Veterinário municipal da Lousã abateu 16 cães num dia, sem aviso prévio
O alerta foi lançado pela presidente da Louzanimales quando, ao dirigir-se às instalações para ir buscar um dos cães adoptados em campanha, se deparou com a maior parte das boxes vazias. Dos 24 cães que estavam ao abrigo da Câmara Municipal da Lousã, no canil municipal, apenas oito restaram, sendo que um deles saiu das instalações ainda no domingo. Os outros 16 foram abatidos no sábado, pelo veterinário municipal, sem qualquer aviso prévio à associação que tem articulado com a Câmara Municipal, o encaminhamento a dar aos animais recolhidos.
Quando a presidente da associação, Cristina Neves, chegou ao canil, «só lá estavam quatro cães e três cachorros», conta uma das responsáveis pela Louzanimales, defendendo que tal situação demonstra «uma extrema falta de respeito para com a associação».
«Nós compreendemos que seja necessário eutanasiar, compreendemos a sobrepopulação e tentamos seleccionar, com o veterinário, os animais que tiverem de ser eutanasiados, não se pode aceitar é que não haja critérios para entrada e saída de cães», explicou a responsável, sublinhando que um dos cães «ia sair no domingo e foi eutanasiado no sábado».
A presidente da Louzanimales, Cristina Neves, considera que o acto não é justificável com a falta de espaço, nem pelos custos com a alimentação, na medida em que a «associação ajuda com alimentos».
Animais com adoptante abatidos
«Foram abatidos animais que estavam prometidos a adoptantes, outros que poderiam ter sido encaminhados para famílias de acolhimento temporário e, inclusivamente, uma cadela esterilizada e chipada pela Louzanimales, pronta para adopção», declara a associação, numa nota, onde refere que, «perante a gravidade da situação, a Louzanimales poderá reconsiderar a parceria com a autarquia, tendo sido solicitada uma reunião com o presidente da Câmara Municipal e o vereador do Ambiente».
Cristina Neves sublinha que estavam sinalizados dois cães, que seriam eutanasiados em caso de necessidade de espaço, dos quais, curiosamente, um permaneceu vivo em detrimento de outros mais jovens e com perspectivas de adopção.
Note-se que a Câmara Municipal construiu recentemente novas boxes para abrigo de animais nas instalações provisórias do canil, espaço não homologado pela Direcção Geral de Veterinária, tendo, contundo, em desenvolvimento, um projecto para a construção de um Centro de Recolha oficial legalizado.
De destacar, ainda, que a lei prevê a eutanásia de animais errantes, situação que só poderá acontecer após a permanência do animal nas instalações de recolha municipais, por um período mínimo de oito dias, altura a partir da qual os animais passam a estar sob a inteira responsabilidade da autarquia que os recolhe.
Ao que o Diário de Coimbra apurou, esta não foi a primeira vez que foram eutanasiados animais sem comunicação prévia à Louzanimales, embora num número bastante inferior. «São assuntos que são reencaminhados para o vereador do Ambiente, mas as respostas são sempre inconclusivas e indirectas», anunciou Cristina Neves, acrescentando que a onda de protestos da população que entretanto se gerou, saldou-se no recorde de cerca de 800 visitas, ontem, ao blogue da Louzanimales e inúmeros comentários de revolta nas redes sociais.
Câmara “não deu orientações para abate”
Contactada a Câmara Municipal, o presidente mostrou-se perplexo com o sucedido. «Só tive conhecimento disso hoje [ontem] e não tive hipótese nenhuma de apurar o que se passou», explicou Fernando Carvalho, garantindo que «o veterinário executou as eutanásias sem qualquer orientação da Câmara».
«A atitude não foi a mais correcta nos termos da relação que temos com a Louzanimales, mas temos de analisar tudo», anunciou o edil, esclarecendo que, antes de mais, há que apurar se o veterinário agiu além das suas competências.
Entretanto o autarca já agendou uma reunião com a Louzanimales, que deverá acontecer já amanhã de manhã, para averiguar a situação.
O vereador do Ambiente e vice-presidente da autarquia, Luís Antunes, afirmou ter já entrado em contacto com veterinário e estar a recolher todos os dados necessários para que a autarquia se possa pronunciar. «Fomos apanhados de surpresa, não havia conhecimento da execução das eutanásias, e muito menos deste número», anunciou o edil, sublinhando que, até agora, «a Câmara tem procurado sempre, dentro das suas possibilidades, colaborar com a Louzanimales».
Não consigo imaginar o pânico deles, a verem-se ir um a um... Sim, porque quem abate 16 cães num dia, muitos com dono ou apalavrados, não se preocupa com nada, não tem moral, não tem valores, não tem coração nem sente!...
Quando as pessoas estão ressabiadas ou têm problemas psicológicos, actuam desta forma, vingando-se nos mais fracos.
Todos os Vets admitidos pelas Câmaras, deviam passar por um exame psiquiátrico, afim de se apurar da sua sanidade mental, para que casos semelhantes não aconteçam.
A este Vet deveria ser-lhe retirada a sua carteira profissional e nunca mais poder exercer medicina veterinária.
Gente malvada !!!