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DGV confirma que Universidade de Évora utilizou 28 cães do canil municipal como cobaias |
A Direcção-Geral de Veterinária (DGV) aguarda as conclusões do inquérito instaurado pela Câmara de Évora ao funcionamento do canil municipal para decidir "se aplica ou não medidas sancionatórias", após denúncias sobre a utilização de cães vivos como cobaias."Temos de aguardar a conclusão do inquérito para podermos tirar conclusões sobre se há ou não medidas sancionatórias" de natureza contraordenacional ao município, adiantou hoje a directora-geral de veterinária, Susana Pombo, em declarações à agência Lusa.
Em Novembro do ano passado, antigos alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora denunciaram que cães vivos do canil municipal eram usados como cobaias por alunos do curso e que depois eram abatidos. Dias depois, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, indicou ter aberto um inquérito para averiguar o funcionamento do canil municipal e apurar eventuais responsabilidades.
Na mesma altura, o director do Hospital Veterinário da Universidade de Évora, José Tirapicos Nunes, explicou à Lusa que os cães vivos utilizados em aulas de anatomia são apenas aqueles que já estavam destinados ao abate no canil da cidade. "Após as notícias que surgiram na comunicação social", em Novembro do ano passado, explicou a responsável, a DGV promoveu uma vistoria ao canil municipal, tendo concluído que "28 cães tinham saído do centro de recolha oficial com destino à Universidade de Évora".
"Com base nos resultados da vistoria, diligenciamos, junto da Câmara de Évora, o apuramento desta situação, nomeadamente da responsabilidade do município", que comunicou a abertura do processo interno de averiguações, disse a responsável. Neste momento, adiantou, "a DGV aguarda a conclusão desse processo interno de averiguações" do município, tendo "já sido solicitada [ao organismo] informação adicional no âmbito da instrução deste processo de averiguações".
Já a Universidade de Évora "foi notificada, em Novembro último, da instauração do respectivo processo de contraordenação", revelou Susana Pombo. De acordo com a directora-geral de Veterinária, "pode estar em causa a utilização de animais para efeitos pedagógicos", o que constitui uma ilegalidade, já que "a legislação prevê, claramente, qual a origem dos animais para efeitos pedagógicos". "Nunca são animais provenientes de um centro de recolha oficial, mesmo que sejam abandonados pelos seus proprietários e que sejam considerados animais errantes", acrescentou.
Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, explicou que "o inquérito ainda está em curso" e que, quando estiver concluído, "será presente à Câmara para que sejam decididos os passos seguintes".
Fonte: JN
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