Certo dia, a gata que vivia junto à garagem deste prédio escuro teve uma ninhada, ninhada essa repleta de 4 gatinhos magníficos e brincalhões: 2 machos brancos, e 2 fêmeas tigradas como a mãe.
Autor: Colin (Pedro Almeida)
Nico
"Um cão em casa"... foi logo o que invadiu as mentes dos habitantes cá de casa quando, de repente, chega no colo da jovem da casa, um gatinho branco com olhos azuis resplandescentes! Lindo!
Cresceu e o seu feitio começou a alterar-se: a ficar brincalhão e muito arisco mas amigo dos donos.
Aos 5 meses pulava para cima do cão, corria feito louco.
Completando 1 ano, este gatão estava lindo, mistura de siamês com europeu comum, era grande, forte, elegante e um gatão.
A castração não foi dolorosa, e no outro dia estava pronto para outra.
Os pombos voavam na janela, os pulos para as janelas faziam com que os donos ficassem com o coração nas mãos, a tentação felina era mais forte, e aquele gato arisco se pudesse fugia de casa. Amava os donos mas o seu fraco sentido de orientação por viver num apartamento, junto à sua teimosia e aventura, fazia com que os seus donos temessem o pior.
Com o tempo, tornou-se mais arisco e um pouco mais meigo, mas a sua teimosia tornava a leva-lo às janelas, que quase sempre estavam fechadas.
A viagem de férias para o Algarve foi óptima, dentro da transportadora a lamber-se e a olhar para a caixa ao lado com as tartarugas. Estava muito engraçado.
Do tamanho do cão e rebelde como sempre, o Nico ficava preso pela coleira, no poste da casa. Sempre lá ficou, mesmo no ano anterior, e caçava grilos, gafanhotos, pássaros até! (sim porque a sua teimosia matou dois canários que tivemos).
Um dia como todos os outros, os seus donos voltaram da praia. O seu dono mais velho chegava sempre primeiro para preparar o almoço.
O seu amigo Noi olhava para o muro, onde o corpo de Nico jazia inerte e morto, pendurado pela corda que o segurava há tanto tempo!
Com 1 ano e meio, Nico, o jovem gato rebelde que arriscava tudo e aventurava-se à toa, deixou-nos com um suave balançar do vento.
Nessa noite o seu amigo Noi, ganiu e uivou pela falta do seu companheiro que dormia todas as noites com ele.
Foi mais de uma semana de lágrimas derramadas e de arrependimentos sólidos.
A lição da vida faz-nos crescer. Hoje sigo em frente, arranjei uma nova companhia e vou cuidar dele e tomar mais precauções, que a minha inexperiente vida não teve com o Nico.
Nico tu resides nos nossos corações e nunca te esqueceremos e jamais te substituiremos! És único, foste meu e estarás sempre dentro de mim!
Obrigado Nico por teres vivido comigo e com todos que te apoiaram e ajudaram!
Tudo o que agora se possa dizer é vão... que fique apenas o nosso silêncio, e a certeza que o Nico foi e continuará a ser feliz porque é imortal enquanto for lembrado - e sei que sê-lo-á sempre.
Sinto muito pelo teu Nico, de certo modo sei o que sentes, quando era pequena, tinhamos um setter irlandês a que aconteceu o mesmo... Não te recrimines, pois por mais precauções que tenhamos com os nossos meninos, sejam eles de quantas patas forem, há sempre um factor desconhecido que por vezes estraga todos os planos, é a vida... Só temos que aprender e fazer com que nunca torne a acontecer.
partir é de uma tristeza infindável..... mas desta forma parece que ainda foi pior, afinal ele estava feliz e saudável.
Lamento amigo pelo teu amiguinho lindo.