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O início do mundo segundo Bastet

Autor: Caroline Eade

No início apenas existia Bast e Bast sozinha no firmamento. Durante muito tempo Bast contentava-se em dormir e tratar da sua higiene porém mesmo os deuses gatos chegam a uma altura em que necessitam de mais qualquer coisa para ocupar as suas mentes. Num dia como qualquer outro, enquanto tratava de sua higiene veio uma pequena aragem e o seu pêlo brilhante voou em todas as direcções e começaram imediatamente a brilhar. Assim se formaram as estrelas e durante algum tempo Bast contentou-se em dormir, tratar da sua higiene e olhar para as estrelas brilhantes no firmamento.

Após algum tempo Bast começou novamente a ficar aborrecida. As estrelas flutuantes nos céus eram divertidas mas era somente isso que bast tinha para fazer. Um dia sentou-se para fazer a sua higiene matinal e no final ela levantou no ar uma grande bola de pêlo. Bast olhou para a bola de pêlo e teve uma ideia. Lançou a bola de pêlo para os céus e com um toque das suas patas pôs a bola a girar com tal rapidez até que fez faísca e ficou em fogo. Assim foi criado o Sol e por um longo período de tempo divertiu Bast a olhar para os céus, ora de dia com o Sol ora à noite com as Estrelas.

Passou-se algum tempo e Bastet aborreceu-se com a bola de pêlo fogueada. Sentou-se para mais uma das suas higienes e pensou.. pensou… e entretanto cuspiu uma bola de pêlo. Bast teve uma ideia. Colocou a pequena bola de pêlo perto do Sol e com uma pequena patada esta começou a girar em torno do Sol. Esta criação agradou-lhe imenso e mais uma vez, por um longo período de tempo, Bast sentou-se a observar, divertida.

Novamente o tempo passou e novamente Bast ficou farta das suas criações. O que ela suspirava era por um outro ser da sua raça com o qual ela poderia divertir-se. Porém Bast era uma deusa-gata e só podia existir uma única. Então Bast cuspiu novamente outra bola de pêlo (pois bast quando aborrecida dedicava muito do seu tempo á sua higiene, o que significava “muitas bolas de pêlos” e começou a lambe-la até formar uma miniatura dela mesma. Aí Bast colocou a figura dentro de outra bola de pêlo até ficar coberta por este e com um pequeno sopro deu-lhe vida. Mais uma vez e por um longo período de tempo bast observou a miniatura de si mesma, à qual ela chamou “gato” e que deixou a brincar no pequeno mundo que ela tinha criado por último.

Após um longo período de tempo, o pequeno gato sentou-se e disse, “Grande deusa Bast, estou tão aborrecido… Dá-me alguém para que possa divertir-me !”.

E assim a grande deusa Bast deu-lhe umas árvores para trepar, erva para se poder rebolar e pássaros para perseguir por entre as árvores e arbustos. Durante um longo período de tempo Ela sentava-se e observava o pequeno mundo do seu gato. Observava como as mães-gatas tinham os gatinhos e os lambiam exactamente como ela tinha feito. Observava como os gatos envelheciam e quando se entregavam ao descanso eterno Ela acolhia os seus espíritos novamente.


Porém, novamente após um longo período de tempo, os gatos sentaram-se e dirigiram-se-lhe pedindo, “Grande deusa-gata, nós adoramos o nosso mundo mas sendo filhos de uma Deusa pedimos que nos dês alguém que nos sirva !

Bastet riu-se da sua presunção mas o pedido tinha-a divertido tanto que Ela fez-lhes a vontade e deu forma a uns seres a que chamou de Humanos para servirem os gatos. Os servos dos gatos caminhavam em duas pernas para que pudessem carregar nos seus braços o gato, para que este não sujasse as suas preciosas patas no chão. De resto, as criaturas foram moldadas para que tivessem anca e joelhos e pudessem aconchegar um gato quando este se quisesse encostar. As criatura tinham dedos para que pudessem acarinhar e fazer festas ao gato e deu-lhes voz para que pudesse adorar o gato e dizer-lhe inúmeras vezes quão lindo e maravilhoso ele era. E assim se passou por mais um longo período.

Ao fim de algum tempo os servos dos gatos começaram a pensar que governavam eles o mundo e, apesar dos gatos sempre terem sido gentis e donos carinhosos, os servos tornaram-se muito desagradáveis para o gato.
Aliás, nós , os humanos, agora vivemos nesta era e sabemos que os humanos tomaram em cativeiro muitos gatos e os atormentam e maltratam.

Mas, se precisarmos de nos recordar que o mundo foi feito à medida de uma raça de pequenos seres, de quatro patas, ronronantes e peludos, apenas temos de olhar agora como os humanos foram perfeitamente desenhados para servir aos gatos – com braços, colos e vozes. E os gatos ainda mantém as suas expressões originais e mesmo nos nossos dias, uma gata-mãe ainda lambe os seus filhotes tal e qual Bast o fez quando da sua primeira criação.

- MMonte (Madalena Monte) [ Europe/Lisbon ] 2007/09/12 17:59

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» bastet1 ( anabela rodrigues) » [ Europe/Lisbon ] 2007/09/15 17:21
muito bem!!!! foi assim mesmo k aconteceu!

» netinho ( Sílvia Neto) » [ Europe/Lisbon ] 2007/09/13 10:55
espetaculo smile.gif esta explicado o pk de eu gostar tanto de gatos.... é pk sou como a bastet.... faço algo e ao fim de um tempo qdo entra na monotonia, tenho de inventar outra coisa tongue.gif

» Froguinha ( Joana Domingues) » [ Europe/Lisbon ] 2007/09/12 23:29
Que história tão bonita. Pena a parte dos humanos maus, mas uma linda versão da criação smile.gif
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