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Falta de estudos pode levar à extinção do gato-bravo

Autor: http://peneda-geres.naturlink.pt/
Gato Bravo

Quantos gatos-bravos há em Portugal? Onde vivem e qual é o grau de miscigenação com os animais domésticos? Perguntas para as quais não há resposta. O estudo do felis silvestris, nome científico do gato-bravo, é urgente, sob pena de, quando avançar, ser tarde demais. Esta é a convicção de Joaquim Pedro Ferreira, presidente da Associação para a Conservação do Gato-Bravo.

Um primeiro passo para a defesa deste felídeo pode acontecer nos próximos tempos. Actualmente com o estatuto de "insuficientemente conhecido", tudo pode mudar em breve o Livro Vermelho dos Vertebrados em Portugal está em fase de revisão e com ela a classificação do felis silvestris deverá passar a "vulnerável".

A principal ameaça neste momento, refere Joaquim Pedro Ferreira, é o desconhecimento. No entanto, um estudo europeu divulgado em 2003 revelou que "é na população ibérica que o património genético está mais bem conservado". Em muitos países do Centro e Norte da Europa, a espécie já desapareceu ou misturou-se, em definitivo, com os gatos domésticos.

Em Portugal, a caça, a agricultura intensiva, a destruição de habitats (provocada pela substituição de floresta autóctone por eucaliptal e pinhal e a destruição de ribeiras) são as principais ameaças a este animal furtivo e solitário - só se junta à fêmea para acasalar. Nas montanhas do norte alimenta-se sobretudo de pequenos roedores, enquanto a sul os coelhos são a base da sua alimentação.

Uma das principais moradas do gato-bravo foi submersa pela albufeira do Alqueva. Na confluência do Rio Degeve com o Guadiana, recorda o presidente da associação, "foram encontrados vários locais onde os felinos iam depositar dejectos". Nessa zona foi também encontrado um animal atropelado.

A Associação para a Conservação do Gato-Bravo tem como missão mais imediata promover a divulgação da espécie. Joaquim Pedro Ferreira lembra haver pessoas que nem sequer sabem da existência deste felino, "confundem-no com a gineta". Por isso, uma das primeiras tarefas será apresentar o felis silvestris à comunidade escolar. Outro alvo são os caçadores, que precisam de ser sensibilizados para a necessidade de preservação.

Joaquim Pedro Ferreira, investigador na Faculdade de Ciências de Lisboa, defende uma abordagem científica da espécie feita de forma diferente, consoante vivam a norte ou a sul. É provável que a miscigenação com os gatos domésticos se faça a partir dos povoados situados no Gerês ou em Montesinho. Avessos a relações com outros animais, os felinos em estado selvagem não resistem a uma gata doméstica se não tiverem uma parceira da sua condição. Os cruzamentos são, portanto, mais um sinal de debilidade da espécie. No entanto, para preservar as características genéticas, há que controlar os gatos domesticados das zonas rurais.

Com uma distribuição em pequenas bolsas de norte a sul de Portugal - embora no centro e no litoral se presuma extinto -, torna-se necessário promover medidas que contrariem o risco de desaparecimento. A recuperação da população de coelho bravo e o apoio às práticas agrícolas tradicionais são aspectos fundamentais para salvar este felino.


http://dn.sapo.pt//2005/05/09/sociedade/falta_estudos_pode_levar_a_extincao_.html

- Becas (Fernanda Ferreira) [ Europe/Lisbon ] 2005/05/20 22:23

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» selenis ( Rute) » [ Europe/Lisbon ] 2005/05/23 17:44
lindissimos de facto, suponho k de maior porte que o gato dito domestico. espero tb que seja esterilizar...

» hecep ( Helena Cepeda) » [ Europe/Lisbon ] 2005/05/21 14:14
São um espectáculo mas muito tímidos, raramente se deixam observar por humanos. Como todos os seres vivos têm todo o direito à existência.
Espero que por controlar a população de gatos das aldeias eles queiram dizer esterilizar.
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