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"Meu nome é Munda... BLImunda"

[ Europe/Lisbon ] 2005/05/13 16:38 "Já estou livre!!!"

Já não ando vestida como as pessoas!!! Yupiiiiiii!!! A mamã finalmente tirou-me aquela farpela ridícula, diz que o meu pêlo já está a crescer bonito (não sei, não consigo ver). Não sei se conseguem ver a minha pelada na foto que a mamã me tirou... Sinto-me aliviada!!! O meu pelinho lindo está outra vez à mostra e não aquela coisa horrorosa!!!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/05/03 15:46 "A indignidade continua..."

Estou tão triste... nem tenho grande vontade de brincar... a mamã bem brinca comigo, mas eu dou umas patadinhas no brinquedo e pronto! A Ísis e a Isolda fartam-se de correr uma com a outra e eu mal me consigo mexer, quanto mais! Quando é que isto vai acabar?!!!

No sábado consegui mais uma vez livrar-me sozinha da barreira invisível. Estive horas livre, foi tão bom!!! A mamã esteve muito tempo fora de casa, por isso pude andar à vontade durante montes de horas. Decidi fazer a minha higiene completa, coisa que já não fazia há algum tempo. Lambi a minha pelada, que tinha umas coisitas, e comecei a ter muita comichão. Tanta mas tanta que não consegui deixar de coçar com toda a força, com muita muita força. E senti a pelada das minhas costas a arder muito.

Quando a mamã voltou com o papá exclamou logo:

- Ai ai ela tirou o colar outra vez!

Veio logo atrás de mim para mo tornar a pôr, e eu fugi. Mas como sei que ela me consegue apanhar, encolhi-me toda no sofá e deixei-a pôr-me aquilo outra vez. E ela:

- Oh Blimunda, a tua ferida já estava praticamente sarada, eu já te ia tirar o colar e tudo, olha o que tu fizeste!!! David, olha, até sangue fez! Até se vêem as marcas das unhas...

Pôs-me uma coisa molhada na ferida que ardeu muito e tornou a pôr a barreira.

No dia seguinte apareceu com umas coisas esquisitas que cheiravam a outros gatos. E não é que me vestiu uma delas? Ainda por cima o papá esteve um tempão a agarrar-me enquanto ela punha aquilo mais apertado à volta do pescoço. E agora é esta a minha figura ridícula!!!!!!! Vejam só!! Pareço uma pessoa, tem algum jeito?!!! Até me custa mexer e tudo... Que chatice, não há direito! Quando é que vou ficar livre das torturas? E ainda por cima tive de ouvir a mamã e o papá a rirem-se de mim quando eu tentei lamber a ferida e me desiquilibrei e caí para o lado...



Miaus resmungões da Blimunda.



P.S.: A única coisa boa disto é que a mamã me está sempre a dar miminhos... Isso é bom!!!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/04/22 18:57 "O mundo do avesso"

Eu não sei muito bem o que se tem passado nestes últimos dias, mas é muito esquisito. No outro dia a mamã e o papá agarraram-me e estiveram um tempão às voltas com qualquer coisa perto da minha cabeça, mas eu não conseguia ver o quê. Depois a mamã pôs-me no chão… e eu não conseguia andar como deve ser! De repente foi como se uma barreira se pusesse entre mim e o mundo, com os bigodes não sentia nada, e ia contra tudo. A cada passo uma barreira invisível impedia-me de avançar.
Bem, inteligentíssima como eu sou, foi só pensar um bocado. Quando a barreira invisível me impedia de andar, cedo aprendi que tinha de recuar ligeiramente e chegar-me para o lado antes de avançar.

Mas sinto-me tão estranha, a barreira invisível impede-me de me lavar, de comer como deve ser, de beber sem me molhar toda. E vejam só, a mamã a cada passo esfrega-me o… o… pois… o… sim senhor… (ai que vergonha) com qualquer coisa molhada, diz ela que é para me limpar, já que eu não consigo.

Já me consegui libertar da barreira invisível duas vezes, mas de ambas as vezes a mamã agarrou-me e tornou a pôr-me a dita! *suspiro*

Quando… oh, quando… me irá ela libertar desta barreira?!!!!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/04/11 12:35 "Blimunda, a gata pelada..."

Bem, espero que estas visitas ao veterinário tenham acabado de vez, senão vou ficar muuuuuuito chateada!
A mamã levou-me lá no sábado, e escusado será dizer que não gostei nada... protestei o caminho todo, encolhi-me a ver se ele não encontrava o meu cachaço para me dar a pica (não funcionou... :( ), e por fim a mamã trouxe-me de volta! Agora espero não voltar lá tão cedo.

Tias que perguntaram, eu não sei bem o que me caiu em cima, a mamã também não, mas só sei que fiquei com uma grande pelada nas costas e que me fez muuuuuiiiiita comichão. Mas agora já não faz!

A mamã já disse que quando for pintar nos fecha a porta! Um mal nunca vem só...

Até à próxima!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/04/08 13:15 "Não há paciência!!!!!!!!!"

Desculpem, mas alguma coisa vai ter de mudar por aqui e rapidinho!!!!!! Isto NÃO HÁ PACHORRA!!!!!!!! Hoje fui outra vez ao vet, aquele ser sinistro, maléfico, aterrorizador… Não, definitivamente não há paciência, a mamã vai ter de aprender a fazer as coisas melhor!

Quer dizer, a mamã põe-se a pintar umas coisas esquisitas (parecem gatos em miniatura, mas o cheiro não tem nada a ver… mais um caso para a minha inteligência!) , não nos deixa ver, passa o tempo todo a afastar-nos e etc. Ontem, passei por perto dela e senti qualquer coisa a cair no meu cachaço! Pois não liguei e ela não se deve ter dado conta. Ela depois desapareceu (como sempre, passa a vida fora de casa… vadia!) e só voltou passado muito tempo. Entretanto comecei a sentir muita comichão e, por mais que coçasse, não passava! Até fiquei irritada de tanta comichão, corria dum lado para o outro a tentar livrar-me daquilo! Que desespero!

Eis que a mamã volta, com o “papá” (pffff), e quando eu fui ter com eles perguntar se aquilo eram horas de chegar a mamã disse:

- Blimunda, o que é isso?!!!!! Que grande pelada!

Avançou para mim a tentar agarrar-me, mas eu, irritadíssima com a comichão, fugi dela e não a deixei agarrar-me! Comecei a ouvi-la dizer ao papá:

- Que chatice, amanhã vou ter de a levar ao veterinário. Só espero que não seja tinha ou outro fungo!

E o papá:

- Mas isso não se pega às pessoas também?

- Pois, e às outras gatas...

Bom, como a mamã acalmou e deixou de me tentar agarrar, eu sosseguei… e foi aí que ela me agarrou! A Ísis já me tinha avisado que ela faz coisas à traição, mas eu por acaso nunca tinha reparado. Ontem reparei, e como. E hoje ainda mais! Vem toda falinhas mansas, Blimundinha p’ràqui, Blimundinha p’ràli, e pumba, agarra-me!

Resumindo: ontem à noite pôs-me uma coisa muito mal-cheirosa e ainda mais mal-saborosa naquilo. Pois, eu comecei logo a lamber a tentar tirar, e bleargh, sabe mal como tudo! A comichão não me deixou a noite toda! Que desespero!!!!!!
Hoje de manhã veio daquela forma melosa, agarrou em mim e enfiou-me dentro da caixa! Desculpem, mas fiquei furiosa! Eu quase me borro de medo daquele humano de bata branca, e algo me dizia que era lá que ia!
Bem, ainda tentei miar a dizer “Não quero ir, não quero ir!!!!!” mas a mamã não ligou nenhuma. Enfiou-me na caixa barulhenta com rodas e lá fomos nós! Quando lá chegámos não estava ainda o humano maléfico, estava a tia Adelaide, que até é simpática e não me mete medo (não é ela que me faz mal, limita-se a agarrar-me!).
Passado uns minutos, toda eu tremi de medo quando ouvi a voz do humano malévolo dizer duas sinistras palavras:

- Bom dia!

Tentei esconder-me o melhor possível no fundo da caixa, bem tentei escavar e fugir quando ouvi aquela voz, mas não consegui.
Duas mãos aterrorizadoras (as do humano de bata branca) tiraram-me da caixa, deram-me DUAS PICAS e depois… o humano sinistro disse à mamã que amanhã me quer ver outra vez…

Quer dizer, a culpa foi dela, foi aquela gota que caiu em cima de mim, e eu é que sou enfiada dentro duma caixa, tirada de lá à força, espetada duas vezes, e tudo por um humano terrível, sinistro, o ser mais assustador que existe!!!!! Definitivamente, não há paciência!!!! Será que ela gostava que eu a enfiasse numa caixa e levasse para um sítio, com um gato branco sinistro e, uma vez lá, a tirasse da caixa à força e a entregasse ao gato para lhe espetar duas unhinhas? Grrrrrrr........ Estou zangada!

Até à próxima!

P.S. : Já tenho menos comichão.

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[ Europe/Lisbon ] 2005/04/01 14:32 "O meu território"

Faz hoje três anos que eu e a Isolda nos mudámos para o meu território.

Estar aqui é muito agradável. Temos comida a tempo e horas, ainda que a mamã por vezes não cumpra as suas obrigações na perfeição, pois nem sempre temos comida no momento exacto, isto é, imediatamente ANTES de sentirmos fome. Os caixotes são mantidos limpos, apesar de a mamã às vezes se desleixar um bocadinho e eles ficarem a cheirar mal mais do que dez minutos depois da utilização que os deixa em mau estado. Também temos sempre água, as nossas camas (isto é, todos os sítios quentinhos e confortáveis da casa...) são muito boas e apetecíveis e temos sossego suficiente para dormir à vontade.

No início éramos só as duas mais a mamã e assim foi durante muito tempo. Foram tempos muito agradáveis e nós só não gostávamos quando a mamã desaparecia durante muito tempo e não estava em casa para nos dar de comer sempre que nós queríamos. Algumas vezes ela desaparecia durante muito tempo e vinham cá as tias dar-nos comida. Quer dizer, nós gostamos das tias, elas brincam connosco, e sempre que cá vêm fazem-nos muitas festas, mas o que nós realmente gostamos é quando a mamã está em casa. De preferência deitada no sofá, porque ela faz uma cama muito confortável e quentinha. Já há muito tempo que a mamã não desaparece assim, e nós esperamos que não o torne a fazer! Quando ela o faz, às vezes andamos à procura dela pela casa toda. E miamos a chamar por ela. E mandamos coisas ao chão, a ver se ela vem ter connosco. Fui eu aliás que ensinei esse truque à Ísis, que o aplica com perfeição. É a melhor maneira de a mamã fazer alguma coisa que nós queremos que ela faça, como dar-nos de comer... ou dar-nos de comer... ou ainda, dar-nos de comer!

Uns tempos depois de chegarmos aqui, começámos a andar muito inquietas. Sentíamos uma vontade muito esquisita, que não sabíamos explicar. Só miávamos, miávamos, miávamos, nem fome tinhamos e ficámos magrinhas.. A Isolda dizia que não sabia porquê, mas sentia uma grande vontade de fazer chichi em todo o lado menos no caixote. E, por qualquer razão, a cama da mamã era o melhor sítio. Lembro-me de a mamã se queixar que não se conseguia mexer como deve ser porque lhe doíam as costas por estar sempre a lavar e passar a ferro os lençóis, e limpar o colchão... E de dia a porta do quarto estava sempre fechada, só que assim que a Isolda via a porta aberta, ia lá e fazia chichi! Pobre mamã!

Um dia a mamã não nos deu de comer durante muitas horas. No dia seguinte de manhã meteu-nos na caixa e voltou connosco àquele lugar sinistro chamado VETERINÁRIO. Até tremo só de pensar nisso. Brrrrr!!!!! Deixou-nos lá e foi-se embora. FOI-SE EMBORA!!!!!!! Normalmente lembro-me bem de tudo, mas dessa vez, não sei porquê, adormeci profundamente pouco depois de lá chegar. Talvez estivesse muito cansada. A Isolda disse que lhe aconteceu o mesmo. Quando acordei a Isolda já estava acordada e disse que estava muito mal disposta. Que não se conseguia mexer. Eu também não. Fiquei muito preocupada. Estávamos com frio e doía-nos terrivelmente a barriga. Ficámos ali paradas à espera que a mamã voltasse, e ela voltou!
Regressámos dentro da caixa para casa. Bem, estávamos extremamente enjoadas e não conseguíamos andar. A mim doía muito a barriga. Toda eu me sentia mal. A mamã então pegou em mim e esteve muito tempo comigo deitada nas suas patas dianteiras, a fazer-me festinhas. Soube-me muito bem.
Nessa noite, como não conseguia subir para a cama dela, a mamã fez-me uma caminha à beira dela, no chão, onde eu dormi toda a noite. Só comemos no dia seguinte, porque quando chegámos vinhamos tão enjoadas que vomitámos as duas! Bleaghhhh!!!!!! Só a lembrança me deixa enjoada outra vez. Não nos voltou a acontecer, mas eu confio cada vez menos naquele humano de bata branca e sempre que lá vou encolho-me toda a ver se ele não me consegue mexer (infelizmente não costuma funcionar...)

A barriga doeu-me durante algum tempo e a mamã todos os dias passava lá duas coisas molhadas, num sítio de onde inexplicavelmente desapareceu o pêlo todo. Um dia, estava eu a lamber-me com todo o cuidado, apercebi-me dum fio. Aquele fio não estava ali a fazer nada, por isso comecei a puxar. Fazia-me sentir uma impressão esquisita, mas não doía. Não o consegui tirar porque a mamã viu e não deixou. Mas, uns dias mais tarde, ela estava sentada na mesa com aqueles papéis todos à frente (muito fixe para brincar), e eu estava sentada à frente dela a fazer a minha higiene. Agarrei então o fio com os dentes e puxei. E o maldito saiu, finalmente!!!!!! Não percebi muito bem porque razão a mamã disse “Blimunda, não!” Não me doeu nada, embora o fio estivesse dentro de mim, só com uma pontinha de fora. Depois ela pegou em mim e esteve a olhar para a minha barriga muito tempo. Não percebi tanta preocupação com um fiozinho!

Depois desse dia, por qualquer razão, aquela necessidade inexplicável que sentíamos antes desapareceu. De repente começámos a ter muita fome e a comer muito, principalmente a Isolda. Então a mamã deixou de nos deixar a comida sempre à disposição e a separar-nos para comer, o que eu não gostava nada. E só nos dava comida quando estava em casa, o que não era nada bom, porque ela às vezes demorava a chegar... Ela dizia que nós estávamos de dieta... Pfff, dieta, isso é para as pessoas. Mas mais tarde falo sobre isso, agora tenho de sair do computador, porque a mamã parece que o quer usar.

Até à próxima!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/03/15 13:11 "A mudança"

Já há algum tempo que eu e a Isolda sentíamos que alguma coisa estava para acontecer. Nós gatos sentimos estas coisas. Dá-me a sensação que os humanos não... mais uma prova da nossa superioridade! O que é certo é que, num lindo dia de Abril (por acaso foi no dia 1 de Abril) de 2002, logo pela manhãzinha, a mamã pegou em nós e enfiou-nos sem cerimónia dentro da caixa.

- Veterinário outra vez?!!!!!! Não!!!!! Por favor!!!!!

Levou-nos para dentro do monstro barulhento e lá viémos nós. Ainda tentámos sobrepôr as nossas vozes melodiosas ao ruído do monstro, mas não sei se fomos bem sucedidas... Pelo menos esforçámo-nos muito!

Passado algum tempo a mamã parou o monstro barulhento, e nós vimos que não estávamos no veterinário... pelo menos era um sítio completamente diferente, com cheiros completamente diferentes. Conseguíamos distinguir cheiro a gatos enquanto a mamã nos transportava por um sítio escuro, mas não vimos nenhum.
Por fim entrámos por uma porta e ela pousou a caixa, após o que a abriu. Saímos pata ante pata. O meu primeiro pensamento foi:

- Tanto espaço!!!!!!!!

Afinal na outra casa estávamos sempre fechadas num sítio pequeno... Não é por nada, mas nós já estávamos grandinhas e o território estava a ficar bastante apertado... Aqui só conseguíamos ver que tínhamos montes de espaço.
A Isolda tremia de medo e eu, tenho de confessar, também estava bastante apreensiva. A Isolda foi logo procurar um bom sítio para se esconder e eu fui atrás dela. Havia alguns, nomeadamente debaixo da cama, ou atrás do sofá.

Nesse dia de tarde vieram vários humanos fazer coisas, não percebi muito bem o quê. Esfregavam os vidros e o chão, e outras coisas... Sei que não achei muita piada, às vezes faziam muito barulho, e nós queríamos sossego para explorar o nosso novo território, por isso mantivémo-nos escondidinhas. Isso fez com que a mamã andasse à nossa procura algumas vezes...
Finalmente foram embora, o que foi um grande alívio para nós. Saímos dos esconderijos assim que nos apercebemos que só lá estava a mamã, e estava um grande silêncio. Que bom! Nós gatos não gostamos nada do barulho, mas os humanos parecem gostar muito... Não os entendo!
De noite fomos explorando as coisas com muita cautela e tornou-se óbvio para mim que tinham estado ali gatos, pelo menos dois. A Isolda concordou comigo. Decidimos ter cuidado, não fossem ainda estar por ali... Mas a verdade é que só lhes sentimos o cheiro, nunca os vimos.

No dia seguinte perguntámos à mamã, e ela explicou que a tia Inês tinha passado aqui algum tempo com os seus gatinhos, o Gandalf e a Morgana.

- Lembram-se deles? – perguntou a mamã.

- Não -, miámos nós.

- Blimunda, lembras-te quando eu te levei um gato com muito pêlo para tu conheceres e tu ficaste do mesmo tamanho dele? Esse é que é o Gandalf.

Lembrei-me logo! Safa, nunca tinha visto um gato com tanto pêlo, parecia enorme, avisei-o logo para estar bem quietinho que eu era perigosa... e ele ficou muito admirado, pois eu na altura ainda era pequena e ele já era adulto. E deixou-me em paz, entendeu bem o aviso. Hmm!, sou Blimunda Comaneci, a poderosa!

A mamã passou esse dia fora, talvez para nos deixar tomar posse do nosso novo território em paz, e foi o que fizémos. Sem ela por perto, cheirámos tudo, investigámos cada cantinho do nosso novo território, eu à frente e a Isolda atrás. A Isolda gostou logo muito do sofá, experimentou-o para afiar as unhas e achou que tinha a textura certa. Eu, assim que a mamã me trouxe os postes, comecei a raspar aí, e gosto muito mais. Mas é bom que a Isolda goste do sofá, porque de tanto raspar acabou por lhe abrir um buraco por baixo, que é uma excelente cama e um óptimo esconderijo.

Mas estou a adiantar-me. Nesse primeiro dia pusémos o nosso cheiro na casa toda. Já lá estavam umas coisas com o nosso cheiro, mas a maioria não cheirava a nada, ou cheirava a humanos, e estava aquele cheiro a outros gatos que nos incomodava sobremaneira. Por isso perfumámos tudinho com as nossas glãndulas... Ficou tudo a cheirar maravilhosamente. Acho que a mamã gostou.

Quando ela chegou a casa nós já estávamos todas contentes a correr dum lado para o outro, a gozar o espaço extra, a divertirmo-nos muito! Com tanto espaço, tinhamos de fazer corridas, coisa que na outra casa já quase não conseguíamos fazer.

E foi assim que nos mudámos para o meu território actual.

Até à próxima!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/03/09 13:24 "Como nós ganhámos nomes tão fixes!"

Quando chegámos a casa da mamã, íamos as duas muito assustadas... mas eu, sendo mais velha e mais inteligente, adaptei-me muito mais rápido do que a Isolda. A mamã e a tia Cláudia puseram-nos num quarto fechadas. Podíamos sentir o cheiro de outros gatos, mas nunca os vimos o tempo todo que estivémos ali. Vez por outra pegavam em nós e iam pôr-nos noutro quarto, onde a tia Cláudia batia numa coisa preta muito grande que fazia muito barulho.
Tanto um quarto como outro tinham muitos sítios para nos escondermos, e a Isolda passava o tempo a esconder-se. Dizia-me “tenho muito medo” e ia esconder-se. Cada vez que as humanas entravam no quarto tinham de andar à procura dela. Quer dizer, preta e num cantinho escuro... Mas em breve as humanas já sabiam onde procurar e iam direitinhas aos sítios onde a Isolda se escondia, que se agarrava com unhas e dentes quando elas tentavam pegar nela. Claro que uns tempos depois de lá chegarmos a Isolda, mimalha como é, derretia-se toda no colo das humanas... eu concedia-lhes a graça de me deitar no seu colo e permitia-lhes que me fizessem festas!

No dia a seguir à nossa chegada foi o nosso primeiro contacto com aquele ser sinistro de bata branca chamado VETERINÁRIO!!!!!!! E nos tempos que se seguiram fomos lá muitas vezes... ele era desparasitações, injecções, vacinações, e eu sei lá mais o quê terminado em –ões. A mim torturaram-me, não há outra palavra, agarrando-me com toda a força, metendo-me um líquido nas orelhas, esfregando com um pano, e depois pondo mais outro líquido. TODOS OS DIAS durante sei lá quanto tempo... Que tortura!!!!!! Eheheh... mas haviam de ver a cara das humanas quando eu sacudia a cabeça e ia tudinho para cima delas... ihihih...

De vez em quando iam lá outros humanos visitar-nos, e era muito fixe! Todos eles se diziam nossos tios... Mas uns são mesmo tios, os outros são tios emprestados... assim como a Isolda é minha mana emprestada. Brincavam muito connosco, nunca estávamos sozinhas. Aliás durante o dia era raro estarmos sozinhas, à noite é que a mamã e a tia Cláudia não podiam estar lá connosco.

Os nossos nomes... pois, este texto é sobre isso. A mamã disse várias vezes que gostava de ter uma Blimunda e um Baltasar, por causa dum livro de que gostou muito (não percebo como se pode gostar de livros... o papel não sabe a nada de especial, embora seja divertido rasgá-los... já o fiz a vários, a ver se descubro o que têm de tão especial...). Também pensou em chamar-me Ciro, se eu fosse rapaz, porque tem um livro com um gatinho cinzento como eu que se chama Ciro... Mas como afinal éramos duas meninas, fiquei eu a Blimunda. Depois foi preciso um nome para a minha sobrinha-mana, e ficou Isolda.
Mas os nossos nomes completos são muito mais fixes. Eu sou Blimunda Comaneci e a mana é Isolda Duncan. Eu explico: Segundo a mamã havia uma Nadia Comaneci, que eu ainda não percebi se era gata ou humana, que era assim muito atlética, tal como eu. Também dava muitos saltos e coisas do género. Já pensei muito no assunto e cheguei à conclusão que tem de ser um gato, nenhum humano é capaz disso, são tão grandes e desajeitados...
A Isolda ficou Isolda Duncan por causa duma tal de Isadora Duncan que, segundo a mamã era assim delicadinha e fininha como a Isolda... Bem, a Isolda já não é nada fininha... nem eu sou tão atlética... pois... Mas os nomes ficaram! São fixes, não são?
A mamã não os usa muito. De vez em quando usa Maria Blimunda ou Maria Isolda... com um tom de voz assim algo... como direi... ríspido... e quando diz isso interrompe sempre qualquer coisa fixe que estamos a fazer, como rasgar um livro, afiar as unhas no sofá, tentar lamber a faca do queijo ao pequeno almoço, enfim... Às vezes sai-lhe Bli... solda, nunca percebi porquê, mas normalmente é quando é a Isolda que está a fazer alguma coisa que costumo ser eu a fazer.

Bom, ficámos naquela casa, onde também viviam os avós Fernanda e Joaquim (que iam lá fazer-nos festas de vez em quando), bem como a tia Cláudia, durante uns meses, até que, já nós éramos grandes, a mamã nos trouxe para este sítio de onde não tornámos a sair. Ela pôs-me a tomar conta... quer dizer, não o chegou a dizer, mas é óbvio... eu sou o ser mais inteligente deste território... claro que me pertence... não acham?

Até à próxima!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/03/07 15:13 "Quem sou eu?"

Quem sou eu? Esta pergunta já muitas vezes me tenho feito, nas longas tardes de meditação, deitada em cima dum aquecedor, ou na cama dos humanos, ou ainda no sofá... Ali, confortável e quentinha, interrogo-me sobre o mistério insondável da minha origem. Este texto procura responder a algumas questões prementes na minha cabeça...

Quem sou eu?

Nasci numa cinzenta manhã, não sei de que mês, do ano de 2001 (a mamã humana acha que deve ter sido à volta de Abril). A minha mamã gata, linda, com o pêlo cor de fogo, disse-me mais do que uma vez que o meu pêlo ficou igual àquela manhã... cinzenta... Dizem que sou linda. Eu, modestamente, digo que sou aquilo que nasci para ser... O humano cá de casa diz que eu pareço um rato... mas esse não sabe nada!

No início fui filha única, extremamente mimada pela minha mamã gata e por todos os da família. Só que, duas semanas depois de eu ter vindo ao mundo, começava eu a explorar o território à minha volta com mais confiança, eis que uma das outras filhas da minha mamã gata, uma mana mais velha que eu tinha, pôs cá fora no mundo três bolas tão pretas como ela. Devem ter nascido a meio da noite... E foi assim que os meus sobrinhos começaram a fazer-me companhia. Eram muito barulhentos e comilões, só queriam comer... No iníco só dormiam, mamavam e miavam muito, passavam o tempo a miar e a guinchar!!!! Uns mariquinhas, sempre agarrados ao pêlo da mamã...

Foi por essa altura que me comecei a aperceber dum gato muito grande que aparecia lá de vez em quando e nos deixava comida... A minha mamã gata explicou-me que não se tratava de um gato como nós, mas sim de um animal diferente, muito grande e pouco inteligente, chamado ser humano. Com persistência, explicou-me ela, é possível treinar os seres humanos a darem-nos de comer, e aquele (ou melhor, aquela, pois tratava-se duma fêmea), encontrava-se num estado de completa submissão, pelo que raramente falhava, e ainda nos protegia de outros seres humanos não muito simpáticos que havia por ali... Esses não gostavam muito de nós e, se pudessem , expulsavam-nos do nosso próprio território... vejam só!

Os primeiros tempos da minha existência foram muito sossegados e interessantes. Assim que os meus sobrinhos começaram a andar e abriram os olhos, começámos a brincar todos juntos... Explorávamos o território em conjunto, eu ensinava-lhes os truques e as brincadeiras que já tinha aprendido.
Por exemplo, ensinei-lhes a brincadeira de tentar agarrar a cauda da mamã no menor número de movimentos e de tempo possível. Cronometrávamos o tempo e o que demorasse menos ganhava. Sendo mais inteligente e superior, eu ganhava quase sempre, claro!!!!!
Outra brincadeira era correr à volta do meu mano amarelo (devia ter nascido num dia de muito sol...) até ele perder a paciência e nos dar uma patada!
Fazíamos corridas, jogávamos ao monte (é um jogo em que nos atiramos uns para cima dos outros), às vezes jogávamos ao monte com a minha mamã ou com os meus manos mais velhos, enfim, éramos felizes! A humana domesticada nunca se esquecia da nossa comida... não nos faltava nada!
O meu mano amarelo tinha nascido na mesma altura da minha mana preta. Era o nosso preferido, nunca se zangava, deixava sempre que brincássemos com ele, e quando perdia a paciência e nos dava uma patada, era sempre com meiguice e muito jeitinho.
Às vezes contava-nos histórias sobre a nossa humana domesticada, de como ela gostava de pegar nele quando ele era pequenino, tão pequenino como nós, e levá-lo para o território dela, onde havia outros humanos, e lá ficava com ele quentinho entre as suas grandes patas...
De vez em quando a humana ia acompanhada de outras humanas, quase todos fêmeas, mas como essas nós não conhecíamos tão bem, tinhamos medo delas. O mano amarelo contou que houve inclusive uma altura em que a nossa humana não ia, nunca se soube porquê, e ia outra no lugar dela dar-nos comida. Eu nessa altura ainda não existia, por isso não me lembro.
Também contou que um dia um dos manos dele, quando eles eram pequeninos, não se mexeu durante muito tempo, e a nossa mamã gata disse simplesmente “Não há nada a fazer, temos de nos despedir dele.” A humana foi lá com a outra humana, levaram o mano doente, e ele nunca mais voltou. Nunca mais soubemos dele.

Um dia a nossa humana apareceu com mais três humanas. Traziam comida e uma caixa. Estava um dia quente de sol. Nós, como sempre, estávamos esfomeados, e fomos ter com elas. Uma das minhas sobrinhas pretas, a mais esfomeada, pôs-se a berrar: “Quero comer, quero comer”, como sempre fazia. A nossa humana pegou em mim, como fazia muitas vezes, e fez-me festinhas. Depois pôs-me no chão. Quando já tinhamos comido agarrou na minha sobrinha mais barulhenta, a mais confiante, e pô-la dentro da caixa. Depois andaram a tentar apanhar um dos meus sobrinhos pretos, mas eles não tinham tanta confiança e nenhum deles se deixou apanhar. Uma ou duas vezes estiveram quase, mas não conseguiram.
Uma das humanas entretanto saiu dali e ficaram só três. E quando viram que não conseguiam apanhar mais nenhum dos meus sobrinhos tentaram apanhar a mim. Eu corri, saltei, escondi-me, bufei, chorei!!! E elas pareceram desistir. Pegaram na caixa com a minha sobrinha e começaram a ir embora. A menina, lá dentro, chorava baixinho e pedia-nos que a tirássemos dali... A minha mamã gata chorava e dizia “Outro não, outro não!!!” A minha mana preta só procurava pelos outros dois filhos, o mano amarelo não fazia nem dizia nada... Então eu decidi tentar salvar a minha sobrinha. Chamei a nossa humana, disse-lhe para voltar com a menina. E não é que ela voltou para trás? Fui ter com ela, cheia de coragem, e disse-lhe “Por favor não leves a minha sobrinha...” Ela fez-me festinhas, pegou em mim e, antes que eu conseguisse reagir, pôs-me dentro da caixa ao pé da minha sobrinha...
Nunca mais vi a minha mamã gata, nem a mamã da Isolda, nem o mano amarelo...

Mais tarde, nesse mesmo dia, entregaram-nos à humana que se passou a chamar de nossa mamã, a que se tinha ido embora mais cedo. Foi ela que decidiu que nós mudaríamos de nome para Blimunda (eu) e Isolda (a minha sobrinha, mas a quem eu trato por mana para ser mais simples).

Agora vivemos com ela, já passou muito tempo, a nossa vida mudou completamente. Agora sou eu que tomo conta do território, uma vez que sou a mais velha e a mais inteligente daqui. Mas hoje estive a recordar-me do início da minha vida com alguma nostalgia. Decidi partilhar essas memórias com vocês.
Sinto vontade de partilhar a minha vida, e vou aproveitar esta oportunidade para o fazer. Se tiverem paciência para ler sobre a minha vida, digo-vos já que é altamente interessante, como só podia ser a vida de alguém tão inteligente e tão evoluído.

Acho que a humana quer usar o computador. Ela pensa que manda aqui, e a mim convém que ela assim continue a pensar, por isso vou despedir-me e mais tarde continuarei a contar a minha história e da minha mana Isolda.

Até à próxima!

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[ Europe/Lisbon ] 2005/03/03 12:12 "Um caso bicudo"

A minha tarefa é manter a ordem e resolver problemas neste meu território que partilho com minha mana Isolda e, mais recentemente, com uma gata que se diz minha irmã também, Ísis (isso é um problema ainda por resolver – quem é afinal esta nova habitante...) . É verdade, partilho a habitação também com dois humanos, uma que se diz minha mamã e um outro que esta diz ser meu “papá”! Hmmf!!!!! Também ainda está por resolver se assim é de facto... a ver vamos!!!

Um problema bicudo ocorreu ontem à noite, encontrava-me eu descansada, pronta para dormir... ou não... Eis que os dois humanos regressam, vindos sabe Bastet de onde! Depois de cirandarem pela casa toda, os dois humanos sossegaram e sentaram-se no sofá a beber chá.

Começou então o mistério. Uma bola que a mamã ME deu já há muito tempo tem aparecido muitas vezes fora do sítio, e não sou eu a responsável (sim, se fosse não havia mistério...). Descrição da bola: amarela, peluda, com cerca de 6 a 7 centímetros de diâmetro. Agarra muito pêlo e pó. Acho que é útil. É certamente muito boa para atacar, já que é pouco maior do que um rato e, uma vez que aqui não os há, vai dando para manter aguçados os meus instintos matadores.

O mistério da bola: sem que nada indicasse como, a bola apareceu DENTRO duma das minhas camas, a que está à porta da cozinha. É minha, embora eu por vezes autorize a Ísis a usá-la... Ora, o lugar da bola não é ali, a não ser que EU lá a coloque... e eu não o fiz!

Bom, retirei a bola lá de dentro e fui à minha vida, pensando com os meus bigodes em possíveis razões para a bola estar dentro da MINHA cama... A verdade é que nada me ocorreu e eu deitei-me numa das minhas outras camas e adormeci. Em breve levantei-me de novo e fui fazer a ronda ao meu território, a fim de verificar se tudo se encontrava nos conformes e se todas as minhas regras tinham sido obedecidas... Espreitei para dentro da minha cama de novo... e não é que a bola já lá se encontrava dentro... OUTRA VEZ?!!!!!!
Hummm... isto é um caso para o cérebro mais avançado deste território... ou seja, o meu!!!!!
Primeira medida a tomar: retirar a bola de dentro da cama.
Segunda medida: sair dali.
Terceira medida: esperar e ver se a bola torna a entrar para a cama.

Assim fiz. Fingi que me fui deitar e aguardei à coca, as orelhas bem espetadas e toda eu alerta.
Em breve fui recompensada. Ouvi o humano que se julga meu papá:

- Outra vez?!!!!!!!! Ela voltou a tirar a bola de dentro da cesta! Não faz mais nada, só tira a bola de dentro da cesta!!!! Não percebo, porque é que a bola não pode estar dentro da cesta?

Lembrei-me então que o humano estivera a chutar a MINHA bola e de vez em quando dizia “golo”.

E a mamã:

- Deixa-a lá, deve estar a brincar!

E o humano:

- Pois vou pô-la lá dentro outra vez e vou ficar a vigiar a ver se ela torna a tirá-la. Diabo da gata!!!!!!!

“Diabo da gata”?!!!!!!!! Realmente este humano, no que depender de mim, não durará muito neste meu território... E não interessa a quantidade de festas que ele me faça!!!!!

Bom, mas pelo menos o mistério já estava resolvido, por isso decidi não fazer o que ele queria que eu fizesse. Porque eu, Blimunda, não ando às ordens de ninguém!!!!! Fui-me deitar numa das minhas camas, aquela que a Isolda abriu para mim debaixo do sofá (esta minha mana é muito obediente). De lá, escondida, podia ouvir o humano a levantar-se sempre que pensava ouvir um ruído para ver se a bola ainda estava no sítio. De todas as vezes voltava e dizia:

- Uhmmm, ainda lá está a bola.

Até que decidiu ir ver onde eu estava e disse à mamã:

- Não vejo a gata, está desaparecida.

E a mamã:

- Deve estar no escritório.

- Não está, já vi.

- Debaixo da cama.

- Também não.

Nesta altura já a mamã andava com ele a procurar pela casa, pelo menos pelo que eu ouvia do meu esconderijo assim parecia.

- Foste ao guarda vestidos nos últimos minutos?

- Não.

- Foste buscar as bolachas à despensa.

- Mas ela depois disso ainda andou a cirandar.

- Na varanda. Eu vou ver. Não, também não... Dentro do armário da sala... Uhmm, também não... Só se for debaixo do armário da entrada, mas isso é mais a Ísis...

- Também não está. - disse o humano.

- Espera, já sei!

Deixei de ouvir a mamã falar, mas ouvi-a aproximar-se da minha cama. Aproximei-me da abertura para espreitar e ver o que ela estava a fazer. Apanhei um susto: deparei-me com a cara dela mesmo junto da minha. E não é que ela se começou a rir?!!!

- Está aqui!!!

E o humano:

- Poça!!!!!!!! Diabo da gata!!!!!!

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Autor:
bixana (Alexandra Soares )

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