"às vezes sinto vergonha da minha espécie"

Ontem dia 6 de Dezembro foi dia de compras de Natal. Durante o caminho vi um cão, perto de um supermercado, amarrado pela trela a um gradeamento. Naqueles pensamentos que nos passam a enorme velocidade, pensei que os donos tinham ido fazer compras, mas achei o cão triste. Já de noite, ao regressar,vejo um grupo de pessoas e a polícia municipal perto do cão. A fila onde eu ia no carro, está parada, e apercebo-me da "cena". A mulher-polícia, faz-lhe uma festa, e procura com afinco um nome, um contacto, um telefone, uma pista de um dono...E o olhar dele é devastador.. De uma tristeza que se adivinha logo não haver pistas de donos. Meu Deus! Como se pode abandonar quem nos deu tanto? Como se pode largar quem nos cumprimentou efusivamente mesmo depois de um dia que correu mal? Como ignorar aquele que esteve ao nosso lado quando estávamos doentes? Que cresceu connosco, brincou, deu-nos montes de beijos sem nunca pedir nada em troca? E porque razão nenhum de nós sabe quem são estas pessoas? Serão concerteza vizinhos de alguém, familiares de alguém, pessoas com quem nos cruzamos todos os dias. Infelizmente até irão receber as suas prendas de Natal, quem sabe um novo cãozinho ou gatinho comprado por centenas de euros. Não há desculpas para eles!!!!!!!