. Filha mais velha, hoje com seis anos, continua ocupando um lugar muito especial no meu coração.
Quando tinha seis meses, encontrei em frente de casa um pequenino petibanco, Frajola Berlioz. Mas ele estava doentinho e não viveu muito tempo... Partiu deixando muita saudade.
Desinformada que eu era, comprei um casal de persas para lhe fazer companhia, Trinny e Aramis. Ambos muito amados, Trinny, a amarelinha, hoje mora com minha irmã e Aramis, meu belo gato cor de prata, continua comigo.
Dois anos depois, estava no trabalho ( sou diretora de escola ) quando vêm me falar que havia um gato dentro do motor de um carro no estacionamento... E lá veio, depois de mais de uma hora de sufoco, o pequenino Francisco Manuel, petibanco danado, hoje transformado no líder legítimo da tropa.
Chico crescia e mordia, e muito ! Falta de quem brincar... Então, da casa de uma amiga, veio Ana Clara Esperança, siamesinha, minha princesa dos olhos azuis.
Outra amiga precisando doar e... Lá veio o paulistinha Victor Valentim, sialata abandonado ao nascer que foi adotada por uma gata dela, único sobrevivente entre seus irmãos.
O ano já era 2002 e eu estava em vias de me mudar para minha própria casa. Outra amiga tinha adotado um pretinho tirado do Campo de São Bento, mas ele detestava a boxer dela. Resultado... Mais um membro da tropa, o meigo Benjamim Blue.
Duas semanas depois, ouço miados em uma casa abandonada ao lado do meu prédio... Meu irmão, eu e minha mãe em polvorosa, descobrimos uma ninhada de cinco filhotes. Doei dois, e três ficaram comigo, o tigrado Lucca Gabriel, a tigrada e branca Aysha Bella e a branquinha com manchinhas tigradas Alyssa Bella.
Então já éramos nove, e mudei para a nova casa, que os gatos adoraram.
Comecinho de maio, o CCZ invade o Campo de São Bento. Fui lá protestar e encontrei uma bolinha peluda largada entre as barracas dos camelôs. No dia seguinte, uma amiga de Niterói a trouxe para mim. Mas não eram uma, eram duas !!! Minhas bebês repolhinhas, as peludas Paloma Picasso e Pandora Inês.
Resolvida a ter a escaminha que sempre quis, adoto Thalia Thirteen, que para minha tristeza partiu para o lado do Grande Gato apenas nove dias depois... Desconsolada, ganho da amiga Ana o azul e levado Pablo Neruda, abandonado há poucos dias.
Felicidade... Em outubro chega Felicity Mayfar, petibanca encontrada em uma rua movimentada de Copacabana. Um irmãozinho tinha sido levado, outro morreu atropelado. Sobrou minha pequenina, que até tentei doar mas confesso que com pouquíssimo esforço... ;o)))
Um dia depois de decidir que ela ficava, adoto a tão sonhada tricolor, Margareth Mieux, mas era tão pequenina e tão boa, que não poderia mesmo pertencer a esse mundo... Ela se foi como um anjo pequeno, e na tentativa de compensar sua perda, adotei seu irmãozinho, Pêssego Sweet, que tinha "sobrado" e a essas horas provavelmente estaria em um abrigo. Sortudo, ele é um dos gatos mais adorados pelos irmãos, muito carinhoso, um bonachão...
No Natal, a amiga Cecilia me presenteia com a belíssima Trica Lee, uma tricolor mestiça de persa que tinham abandonado com seis filhotes, maravilhosa, linda e doce.
Em janeiro de 2003, visitando a amiga Dagmar, me encanto com o pequenino Giuseppe Garibaldi, um belo pretinho básico, e o adoto. Dois dias depois, meu irmão em pânico encontra a estonteante Nikita Pikachu, uma tigrada prateada e branca, verdadeira schnauzer felina... :o)))
Família enooorme, mesmo assim meu coração balança com os encantos da super carinhosa Lauren Belatrix, que estava para adoção. Trago para casa, e ela é a melhor companheira, amorosa em todos os momentos...
Tudo estaria perfeito, mas... Minha irmã descobre uma gata grávida, e, ao tentarmos encontrá-la, descobrimos uma colônia de uns 10 gatos... Dias de tentativas e capturo Yan Julien, filhote tigrado de uns cinco meses, e sua mãe, Luciola Annya, que pensávamos estar grávida mas eram vermes mesmo.
Ufa, quanta gente !!! Não era pra entrar mais ninguém, mas...
Vou pegar um filhote na casa de uma amiga para minha irmã adotar, e trago dois, hehehehe... O intelectual Pushkin para ela, e o branquíssimo Anakin para mim... Meu gatoelho !!!
Dias depois... Bem em frente ao meu prédio, por volta das 4h da manhã, aparece uma criatura branca de pelo espetado, magro e feioso, parecendo um duende. Descemos eu e minha irmã, minha mãe e irmão vigiando da janela... E depois de muito custo capturamos o hoje lindo e gorducho Maiakovski, que também ficou com minha irmã.
Não satisfeita, vou trabalhar em uma exposição de gatos com minha amiga Lucy e... O que encontro num stand de doação ? Uma escaminha diluída, com um dos olhinhos opacos, com uma lesão de córnea... Ah, o amor... Quando se instala, é fogo !!! E chega Yasmine Shadow... :o)))
Em maio, meu aniversário, ganho de presente as gêmeas persinhas Ômega e Órion, pretinhas fumaça que vi nascer.
Em agosto, trago para casa Charlotte Brevè, persa tricolor abandonada em petição de miséria, com o pelo encaroçado e machucados por baixo. Mas é linda e boa, e logo estará integrada...
Como a inveja mata, em duas piscadelas minha irmã encontra um bebezinho preto com a pontinha do rabo cortada, cheio de marcas de unhadas de gente. E eis que chega Othello, meu sobrinho !!!
Setembro chega, e com ele um amigo da minha irmã, o Flávio, decide adotar dois gatos. Trago para casa Babette e Jean-Louis, que ficam comigo dois meses e... Acabam ficando. Ela, escama diluída como Yasmine, ele um belíssimo gato coral e branco.
Em outubro, infelizmente, minha amada amiga Inês parte para o lado de Deus, e resolvo adotar suas duas filhotas mais velhas: a balinesa Nikita e a tricolor Debbie, então com 10 e 15 anos.
Não era para chegar mais gente, mas... Logo no segundo dia de dezembro, abandonam cinco bebezinhos de apenas 17 dias na quadra da escola, que criei e dos quais acabei ficando com dois, Oleg, pretinho com lesão na córnea, e Ninochka, banca e preta linda, e minha irmã com mais três, o doce petibanco Noel, a exótica Mythoa, branca e preta com um olho verde e o outro azul, e a pequenina Bastet, pretinha rechonchuda e a quinta e menor da ninhada.
Encerrando minha saga felina, com chave de ouro, em fevereiro desse ano chegou minha criança mais desejada, meu sonho dourado, o bengal Kayin Abayomi.
Meus bichos são o que tenho de mais precioso, e eu nada seria sem eles. Agradeço a Deus todos os dias por tê-los comigo.

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Autor:
clauporto (Claudia Porto )

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