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Adoptar um animal: tome uma decisão consciente


Ter um animal de companhia pode ser uma experiência incrivelmente compensadora e enriquecer a nossa vida de uma forma inigualável. Além de nos fazerem companhia, favorecem a nossa saúde e o nosso bem-estar. Embora os nossos amigos de quatro patas nos ofereçam tudo sem pedir nada em troca, ter um animal de companhia implica saber e ter consciência de todos os cuidados que eles necessitam.

Autor: Pezinhu (Raquel Duarte)
A adopção de um animal deve ser o resultado de uma reflexão consciente sobre a capacidade económica, emocional e disponibilidade de tempo. Não deve nunca adoptar um animal por impulso, mas sim pelo facto de reunir as condições mínimas essenciais que permitam assegurar o bem-estar do animal.

Se está interessado em adoptar um animal de estimação, há algumas perguntas que deve fazer a si próprio, e as respostas devem ser sinceras. Se não for capaz de dar uma resposta a todas essas perguntas, talvez não seja a altura ideal para pensar na adopção de um novo amigo.

Quando pensar em adoptar, lembre-se que a simples vontade de ter um animal de estimação não é suficiente, se não reunir as condições necessárias. Se insistir na adopção, mais cedo ou mais tarde pode ter que abdicar da sua companhia, o que será tão doloroso para si, como para o animal que confiou em si como seu protector.

Autor: Elsa Pereira
Pense bem...

Porque motivo pretendo adoptar um animal?

Deve reflectir nesta questão e encontrar uma resposta sincera, antes de tomar a sua decisão. Adoptar um animal porque uma criança o pede, ou porque o vizinho tem, ou por vaidade (por exemplo, porque uma determinada raça está mais na moda) é uma decisão completamente errada.

Se o seu filho quer um animal, não adopte apenas para evitar uma birra, pois essa será uma decisão inconsciente. Lembre-se que o entusiasmo da criança passará, mas a família manter-se-á com a responsabilidade de cuidar desse ser. Aproveite a ocasião para conversar com a criança e assegurar que ela compreende a responsabilidade que é cuidar de um animal de estimação, diariamente, garantindo comida e água, limpeza das necessidades, brincar e dar atenção todos os dias, apoio no caso de doença, etc.

Qual o animal, raça e tamanho mais adequado?
Pondere qual o animal que pretende adoptar, já que, dependendo da espécie, raça e tamanho do animal, este poderá exigir mais ou menos tempo, espaço, cuidados de saúde e higiene.

Quanto ao espaço, deve escolher o animal que melhor se adequa à sua residência. Este deve ser compatível com o seu tamanho e necessidades de exercício. Nunca deixe o seu animal confinado num local pequeno o tempo todo ou acorrentado.

Se vive num apartamento, alguns condomínios proíbem animais ou impõem restrições, deverá informar-se antes de trazer o seu amigo de 4 patas.
No caso de uma vivenda ou moradia, pode optar por manter o animal dentro de casa ou no exterior. Se optar pelo exterior, é essencial ter um espaço adequado que o proteja da chuva, sol, frio ou calor, bem como um muro/vedação.

É aconselhável que o seu animal tenha um local apropriado para fazer as necessidades fisiológicas. Se tiver um cão, por exemplo, e mesmo que ele esteja habituado a fazer as necessidades fora de casa, ele deverá saber que em último caso poderá fazer as necessidades num local apropriado.

Não se esqueça que haverá dias em que terá de passar mais horas fora de casa (ou que até poderá ficar doente), não sendo de todo aconselhável o cão ficar muitas horas sem poder fazer as necessidades fisiológicas.
Quanto ao tamanho, por exemplo, o porte do cão é determinante na sua escolha. Se vive num apartamento, o ideal é um cão pequeno/médio, pois não tem necessidade de tanto espaço e exercício como um cão de grande porte. Um cão de grande porte necessita de um quintal, onde possa andar sempre solto, correr quando quiser, e ter uma boa sombra debaixo da qual possa descansar.
Autor: Alberto Malafaya

Quanto à idade, tenha em atenção que criar e educar um animal bebé exige muito tempo e paciência. Em alternativa, um animal adulto já tem o seu temperamento formado, e é mais calmo e pachorrento e, por outro lado, saberá reconhecer e agradecer o facto de lhe ter dado um lar.

Toda a família concorda com a adopção do animal?
Todo o agregado familiar tem interesse em adoptar um animal de companhia, e estão dispostos de um modo ou de outro a participar nos cuidados de educação, higiene, alimentação, etc.?

Assegure-se que há adultos disponíveis para cuidar do animal, essa tarefa não deve nunca ser exclusivamente da responsabilidade das crianças.
Deve ainda certificar-se que estão todos de acordo com o tipo de animal a escolher.

No seu agregado familiar alguém sofre de alergias?
Os cães e gatos soltam pêlos, que são por vezes difíceis de limpar e que provocam alergias a algumas pessoas. Deve confirmar se alguém no seu agregado familiar tem alergias, e se é a pêlos de cães ou de gatos. Nessa situação, deve ter conhecimento das medidas que pode tomar para resolver a situação.

Para verificar, pode optar por colocar o familiar em contacto com o animal de um amigo. Espere algum tempo e verifique se alguém começa a espirrar, tossir, lacrimejar, a aparecer com borbulhas na pele, ou outras manifestações alérgicas. Por vezes, estas reacções só surgem passados largos minutos ou algumas horas.

Já tem animais?
Se já possui outro cão ou gato, deve certificar-se que este aceita partilhar o seu território, e que aceita bem outros animais.
Autor: Sónia Costa

Tem crianças de tenra idade ou pretende vir a ter?
Deverá estar preparado para ensinar às crianças a interagirem com o seu animal, serem dóceis para com ele, pegarem nele com cuidado, a nunca apertarem ou puxarem as orelhas ou o rabo. As crianças devem desde cedo ser ensinadas a respeitá-los, e ao seu espaço.

Por mais dócil que o animal seja, nunca deve ficar sozinho com elas! Há sempre o perigo de uma brincadeira correr mal... as crianças mais pequenas não têm noção da força que têm e podem magoá-lo, ou provocá-lo, e a reacção dele não ser a melhor!

Se adoptar um animal adulto, certifique-se que ele está perfeitamente habituado à presença de crianças, e/ou se é um animal com temperamento sociável.

Tem uma situação profissional/familiar estável?
Se for estudante, viajar muito ou mudar frequentemente de casa, recomendamos que espere por uma situação mais estável para adoptar um animal.

Quanto tempo por dia vai poder dedicar ao seu animal?
Ter um animal de companhia implica ter disponibilidade de tempo para alimentá-lo, levá-lo a passear (no caso de optar por um cão), prestar-lhe cuidados de higiene, educá-lo e fazer-lhe companhia todos os dias.
No caso do cão, ele deve ser passeado todos os dias, para que se possa exercitar e socializar com outros cães, e adaptar-se a pessoas e ruídos do exterior que não esteja habituado. O mais importante do passeio será o tempo que vai partilhar consigo, e que lhe vai ajudar a fortalecer os laços da vossa amizade.
Autor: Leo

Relativamente aos cuidados de higiene, a periodicidade dos banhos e/ou das escovagens depende do tipo de pêlo (curto, longo, encaracolado ou liso, etc) e do tipo de animal.

Os animais também sentem solidão e tristeza e podem entrar em depressão. Zele pela saúde psicológica do seu animal, dando-lhe carinho, atenção e o ambiente adequado. No caso dos cães, latem e choram quando ficam muito tempo sozinhos. No caso dos gatos, se passa muito tempo fora de casa, é recomendável que lhe dê uma outra companhia felina.

Lembre-se que os animais que passam muito tempo sozinhos ou ignorados podem desenvolver problemas de comportamento.

Tem tempo para educar um animal?
A educação básica de um animal, sobretudo no caso dos cães, é muito importante para se conseguir uma relação saudável e harmoniosa entre o animal, a família e com a comunidade. Infelizmente muitas pessoas não educam de todo o seu animal, abandonando-o mais tarde, com a desculpa de que o animal morde ou tem problemas comportamentais.

No início vai precisar de mais tempo para o educar. Em particular, criar e educar um animal bebé exige muito tempo e paciência. Por exemplo, irá demorar algum tempo até que ele aprenda ao certo onde deverá fazer as suas necessidades e encontre o seu espaço no lar.

Deve educar o seu animal respeitando as suas características. No caso dos cães, quer seja de porte pequeno ou grande, um treino básico de obediência é importante para o manter sob controlo, evitando assim certos transtornos.

Está na disposição de suportar os imprevistos de ter um animal de estimação?
Devemos estar preparados para incidentes, como mobílias riscadas, objectos estragados ou mordidos, para emergências veterinárias, ou que urinem fora do local adequado (se não estão educados, por marcação do território, ou por distúrbios de saúde).

Possui condições económicas adequadas?
Autor: Xamir (Adélia Costa)
Actualmente existem no mercado várias opções relativamente à alimentação dos animais, de diferentes qualidades e preços, variando também de acordo com o animal (idade, raça, tamanho), tal como existem dietas específicas adequadas a animais com necessidades especiais. Lembre-se que, se por exemplo adoptar um animal bebé, brevemente o saco de ração que lhe dura um mês pode passar a durar uma semana.
Um animal de estimação exige alguns cuidados básicos de saúde, como um plano vacinal e de desparasitação.

Deve ter ainda em conta os custos com as consultas de controlo/ check-up, ou no caso de animais com doenças crónicas ou em processo de tratamento que necessitam de ser acompanhados periodicamente pelo médico veterinário. Os animais podem também necessitar de ser submetidos a exames complementares de controlo. Podem ainda surgir doenças inesperadas: Doenças infecto-contagiosas, metabólicas, traumatismos vários, etc.

Um dos motivos de problemas de sobrepopulação e um maior abandono de animais deve-se à sua rápida e exponencial reprodução. Assim, é fortemente recomendável que opte pela esterilização/castração. Para além de ser uma responsabilidade social contribuir para atenuar o problema da sobrepopulação, existem imensas vantagens nomeadamente ao nível da saúde do animal e do seu comportamento, pelo que deve também prever o custo destas intervenções.

.
Autor: MJGM(Maria João Martins)
E o que fazer nas Férias ou noutras situações de ausência?
Antes de adoptar um animal, deve pensar em quem vai cuidar dele durante as férias ou situações de emergência. Deve certificar-se que pode contar com pessoas de confiança para que cuidem do seu animal na sua ausência, e/ou que tem capacidade financeira para suportar um hotel ou serviços de petsitting.

Está consciente que adoptar um animal é um compromisso a longo prazo?
Quando adoptar um animal, lembre-se de que é uma responsabilidade que vai ter de assumir por 10 a 15 anos, ou mais um pouco...não pode nunca ser encarado como um capricho de meia dúzia de meses ou 2 ou 3 anos!

Durante esse tempo as nossas vidas podem sofrer as mais variadas alterações, (como por exemplo mudanças de casa, casamentos, nascimento de crianças, etc), e teremos que estar preparados para manter o animal connosco como parte integrante da família.

Os animais de companhia são “eternas crianças” na medida em que eles dependem de nós e precisam que cuidemos deles todos os dias durante uma vida inteira.

É muito importante referir que os animais têm sentimentos, que se apegam e que confiam nos seus donos. Os animais também sofrem de ansiedade, melancolia e depressão. Em contrapartida, eles são capazes de amar incondicionalmente, de nos dar alegrias, de nos fazer rir e de nos consolar. No relacionamento com o seu amigo de 4 patas é preciso seguir regras básicas para se ter o melhor de um grande companheiro. É preciso ser generoso, ser dedicado, ter respeito e fazer-se respeitar.

Se sentir que reúne as condições para ter um animal de estimação, dê sempre preferência à adopção, por oposição à compra. Existem muitos animais carentes que precisam de um lar. Por exemplo, os canis/gatis municipais e as associações de protecção aos animais possuem inúmeros cães e gatos saudáveis para adopção que, no caso dos canis/gatis, serão mortos se não encontrarem um lar.


Se pretender ter um animal de companhia mas não tiver condições, ou no momento não puder assumir essa responsabilidade, poderá “apadrinhar” um dos muitos animais existentes nas várias associações do país. Informe-se junto da sua associação local.


Bibliografia:
http://www.lpda.pt/02companhia/adoptar_animal.htm

http://www.hospvetporto.pt/adopcao

http://www.pelosanimais.org.pt/animais_companhia/responsabilidades

http://www.aaaporto.com/site/php/not_div1.php?idx=100004&idy=0

Desdobrável “Tem Animais de Companhia ou Pretende Vir a Ter?” editado pela Associação Pelos Animais





- Becas (Fernanda Ferreira) [ Europe/Lisbon ] 2009/02/13 16:35

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» MJGM ( Maria João Martins) » [ Europe/Lisbon ] 2009/09/16 00:09
O artigo está muito bom! Vou guardá-lo para estar à mão para enviar a candidatos a adoptantes.

p.s. oh pá, o meu Conguitode Caramello está um must à beira da piscina! biggrin.gif
Nas férias de Verão tento sempre levar os meus 4 gatos e 2 cadelas comigo, não é fácil, mas é possível!
Quando não consigo mesmo, os gatos ficam em casa pois há duas amigas que se revezam numa visita diária. E as cadelas ficam em hotel.
O orçamento para as férias contempla sempre essa possibilidade...

» atlantic ( Elisabete Feitoria) » [ Europe/Lisbon ] 2009/02/14 11:20
Relembro um artigo em forma de cábula "Perguntas a fazer aos candidatos a adopção" (de gatos), já de 2005:
http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=602. Estes dois artigos completam-se.

» atlantic ( Elisabete Feitoria) » [ Europe/Lisbon ] 2009/02/14 11:05
Excelente artigo, que retoma todos os conselhos e preocupações que foram discutidos no Felinus.
Parabéns, Becas !
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