[ Europe/Lisbon ] 2010/10/22 22:29 "Maya e Mimia - A nossa história..."
Dia 4 de Abril de 2005.
Primeiro dia no meu actual emprego. O dia passa e nunca mais vejo a hora de chegar a casa. Finalmente chegam as 18h e lá regresso para casa. Satisfeita pois o sitio prometia e as pessoas pareciam-me bem: correctas, educadas, civilizadas… Ao chegar à minha rua ouço a minha vizinha gritar: “Cláudia venha rápido! Os gatinhos nasceram!...” Que felicidade! Esperava o nascimento destes gatinhos ansiosamente, visto que deles iria vir a gata que tanto esperava. Cheguei perto da caixa de cartão cheia de mantinhas, e lá estavam 3 meninas e 2 meninos… tudo a mamar na Mãe gata, que irradiava felicidade.
Segundo dia: ao final do dia chego a casa da minha vizinha para visitar os bebes e encontro-a prostrada e triste. A mãe havia rejeitado os bebés! Não os queria e não lhes dava leite. Acalmei a minha vizinha e fui comprar leitinho de substituição ao Colombo, à loja dos animais. Lá vim toda satisfeita e lá dei o leite aos bebés. No dia anterior já havia escolhido a minha gata, uma tigrada linda, que mesmo sem ver assim que ouviu a minha voz levantou logo a cabeça. E neste momento eu disse: “esta é a minha! Vai chamar-se Maya!”
A Maya era sempre a primeira a mamar o biberão e enquanto bebia do frasquinho, amassava-o como se estivesse a mamar na gata e queria olhar para mim, com os olhinhos ainda fechados… os dias foram passando e a Maya lá abriu os olhos: a mamar no frasco e a olhar para mim, aqueles olhinhos azuis ainda do leite a olhar para mim… Para a Maya eu sou a Mãe. Foi sempre com o meu cheiro que se alimentou, foi sempre o meu cheiro que a estimulava para fazer as suas necessidades…. Cresceu e aos 2 meses foi para minha casa assim que começou a comer. Desde aqui temos sido inseparáveis…Há 5 anos e meio que somos companheiras, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… Digo isto, pois há cerca de 2 anos atravessei por uma grande depressão e a Maya deixou de comer e começou a arrancar a sua própria pele e pêlo…Fomos ao Vet e a Maya estava a definhar por minha causa…. Tive que lutar por mim e por ela….E conseguimos as duas vencer esta luta…. Hoje estamos ambas bem…E felizes!....
Dia 13 de Agosto de 2010
A Maya precisa de ir ao Veterinário e lá vamos nós à AZP à consulta. Eram cerca de 16h. Estávamos na sala de espera e, de repente, entra uma Sra com uma gatinha que havia sido atropelada na sua rua. Ao sair de dentro dos consultórios a Sra diz q a gatinha tinha a perna traseira muito magoada e deveria ser certamente amputada. Estava estabilizada e iria ficar internada. A Sra que a acolheu disse ainda que não poderia ficar com ela uma vez que já tinha muitos gatos seus e já estava a ficar “apertada”!.... tudo isto passou…. A Maya lá entrou para a consulta e depois de terminada regressamos a casa…
Dia 28 de Agosto de 2010
As semanas passaram e voltei à AZP para comprar para a Maya um desparasitante. Lembrei-me de perguntar pela gatinha atropelada que havia dado entrada no dia 13. A Sara disse-me que a gatita lá estava, já tinha sido amputada e que estava a recuperar bem e que iria para adopção assim que estivesse bem. Até ser adoptada iria para o gatil, visto a Sra que a salvou não poder tê-la e não haver mais ninguém. Confesso que desejava ter ouvido, que já tinha sido adoptada, ou qualquer outra boa noticia, para ficar em paz e com o sentimento que a gatita estava bem. Mas não!
Perguntei se poderia ver a gatita. A Sara levou-me até ao internamento e lá estava a Mimia (nome que lhe havia colocado a sua salvadora!) muito sossegadinha e sofrida. Peguei-lhe ao colo e fiquei completamente rendida à sua fragilidade, coragem e força de viver… A Mimia ainda teve que ficar internada mais uma semana e todos os dias na minha hora de almoço ia visitar a minha bebé! As restantes horas do dia que passava sem a ver eram para mim infindáveis… sentia-me “apertada” por não poder estar perto dela sempre…
Dia 04 de Setembro de 2010
A Mimia veio para casa. Para junto de mim e da Maya! Foi um dia de extrema felicidade! A minha menina estava em sua casa! Finalmente…
A continuar….
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