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Happy Feet


Realizador: George Miller
Vozes (versão original): Robin Williams, Hugh Jackman, Elijah Wood, Nicole Kidman, Brittany Murphy, Hugo Weaving
Ano: 2006
Idade: M/4
Duração: 106 minutos
Género: Animação / Comédia / Fantasia / Musical
Distribuidora: Columbia
Austrália/Estados Unidos, 2006
Estreia: 7 de Dezembro de 20

Site Oficial: http://www2.warnerbros.com/happyfeet/



Sinopse:

Para o melhor e para o pior, a animação digital tornou-se um “género”: para a indústria cinematográfica, já que os novos desenhos animados implicaram o dramático abandono dos métodos tradicionais (os poderosos estúdios Disney desencadearam mesmo um polémico processo de despedimentos de técnicos e desenhadores “convencionais”); depois, para muitos espectadores que tendem a identificar o digital como um ganho “automático” face aos clássicos filmes de animação.

É neste contexto de euforia e perplexidade que surge «Happy Feet», animação digital produzida e realizada pelo australiano George Miller. É uma aventura passada no mundo dos pinguins, mas que começa por distinguir-se por uma dimensão eminentemente humana. Na verdade, não é todos os dias que um filme (de animação ou não) consegue colocar em cena um elenco que inclui, entre outros, Nicole Kidman, Hugh Jackman, Robin Williams, Elijah Wood, Brittany Murphy e Hugo Weaving. E não é apenas o “nome” dos actores que está em jogo. Convém lembrar que os desenhos das personagens surgem a partir das vozes previamente gravadas. Que é como quem diz: a qualidade dessas vozes distingue-se pela sua capacidade de “inventar” personagens unicamente através do som, como se na origem dos desenhos estivesse um conceito “radiofónico” da própria dramaturgia.


Provavelmente, seremos tentados a ver em «Happy Feet» uma consequência comercial do impacto do documentário «A Marcha dos Pinguins» (2005), de Luc Jacquet. O certo é que o calendário de produção de um filme de animação (digital ou não) é sempre muito prolongado, de tal modo que ainda «A Marcha dos Pinguins» não tinha chegado às salas, já a produção de «Happy Feet» estava em marcha.

Como em todos os grandes filmes de animação, também aqui as proezas dos desenhos (com um fabuloso sentido do espaço e das componentes coreográficas) estão longe de esgotar a vitalidade do projecto. Componente essencial é, obviamente, o argumento escrito por Warren Coleman, John Collee, Judy Morris e o próprio Miller. Mais do que a confirmação convencional dos mecanismos da fábula (modelo “Patinho Feio”).

Se está à espera de encontrar um filme sobre um filhote de pinguim fofinho, vai surpreender-se. "Happy Feet - O Pinguim" (2006) é isso e muito mais.

A ave que dá título ao filme é apenas o pretexto para uma história que ensina uma importante lição sobre a ecologia e a discriminação.
Ao estilo de "A marcha dos pinguins", a longa-metragem mostra o período de "namoro" e de incubação destas aves que nadam, mas não voam. Para aqueles que não viram o premiado documentário francês, convém explicar que os pinguins possuem cantos únicos.

Estes servem, em primeiro lugar, para atrair o seu par, e depois, quando a fêmea sai para pescar e deixa o macho a chocar o ovo, para ajudar os casais a reencontrarem-se, mesmo entre centenas de outros animais. Em "Happy Feet" chamam-lhe a "canção do coração".

Ora, o problema de Mano, o protagonista da história, é que ele não sabe cantar. E quando tenta, causa mais arrepios do que alguém a arranhar um prato com uma faca.

Os seus talentos são outros: ele é bom é a dançar. Ninguém consegue sapatear como ele!
E se a sua mãe, Norma Jean, não vê nenhum problema nisso, o pai, Menfis, acha absurdo ter um filho assim.

Os restantes habitantes da colónia de pinguins imperadores, incluindo o Ancião, também não vêem com bons olhos a falta de jeito do pequeno.
Infeliz, Mano decide sair dali, e acaba por fazer amizade com um grupo de pinguins Adelie, bastante mais divertido, que não estão minimamente preocupados com os seus dotes vocais.
Declaradamente inspirados nos latinos, eles estão sempre prontos para a festa e adoram os passos de Mano.

Ramon e os seus amigos decidem então ajudar o desafinado amigo a conquistar o coração da amada Glória e o respeito dos outros pinguins. Contudo, o plano sai 'furado' e ele acaba por se envolver numa aventura bastante mais perigosa e por contactar com outros animais, entre os quais o temido Homo sapiens.

Neste ponto, o enredo ganha um tom completamente diferente. Termina a história de auto-superação e redenção para mostrar o que é que os Homens estão a fazer aos recursos do planeta.
Apesar desta passagem demasiado súbita e rápida, George Miller, realizador e argumentista, sabe o que faz, ou não tivesse assinado "Um Porquinho chamado Babe".

Foi com esta fórmula inusitada, que reúne animação computorizada de qualidade, humor, avisos ecológicos e números musicais à la "Moulin Rouge", que o filme surpreendeu, destronando o novo "007" nas preferências dos espectadores americanos.



http://7arte.net/
http://cinema2000.mrnet.pt/ficha.php3?id=5888
http://www.estreia.online.pt/

Já viste este filme?
Dá-nos a tua opinião!



- Becas (Fernanda Ferreira) [ Europe/Lisbon ] 2007/04/24 12:00

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