Nota do site: Mais uma vez se demonstra que nem sempre os animais são o bicho-papão das alergias. Procura-se muitas vezes o culpado mais óbvio, esquecendo que o ambiente é uma conjugação de factores, e que qualquer um deles pode ser o desencadeador da alergia que sentimos. A "culpa" é da nossa fragilidade e da forma como temos descuidado ao longo dos anos o meio ambiente, sem pensar no futuro dos nossos filhos e netos.
A notícia que a seguir se transcreve prova que:
A prevalência das alergias aumentou e os factores de risco parecem reflectir-se sobretudo nas crianças que, ao integrarem ambientes propícios à propagação de vírus, como por exemplo, os infantários, também estão mais vulneráveis às infecções respiratórias. Como medida preventiva, a imunoestimulação demonstrou resultados eficazes.
Lisboa, 13 de Abril – As condições de vida das grandes cidades, a poluição em ambientes indoor provocada pela acumulação de pó e ácaros têm contribuído para o aumento da prevalência das doenças alérgicas.
Entretanto, e segundo Leonor Bento, “a sociedade também está mais alerta para estas patologias e os diagnósticos são mais precisos”.
Para a pediatra do Hospital de Santa Maria, os factores de risco reflectem-se sobretudo no grupo etário infantil, “porque a criança passa por uma fase de imunodeficiência transitória, ou seja, as defesas do organismo ainda não estão bem formadas, o que as impede de reagir contra as agressões exteriores”.
As alergias, como por exemplo, a asma e a rinite alérgica, acontecem numa altura da vida em que as crianças também estão mais susceptíveis às infecções respiratórias, “porque começam a frequentar infantários e creches, locais muito propícios à propagação de vírus, desde tenra idade”.
Neste sentido, Leonor Bento explica que “a imunoestimulação pretende ajudar o desenvolvimento do sistema imunitário da criança, no sentido de reduzir as infecções respiratórias e prevenir as alergias, e, na maior parte dos casos, demonstrou ter bons resultados”.
Entretanto, a pediatra alerta que, na maior parte das vezes, os factores de risco nada têm a ver com as crianças, mas antes com a família em que estão está inseridas.
“Se os pais das crianças sofrerem de alergias, é muito provável que os filhos também se tornem alérgicos, no entanto, fazer um acompanhamento familiar de futuros pais permite intervir precocemente, através de consultas pré-natal e conselhos para factores de prevenção a nível de ambiente indoor e de alimentação”.
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