1- A água da torneira Nunca coloque água da torneira directamente no aquário.
A água da torneira contém cloro que ataca as frágeis guelras dos peixes, destruindo os tecidos.
Deixe a água num recipiente à parte durante pelo menos 48 horas para que o cloro evapore. Em alternativa pode usar produtos anti-cloro. 2- Dar pouca comida aos peixes Autor: Duarte Conceição | | Casal Neolamprologus Multisfasciatus | Nunca dê uma quantidade de comida que os peixes não consumam totalmente no prazo máximo de 2 minutos.
O excesso de comida provoca a poluição da água e é uma das principais causas da morte dos peixes. Para o evitarmos temos que seguir RIGOROSAMENTE o principio dos dois minutos, inclusivamente controlando o tempo pelo relógio: Se ao fim de dois minutos ainda existirem pedaços de comida visíveis, mesmo que muito pequenos, então da próxima vez é necessário reduzir a quantidade. Os peixes podem ser alimentados de uma a quatro vezes por dia mas sempre em porções muito pequenas. 3- Fazer o ciclo Quando se monta pela primeira vez o aquário deve-se esperar durante pelo menos trinta dias para que o ecossistema se estabeleça. Durante esse periodo o aquário irá conter apenas um ou dois peixes e não devem ser feitas mudanças de água.
O "fazer o ciclo" é normalmente um conceito estranho para o aquariofilista principiante.
Manter aquários é mais simples e dá muito menos trabalho que a maioria dos outros animais domésticos, como pássaros, gatos ou cães. Porém, em alguns aspectos, temos pensar de maneira diferente.
Fazer o ciclo consiste na criação de colónias de bacterias que reciclam compostos orgânicos. Os peixes libertam detritos na própria água que respiram e ingerem. Sem esses agentes de limpeza morreriam envenenados.
Como criar as colónias de bactérias? É necessário esperar. As bactérias existem em toda a parte. Uma vez introduzidos os peixes no aquário, as batérias começarão a alimentar-se dos dejectos e, a pouco e pouco, a cadeia de reciclagem estabelecer-se-á.
Nesse periodo é importante não ter mais que um ou dois peixes de especies resistentes porque a poluição poderá atinguir níveis muito altos.
Existem técnicas para reduzir o tempo de ciclo como, por exemplo, utilizar um filtro de um aquário já estabelecido. 4- Prevenir e curar doenças Todos os peixes recém-adquiridos são potenciais portadores de doenças. Dada a rotatividade dos peixes nos aquários dos comerciantes a probabilidade de transmissão de doenças aumenta. Nunca confie na sorte quando compra um peixe novo. É necessário prevenir.
A melhor forma de prevenir é com um aquário de quarentena onde os peixes são inseridos e vigiados durante pelo menos 15 dias antes de serem postos no aquário principal. Contudo nem sempre temos a possiblidade de dispôr de um aquário de quarentena. Neste caso convém adicionar à água do aquário um medicamento preventivo. Deve-se intercalar uma mudança parcial de água entre cada tratamento preventivo.
Se a doença se vier a declarar devemos atacá-la imediatamente. Da rapidez de actuação depende a vida dos nossos peixes. 5- Mudanças parciais de água e manutenção geral A água deve ser mudada com regularidade para que algumas substâncias resultantes do ciclo sejam retiradas (os nitratos) e para que determinados elementos residuais sejam repostos.
A frequência aconselhada é de um terço da água uma vez por mês ou superior (até um quarto por semana).
Não esquecer a Regra de Ouro Número 1 nas mudanças de água.
Após tratamento com medicamentos pode-se mudar até metade da água do aquário. Mais que isso é desaconselhado porque iria reduzir demasiado as colónias de bactérias. Pelo mesmo motivo nunca se deve retirar o areão do aquário para ser lavado: isso significaria a destruição das bactérias e obrigaria a começar de novo o ciclo. O areão pode ser aspirado uma vez por mês, aproveitando-se a mudança de água. Também nessa altura se poderão limpar os filtros e os vidros. 6- Escolha de peixes Na compra de um peixe devem ser levados em conta os seguintes aspectos: tipo de água aconselhado (pH), dimensões em adulto e compatibilidade com os peixes e plantas que já dispôe.
Nunca compre um peixe sobre o qual não lhe sejam fornecidas essas informações. Recuse também adquirir peixes em locais onde existam peixes doentes mesmo que alguns ainda não apresentem sintomas. 7- pH e adaptação á água Autor: Paulo Azevedo | | Aquário Plantado de 60l |
Uma característica importante da água é o pH. O pH mede a acidez numa escala que tem em 7 o seu ponto neutro. Valores abaixo desse ponto são considerados ácidos, valores acima desse ponto são considerados básicos ou alcalinos. A maior parte dos peixes de aquário consegue viver entre valores de 6.5 a 7.5. Porém algumas especies preferem um pH mais ácido ou mais básico.
Não se recomenda aos novos aquariofilistas a utilização de químicos para a alteração do pH (são uma fonte de catástrofes). Em vez disso deve-se escolher as espécies em função do pH que se dispôe na água canalizada.
Quando se adquire um novo peixe a água original tem o pH e outras características diferentes da água que existe no nosso aquário. Torna-se necessário adaptar o peixe às novas condições. Para o efeito coloca-se, a pouco e pouco, água do aquário no saco de transporte. Um terço de água nova de 10 em 10 minutos até encher mais que 70% do saco é uma adaptação suficiente para a maioria das especies. Deve-se também fornecer ar ao saco através de um difusor enquanto se faz a adaptação. Finalmente retira-se o peixe com uma rede e coloca-se no aquário. Não despeje o saco no aquário: essa água é uma potencial fonte de doenças. 8- Aquecimento Um dos equipamentos mais falíveis é o aquecedor: O vidro pode quebrar e a patilha do termóstato pode ficar presa no Ligado ou no Desligado, cozendo ou congelando os peixes.
Como prevenir falhas dessas? Dimensionando o aquecedor ao seu aquário e comprando aquecedores de boa qualidade: Não poupe neste aspecto.
Um aquecedor deve ter um número de watts correspondente ao número de litros do aquário ou um pouco inferior. Por exemplo, num aquário de 120 litros são recomendados 100 Watts. Esta correspondência diminui o número de vezes que o termóstato liga e desliga, contribuindo para a longevidade do equipamento e, por outro lado, aumenta a margem para intervenção humana em caso de avaria.9- Segurança Desligue TODOS os equipamentos eléctricos do aquário antes de pôr as mãos na água.
Tenha particular cuidado nas mudanças de água: Afaste e coloque acima do nível do chão todas as tomadas e fichas eléctricas. Entornar um balde de 10 litros de água é muito mais frequente do que se possa pensar.
Não deixe crianças muito novas brincarem junto ao aquário: Basta uma pancada de um objecto duro no vidro para causar um acidente. 10- Informação Consulte livros e revistas. Navegue na Net, leia as AQUARIA-FAQs, participe nos newsgroups, fale com outros aquariofilistas. Neste fascinante hobby a informação é essencial.
Autor: Miguel Figueiredo |