"Acolhimento"

Pois já passou algum tempo.

Agora já somos 6 gatinhos e duas pessoas crescidas.

Depois do Oscar, veio o Ruca que estava no motor de uma carrinha, com muita fome e muito assustado.
E por fim, o Simba cuja mãe eu alimentava. A gata, que eu batizei de Nina, quando chegou o tempo para os bebés começarem a comer, trouxe-mos para o jardim, para que fossem alimentados.

Ainda estava frio. Conseguimos apanhá-los e foram para o berçário juntamente com a mãe. Depois foi o processo normal de arranjar donos para todos 4 bebés e a mãe (que entretanto esterlizei).
O Simba foi o primeiro a ter dono. Mas depois desistiu! O Simba já estava sózinho com a mãe cá em casa.
Acabou por ficar. Entretanto já tinha arranjado uma afinidade muito forte com o Ruca, mesmo antes da mãe ir para o novo lar. É um crime separá-los.
E assim, somos neste momento uma família muito numerosa.

Desde de garota que tenho paixão pelos felinos, mas não me deixavam sequer aproximar, porque era alérgica (diziam...).
Eu tinha pavor de ter uma crise de asma e, lá me resignava a olhá-los pela janela ou no quintal das minhas avós.

Até que um dia ( +/- com 10 anos ) recolhi dois gatinhos: a Xani e o Minuche, que foram criados no quintal da minha avó.

Não me lembro se tive alguma crise de asma associada ao contacto com os pequeninos, o certo é que depois das férias, de volta à cidade voltei a ficar sem eles.

Volvidos alguns anos, já sem o controle dos pais, eis que entra finalmente um felino na minha vida: Luna, gata persa Chinchila apanhada abandonada na rua, +/- com 7/8 meses muito assustada cheia de fome, constipada, com outite, conjuntivite e grávida.

Assisti ao parto, com o livro sobre gatos que tinha comprado e lá nasceram 6 gatinhos lindos.

Zelosa, levei-a à veterinária, que lhe deu um soro para lhe dar energias e fortalecê-la, mas a dose foi a errada e a Luna faleceu passadas 8 horas´. Os gatinhos foram alimentados a biberão e apenas faleceu um.
Cá em casa ficaram dois: Visconde e a Matilde.

Houve depois a mudança de residência da cidade para o campo em 2000 e o resultado é que já recolhi da rua 9 gatos, para os quais arranjei donos (2), tratei e arranjei donos (4) e tratei e tive de abatê-los, por estarem muito doentes sem recuperação possível e em grande sofrimento ( 3).

Neste momento tenho 4 gatos, todos recolhidos da rua e sei que não tenho condições para ter mais. Mas sempre que posso, trato e tento arranjar donos para eles.