Jaak Pankseepp, professor do Departamento de Neurociência Integrativa do Colégio Veterinário de Medicina da Universidade de Washington, é uma das vozes mais activas no estudo de emoções em animais. Mas não é o seu interesse pelos animais que os faz estuda-los, mas sim a procura por novos meios de tratar depressão e outras doenças neurológicas em humanos.
Para o pesquisador, os estudos estão muito focados nos sentimentos, que seriam a racionalização de emoções básicas. E estas emoções seriam partilhadas entre todos os mamíferos, incluindo o homem, explica em apresentação no Congresso Cérebro, Comportamento e Emoções que ocorre em Montreal, no Canadá, de 7 a 9 de Abril.
Assim, tratamentos deveriam focar-se na procura pelo «entusiasmo de viver», como ele chama, e para isto podem ser utilizados métodos como a estimulação profunda do cérebro ou o uso de opiáceos.
«É preciso considerar a mente do animal seriamente. Animais obviamente sentem emoções. O argumento de empatia foi usado para começar a estudar, mas agora estamos a procurar os argumentos científicos. Se entendermos os sentimentos básicos deles, entenderemos os nossos também», diz.
Diário Digital, 7 de abril de 2014
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