Origem
A origem do Basset, assim como acontece com a maioria das raças antigas é controversa, e como sempre as teorias acerca da sua verdadeira proveniência são tão numerosas como as suas rugas, sendo disputada por franceses, ingleses e americanos.
Autor: Revista Cães e Mascotes | |
A hipótese mais aceita pelos criadores e historiadores, é que o Basset Hound tem origem em França, provêm do cruzamento de cães de patas curtas, muito úteis e frequentes nas batidas de caça francesas. Esses exemplares eram denominados de “basse”, que significa baixo.
Da França foi exportada para a Inglaterra. Mas como deram o salto para Inglaterra? Foi em 1863 quando os primeiros exemplares da raça são apresentados na exposição canina de Paris e desde essa situação privilegiada, que o salto para a fama não é nenhum obstáculo. Três anos mais tarde uma destacada personagem da alta sociedade londrina importa um casal de Basset Hound que, passado um ano, dá a luz a sua primeira ninhada.
Em Inglaterra, a partir da introdução de cruzamentos com o Bloodhound e Beagle, o Basset adquiriu a coloração e a expressão característica da raça, com a pele bem solta, mas com a aparência bastante diferente da conhecida actualmente. Mas, apesar do nome comum, os cães nesta época ainda eram bastante diferentes entre si.
No início do século XX, a raça sofre uma acentuada debilitação devido ao excesso de consanguinidade. Por volta dos finais da década de quarenta, após as duas guerras mundiais, a raça voltou a ter um novo retrocesso que, apenas devido ao entusiasmo e fervor dos criadores mais sérios e rigorosos, foi recuperado em pouco tempo. E o esforço valeu a pena, já que durante as décadas de sessenta e setenta converteu-se num animal muito popular, graças, sobretudo, ao seu físico engraçado.
Características
Autor: http://www.abroleto.com.br/ | |
Aparência Geral - Comprido como uma salsicha, patas curtas e cheias de rugas e uma altura, que quase não chega aos calcanhares! Na verdade, o seu corpo parece desafiar todas as leis da física, é esse e o seu grande atractivo.
Comprido e bem profundo em toda a sua extensão com dorso bem amplo, com lombo e quartos traseiros na mesma altura, embora o lombo possa ser ligeiramente arqueado.
Cabeça - Em cúpula, de largura média, afilando suavemente até o focinho. A aparência geral do focinho é lisa, mas não pontuda. Podem haver rugas, em quantidade moderada, na testa e junto aos olhos. De qualquer modo, a pele da cabeça deve ser suficientemente solta para formar rugas bem nítidas. As bochechas recobrem amplamente os lábios inferiores. O nariz é inteiramente preto, salvo nos cães de cor clara. As narinas são grandes e bem abertas.
Olhos - Em forma de losango. Não proeminentes nem muito profundos nas órbitas, de cor escura, mas podem ser marrom médio nos cães de cor de pelagem clara. A expressão é calma.
Orelhas – As orelhas, como muito bem dizia Shakespeare "varrem o orvalho da manha", e também todo o pó e sujidade do chão. Ao serem tão compridas e descaídas, o ar não chega ao seu interior, o que, aliado a presença de objectos estranhos e excesso de cera, atrai com frequência males como otites. São muito macias, de textura fina e aveludada.
Pescoço - musculoso, bem arqueado, com bom comprimento;
Patas - Maciças, com juntas fortes e bem almofadados. Pernas dianteiras curtas, poderosas, com forte ossatura, ou ser ligeiramente virados para fora, mas, de qualquer modo o cão deve ficar firmemente plantado em suas patas com o peso distribuído igualmente pelos dedos e almofadas.
Cauda - Um tanto longa, forte na base e afinando, com moderada quantidade de pêlos ásperos na parte inferior. Na movimentação, a cauda é apontada para cima em com uma curva suave, mas nunca enrolada ou caída sobre o dorso.
Pêlo - O seu manto é duro e liso, curto e não muito fino, mas esconde uma pele mole e elástica.
Cor - Geralmente preto, branco e tan ou branco e limão, mas qualquer cor reconhecida de basset hound é aceitável.
Altura - A altura ronda os 33 a 38 cm em ambos os sexos.
Peso - O macho alcança um peso entre os 30 e 35 Kg, enquanto que a fêmea se situa entre os 25 e os 28 Kg.
Temperamento
Autor: http://www1.uol.com.br/au/basset.htm | | 0 carácter do Basset, apesar do por vezes o seu olhar parecer um pouco tristonho, na realidade não conhece a melancolia, gosta de divertimento - quantas mais crianças houver pelo meio, melhor, adora a actividade - sobra-lhe resistência física! E se o seu dono não se impõe, irá converter-se num cão que não liga nenhuma a ninguém.
O Basset Hound caracteriza-se por uma grande docilidade, ao que parece, não há raça alguma com a tolerância do Basset Hound, ainda que se tenha crianças em casa e elas queiram montá-lo ou puxar-lhe as orelhas ou o rabo, ele não terá reacção agressiva. Geralmente, se são agredidos, os cães desta raça ou correm ou se escondem-se, mas nunca atacam. Não existem estranhos para este cão, todos são amigos.
O Basset também quer brincadeiras de vez em quando, pois esta raça também gosta de uma boa cesta, adora descansar e ficar relaxado. O seu dono terá que o motivar a mexer-se, a dar caminhadas, até para evitar problemas de obesidade.
Por parecer tranquilo, pode passar a ideia de que não se incomoda de ficar sozinho, mas não é verdade, ele detesta solidão. Ladrar sem parar é típico do Basset Hound, caso permaneça sozinho por muito tempo. Mas basta ter companhia, de preferência de pessoas, que deixa de fazê-lo. Vários criadores chegam a dar um limite de tempo para a raça ficar só: quatro horas. Depois disso, começa a ladrar sem parar num tom rouco, forte e bem alto, digno de um cão que transmite a agonia da solidão e que acaba, obviamente, por incomodar a vizinhança.
Extremamente apegado ao dono e às pessoas da casa, o Basset Hound pode adaptar-se tranquilamente a apartamentos, desde que tenha companhia a maior parte do tempo. É uma raça que é radicalmente contra-indicada para pessoas que não possam lhe dar atenção porque ele detesta ficar sozinho.
Instintos Predadores
Autor: http://www.abroleto.com.br/ | |
O Basset Hound pertence a um grupo de cães que se consagrou por originar excelentes companheiros - os cães de caça - já que a função requer grande proximidade com o homem. Embora, actualmente seja quase exclusivamente um cão de companhia.
Ao tratar-se originalmente de uma raça caçadora, conserva fortes instintos predadores e fareja o que for possível para apanhar uma lagartixa mais ousada ou um rato mais distraído. E, sobretudo, sente uma verdadeira necessidade de se aplicar a fundo num exercício diário, embora a sua aparência pesada - de facto, pesa um pouco - torna impossível que seja ágil e veloz em corrida... não se trata de um Galgo, mas safa-se.
Desliza com passos curtos e quando corre - em poucas ocasiões! - parece que o seu corpo se vai desmanchar. Não teme os desafios, e é capaz de subir encostas inclinadas e terrenos muito difíceis. Para alem disto, a actividade diária é conveniente para o manter afastado da sua tendência para a obesidade.
Quando não estimulado pelas emoções de seguir trilhos, caçadas, o Basset Hound faz aflorar o seu lado preguiçoso.
Cuidados
O Basset é um cão forte e rústico, e os principais problemas de saúde da raça estão intimamente ligados à sua constituição física.
Autor: Revista Cães e Mascotes | |
Orelhas- As orelhas por serem tão compridas e descaídas, o ar não chega ao seu interior, o que, aliado a presença de objectos estranhos e excesso de cera, atrai com frequência males como otites. A limpeza dos ouvidos deve ser feita uma vez por semana para evitar excesso de cera e as comuns otites causadas pelo ambiente húmido e abafado típico em raças de orelhas caídas.
Pele- Não podemos deixar de referir que a sua pele, devido as suas características, também é propensa a transtornos. Não e tão enrugado como o Shar Pei, mas existem certas partes do seu corpo onde as rugas se acumulam, sobretudo nas patas, papada, rosto e parte posterior do pescoço. 0 controlo periódico destas zonas, e a procura de impurezas alojadas entre as rugas é obrigat6rio. E, obviamente, após os banhos é necessário que seque a humidade que fica entre as rugas. Basta escová-lo duas ou três vezes por semana com uma escova de borracha. A melhor maneira para controlar os problemas de pele naqueles que têm maior tendência para a oleosidade, são os banhos frequentes, no mínimo quinzenais, e com champôs próprios,
Olhos- Os olhos são outro ponto fraco da raça. Possui uma característica, inimitável: nem o Cocker com o seu olhar melancólico supera a nostalgia da expressão deste animal. No entanto, a excessiva queda das suas pálpebras inferiores costuma motivar males diversos: a exposição e a agressão de agentes externos como bactérias, vírus e sujidade podem derivar em conjuntivites de gravidade diversa. A dica é limpar os olhos e manter o cão longe de poeira e vento, evitando principalmente andar com ele no carro com a cabeça para fora da janela.
Obesidade - Pelo menos meia hora de caminhada diária é importante para não ficar obeso, já que é um comilão, e é importante para desenvolver a musculatura que sustenta a estrutura vertebral muito longa, típica da raça.
Acasalamento- No acasalamento precisará de ser auxiliado pois devido as pernas curtas e corpo longo o macho encontra dificuldades para montar na fêmea. Outro detalhe é que geralmente a fêmea costuma se sentar devido ao peso do macho, o que impossibilita o macho acasalar.
Alimentação
Autor: http://www.abroleto.com.br/ | |
Recomenda-se uma ração equilibrada e específica para o seu tamanho. Apesar da sua estatura, come tanto ou mais do que um exemplar grande. Não é aconselhável a dieta húmida ou semi húmida, para além de conter uma maior densidade de calorias, restos de comida costumam ficar presos e escondidos entre as rugas próximas à sua boca, convertendo-se num foco de maus odores e transtornos cutâneos. E tome cuidado com aquelas tentações culinárias que possam ficar à sua altura, alimentos que, sem reparar, irá comer sem qualquer problema.
0 seu plano de alimentação deve ser prescrito por um veterinário, sobretudo no que se refere à quantidade de ração em função da actividade e complexão física de cada exemplar: Não esqueçamos que é uma raça propensa a ter uns quilos a mais.
Bibliografia:
Revista "Cães e Mascotes" - Setembro 2004
http://www.abroleto.com.br/
http://www1.uol.com.br/au/basset.htm
http://www.dogtimes.com.br/basset.htm
|